João esfregou o antebraço esquerdo com a mão direita e assentiu com a cabeça. — Está um pouco frio. — Depois de uma pausa, ele acrescentou, aparentemente sem motivo. — Acho que o ar-condicionado central de alguém está desregulado.Pietro estalou a língua e respondeu com seriedade: — Mas não tem cheiro de ar-condicionado; o que sinto é um certo cheiro azedo de ciúmes.João mudou de assunto e comentou sobre Marcelo, que estava fazendo um discurso no palco: — Esse veterano da Lorena parece ser um cara muito talentoso, não? Sua fala é tranquila e educada, como um erudito refinado dos tempos antigos. Um homem culto e cheio de talentos; é difícil não se encantar com alguém assim.Pietro concordou: — Como um verdadeiro cavalheiro. Realmente é bem atraente.Murilo ficou sem palavras. "Esses dois estavam encenando uma comédia juntos ou falando em códigos?" Na verdade, todos na mesa de jantar de ontem tinham notado claramente a hostilidade de Guilherme em relação ao veterano da Loren
[O nome dele também é muito bonito. A partir de agora, anuncio que Marcelo é meu ídolo.][Só quero saber: qual janela Deus fechou para o meu ídolo?][Fechou a janela do casamento com você.][Que maldade.]Os trabalhadores da mídia na transmissão ao vivo olhavam para os comentários na tela. Antes organizados, agora estavam uma completa bagunça. Eles esfregaram os olhos para ter certeza de que não era um sonho, era real.Nesse momento, todos entenderam que os internautas estavam ali apenas para ver um homem bonito.Mas isso não era problema deles; o importante era que o fluxo de pessoas estava chegando sem necessidade de gastos para atrair o público. De graça, então era só aproveitar.Em seguida, a câmera quase deu um close no rosto de Marcelo.Logo, algum internauta de olhos afiados notou que na sala do evento havia mais alguns homens bonitos.Eles imaginavam que um evento acadêmico desse nível teria apenas senhores de idade e professores mais velhos, mas ficaram surpresos ao ver tantas
— Agora, vamos receber a Agonia, que já publicou mais de 200 artigos em periódicos SCI, ou seja, nossa Srta. Lorena.Com o término da fala de Marcelo, uma grande parte da plateia começou a aplaudir entusiasticamente, enquanto uma pequena parte ficou atônita, imersa em um turbilhão de choque.— Ele acabou de dizer quem é a Lorena? Quantos artigos ela publicou mesmo? — Pietro perguntou, visivelmente perplexo.Dos quatro presentes, apenas Murilo sabia quem era Agonia.Murilo ficou de boca ligeiramente aberta; essa identidade de Lorena estava além de todas as suas expectativas. Ele jamais imaginaria que ela fosse a misteriosa Agonia, conhecida como o "gênio da pesquisa" em toda a comunidade médica.Duzentos artigos de pesquisa médica publicados em periódicos SCI não eram uma conquista alcançada apenas com inteligência. E, além disso, ela era tão jovem.Ela era simplesmente um prodígio nessa área, e tinha apenas vinte e quatro anos; pessoas da idade dela, na maioria, mal haviam se formado n
Assim que Pietro terminou de falar, sentiu imediatamente uma brisa gelada ao seu redor, seguida por um olhar afiado que parecia perfurar diretamente seu coração.João lançou a ele um olhar de "boa sorte para você".Guilherme lhe deu um olhar frio e penetrante, e... nada mais.Pietro engoliu em seco, um tanto intimidado. Ele tinha razões para suspeitar que, se o ambiente fosse outro e se eles não fossem irmãos, aquele homem realmente o teria matado naquele momento.Na verdade, a frase que ele dissera nem tinha uma conotação negativa.É só que Lorena estava completamente fora de contexto; sua identidade era praticamente impossível de compreender.A genética de Lorena não tinha nada a ver com a família Amorim."Se não fosse assim, por que ela nunca foi valorizada desde criança? Por que sempre destruíram sua reputação e, até por medo de represálias da família Fonseca, escolheram romper os laços com ela? Como alguém tão 'estúpido' poderia ter genes tão poderosos?"Não era só ele que pensava
Lorena não foi à licitação à tarde. Desde que sua identidade como Agonia foi revelada pela manhã, as ações do Grupo X dispararam.No escritório. Lorena estava sentada no sofá, sendo pressionada por Lavínia. Ela percebeu que Lavínia a encarava há quase quinze minutos, sem dizer uma palavra. Lorena ergueu a mão para massagear a testa, inclinou a cabeça e quebrou o silêncio: — Se tem algo a dizer, fale logo. Ficar me olhando assim é meio assustador. Lavínia franziu os lábios e soltou um suspiro frio pelo nariz. Então, finalmente falou: — Me diz, quantas outras identidades você ainda esconde de mim? Eu tive que descobrir pela notícia!Havia um toque de ressentimento na voz de Lavínia. Lorena manteve a expressão calma e respondeu devagar: — O Sr. Guilherme também acabou de descobrir.A mensagem implícita era clara: "Não se preocupe, até meu marido acabou de saber. Você não precisa ficar chateada; tem um figurão na mesma situação que você."Lavínia parou por um momento.
Na verdade, ele nem precisava agradecê-la, pois desde o começo a empresa que ela tinha em mente já era dele. Esse homem tinha uma mente mais profunda do que qualquer outra pessoa, escondendo tudo sem deixar pistas. Se ele não tivesse revelado por conta própria dessa vez, ela realmente não teria descoberto. À noite. Mansão do Sol. Chegou uma visita inesperada, embora talvez nem tanto, afinal, era o irmão do dono da casa. Lorena chegou em casa primeiro. Assim que entrou, viu um homem deitado despreocupadamente no sofá. — O que você está fazendo aqui? — Lorena se aproximou, estreitando os olhos enquanto olhava para Thomas, que estava meio deitado no sofá, mexendo no celular. Thomas estava rolando a tela do celular, quando ouviu uma voz feminina vinda de cima. Ele ergueu os olhos, se endireitou imediatamente e a cumprimentou respeitosamente: — Cunhada.Lorena assentiu com a cabeça e se sentou no sofá em frente a ele. — Você fugiu de casa? — Ela levantou o olhar e fez um g
Na manhã seguinte.Guilherme desceu as escadas e encontrou Thomas sentado à mesa.— Bom dia, meu irmãozão lindo. — Disse Thomas, sorrindo de orelha a orelha enquanto mordia um pedaço de pão fresco.Guilherme franziu ligeiramente as sobrancelhas, se sentou na cabeceira da mesa e olhou para ele com frieza:— Logo de manhã, você vem aqui me fazer perder o apetite? Tire esse sorriso nojento da sua cara.Thomas parou por um momento.Nojento? Ele?Se virou para Vítor, que estava de pé ao lado, e perguntou com sinceridade:— Vítor, eu estava sorrindo de forma nojenta agora?Vítor sorriu de forma carinhosa:— Não, nada nojento.Thomas respondeu:— Tá vendo? Eu sou tão bonito e charmoso, não tem como meu sorriso ser nojento.Guilherme ignorou o comentário, pegou o copo de leite e tomou um gole enquanto comia seu café da manhã com calma e elegância.Mas Thomas era tagarela, e o silêncio fazia sua boca coçar. Ele olhou para a entrada da escada e perguntou casualmente:— Irmão, sua esposa ainda nã
Thomas assistiu ao vivo a uma verdadeira mudança de humor de seu irmão mais velho.Assim que Lorena desceu as escadas, Guilherme percebeu imediatamente e foi até ela.— Por que não dorme mais um pouco? — A grande mão do homem acariciou suavemente a parte de trás de sua cabeça.O olhar dele transbordava de amor, e suas palavras eram repletas de carinho e ternura.Lorena deu uma leve tosse, desconfortável. Na noite passada, ele a manteve acordada até tarde, mas como Thomas estava hospedado ali, ela ficou sem jeito de dormir até mais tarde.Ela disse: — Estou com fome e não consigo mais dormir.O leve rubor em seus olhos não escapou ao olhar atento do homem.Aos olhos dos outros, sua esposa era uma mulher forte e impressionante, mas apenas para ele ela exibia essa timidez encantadora que o deixava completamente apaixonado.Thomas, observando a cena, de repente sentiu que aceitar o convite de Michele para vir ali talvez não tivesse sido a melhor escolha.Quer dizer, ele, um solteiro, est