Grupo Amorim. — Presidente Benjamin, a Srta. Lorena chegou. — Disse a secretária, que acabara de receber uma ligação da recepção, entrou apressada para informar, sem ousar perder um segundo. Afinal, a posição de Lorena agora era completamente diferente de antes. Ela era a esposa de Guilherme, o imperador dos negócios, e a Sra. Araújo da renomada família Santos, uma dinastia centenária e prestigiada. — Quem você disse que chegou? — Benjamin perguntou, achando que havia ouvido errado. Três minutos depois, Lorena foi conduzida com toda a reverência ao escritório. Os funcionários do Grupo Amorim já tinham visto Lorena antes, mas toda vez que a encontravam, era impossível não se impressionar com sua beleza deslumbrante. Assim que entrou no escritório, o olhar dela pousou diretamente em Benjamin, que estava sentado à mesa. Ela o cumprimentou com uma naturalidade confiante: — Há quanto tempo, Presidente Benjamin. Como tem passado? Sem esperar por uma resposta, caminhou tranqui
— O que você quer dizer com isso? — Benjamin continuou fingindo ignorância até o fim. Lorena respondeu: — Significa exatamente o que eu disse. O Presidente Benjamin, tendo alcançado uma posição tão alta, não deveria ter dificuldade em entender, certo? Você acabou de entender, não foi? — Ao terminar, ela curvou os lábios em um sorriso malicioso e astuto. — Lorena, cuidado com o que diz! Palavras podem trazer problemas! — Benjamin advertiu, com o rosto tenso. Ela, no entanto, permaneceu indiferente, com um sorriso enigmático: — Fique tranquilo, esse problema não foi causado por mim. Foi por... — Ela fez uma pausa breve e baixou o tom de voz. — Você mesmo, Presidente Benjamin. Será que o senhor está se fazendo de esquecido? As palavras de Lorena o deixaram desconcertado. Apesar de ele ter uma suspeita em mente, havia algo de que ele tinha certeza: "Ela não podia, de jeito nenhum, saber sobre aquilo." Percebendo que Benjamin não estava disposto a falar, Lorena prosseguiu:
— Naquele ano, a pessoa enviada para a cremação foi a sua... — É melhor pensar bem antes de dizer isso! — A voz fria e cortante de Lorena o interrompeu antes mesmo que ele pudesse terminar a frase. Os olhos claros e profundos dela, brilhando como estrelas, refletiram de repente um brilho gélido e assustador. Benjamin sentiu instantaneamente o frio que parecia perfurar seus ossos. Por um momento, ele ficou paralisado. Desde que ela rompeu com a família, sua presença se tornou cada vez mais intimidadora, tanto que até Daniel, às vezes, sentia medo dela. De repente, Lorena esboçou um sorriso cheio de malícia, com um toque evidente de astúcia por trás daquele gesto. — Ah, certo. — Disse ela em um tom calmo, com uma tranquilidade inquietante, como se estivesse contando uma história qualquer. — Quase me esqueci de te contar: programei um sistema com um temporizador. Assim que der cinco horas... Ela ergueu o queixo e apontou para os documentos nas mãos dele. — Se eu não ouvir
Mansão da família Amorim.— Socorro! Socorro! A Melissa tentou suicídio!Um grito de terror ecoou por toda a mansão.O pessoal todo, reunido na sala, correu para o segundo andar.Lorena, com seus olhos frios e altivos, olhou na direção daquele quarto no segundo andar e subiu com passos preguiçosos.O quarto estava repleto de pessoas, mas era grande o suficiente.Lorena levantou os olhos e examinou o quarto. A decoração e a disposição dos móveis mostravam uma opulência dourada, revelando o quanto a pessoa que morava ali era mimada.Um traço de escárnio frio passou por seus olhos.— O que está acontecendo? — Uma voz furiosa soou.Um empregado, ajoelhado no chão com a cabeça baixa, tremendo, disse:— Sr. Daniel, acabamos de chamar na porta da Melissa e encontramos ela deitada, sem se mexer. Vimos uma carta de despedida e uma garrafa de pílulas para dormir ao lado da cama."Carta de suicídio? Pílulas para dormir?"Os rostos de todos estavam chocados e aterrorizados.Lorena ficou um pouco s
Lorena sorriu e não respondeu à pergunta dele. Em vez disso, se virou e caminhou em direção ao elevador. Depois de dar alguns passos, parou, girou suavemente sobre os calcanhares e disse, num tom preguiçoso: — A propósito, tudo o que eu disse sempre será para valer. — Terminando a frase, entrou no elevador sem olhar para trás. Felipe ficou parado, franzindo a testa, observando ela desaparecer de vista. Naquele momento. No jardim dos fundos do Hospital Esperança. Ao lado de um portão arqueado, em um banco de pedra sob uma grande figueira. Se sentavam um senhor idoso de cabelos brancos e um homem de aparência nobre e elegante. — Guilherme, você já tem vinte e oito anos e ainda não tem uma mulher. Estou começando a me envergonhar de você. — Disse o velho com uma voz cheia de energia. O homem, encostado no banco, ouviu sem alterar a expressão. Suas longas pernas estavam cruzadas, as mãos repousavam sobre os joelhos, exibindo uma postura de nobreza e elegância. Ele possu
Heitor voltou para a empresa intrigado. "Sr. Guilherme, que nunca se mete em assuntos alheios, hoje resolveu intervir?""Será que o Sr. Guilherme, sempre tão reservado, está prestes a se apaixonar?""Amor à primeira vista?"A mulher de hoje era realmente muito bonita, talvez até bonita demais."Mas aqueles que se apaixonam à primeira vista geralmente são atraídos pela aparência. Será que a reserva do Sr. Guilherme nos últimos anos era apenas fachada?"Heitor sentiu que havia descoberto um grande segredo.Ele olhou humildemente para o Guilherme, que emanava uma aura fria, e disse cautelosamente:— Sr. Guilherme, sobre o ocorrido hoje, prometo manter segredo.Guilherme estreitou os olhos com desconfiança, olhou para ele friamente e disse:— Está sem trabalho ultimamente?Heitor sentiu um arrepio na espinha e rapidamente negou:— Não, não.Aprender a não comentar o que se descobre é uma habilidade que Heitor desenvolveu ao longo dos anos ao lado do Sr. Guilherme, uma espécie de ferramenta
Ala do hospital.Lorena cruzou os braços, encostada preguiçosamente na parede do corredor, com uma perna dobrada contra a parede.Ela só se endireitou quando uma figura alta apareceu em sua frente.Assim que ficou de pé, a voz fria de Felipe soou em seus ouvidos:— Lorena, você me decepcionou demais! Quando você se tornou tão fria e cruel? Como ousou jogar sua irmã na água, sabendo que ela não sabe nadar? Por que insiste em colocá-la em perigo repetidamente?Lorena estreitou os olhos amendoados, que pareciam envoltos em uma camada de gelo. Ela levantou as pálpebras e fixou o homem à sua frente.Quando Felipe viu o olhar frio dela, hesitou por um momento. Seus olhos brilhantes, como névoa se dissipando, exalavam uma frieza e um orgulho que o deixavam muito desconfortável.— Você simplesmente não muda. Mel sempre te protegeu e defendeu, mesmo antes de desmaiar, ainda estava te defendendo. Você não sente remorso? Sua consciência foi devorada por cães?Quanto mais Felipe falava, mais irrit
— Não precisa se preocupar com isso. Além disso, avise a todos que teremos uma reunião em dez minutos.A voz fria e clara de Lorena transmitiu essas duas frases simples.Henrique já estava ao lado de Lorena há quatro anos, e o estilo de trabalho dela sempre foi direto ao ponto, sem palavras desnecessárias e sem fazer nada inútil.— Sim, Presidente Lorena.Em dez minutos, Lorena revisou vários documentos rapidamente e tomou decisões ágeis.Sala de reuniões.Lorena entrou vestida com um traje profissional branco simples, uma calça social justa de perna larga e calçando sapatos de salto alto bege. Ela emanava uma aura fria de rainha.Todos os presentes estavam nervosos, mal ousando respirar. Eles já haviam testemunhado os métodos de Lorena e temiam a jovem presidente. Ela sempre agia de forma decidida e direta.— Departamento de Marketing, como estão os resultados da fase de testes preliminares do perfume Série do Tempo? — Lorena perguntou friamente, com um olhar afiado para o gerente de