POV PEDROLiguei para Marcos e pedi o carro dele emprestado. Já passava da hora de comprar o meu. Certamente era o que eu faria no dia seguinte.Jamais pensei que excederia a velocidade assim que pegasse um carro em tão pouco tempo após fazer a autoescola. Mas meu coração estava apertado e não lembrava a última vez que fiquei tão nervoso. Tudo que eu queria era ver Clara para ter certeza de que ela estava bem.Ouvir o choro de Clara do outro lado da linha me deixou completamente sem chão. O medo dela se transformou na dor que senti ao saber que ela sofria por alguma coisa. E eu não estava com ela naquele momento em que precisava de mim!Se um dia acontecesse alguma coisa com Clara, não tinha certeza se eu conseguiria me manter vivo. A vontade de protegê-la e fazer com que nada a fizesse sofrer era maior que qualquer coisa dentro de mim.Cinco minutos depois eu estava no local onde ela havia mencionado ter atropelado o cachorro, me encaminhando para a descida da lomba gigantesca que ha
- Isso a deixaria melhor?- Sim... Muito. Ninguém o tiraria da rua e enterraria em tão pouco tempo.- Sim, também acho.Clara foi me dando as coordenadas do caminho até sua casa e para minha surpresa, num determinado ponto disse:- Pode parar aqui.Observei atentamente e não havia muitas casas por ali. Ainda assim fiz o que ela pediu:- Qual é a sua? – Quis saber, intrigado.- Eu... Moro próximo daqui. Como a rua é mais tranquila, me arriscarei a ir dirigindo até em casa.A encarei seriamente:- Qual o seu problema com relação à sua casa?- Não é a minha casa... E sim a minha família.Eu balancei a cabeça, aturdido e peguei a mão dela, tentando chegar no fundo daqueles olhos azuis claros, que tanto me faziam perder o sono:- Clara, eu duvido que sua família possa ter mais problemas do que a minha.Ela sorriu tristemente:- Sei que mais cedo ou mais tarde terei que lhe contar tudo... Mas não consigo fazer isto hoje. Não tenho condições.Eu gostaria de fazer muitas perguntas e claro que
POV CLARACheguei em casa e minha mãe não estava. Deixei o carro na rua, rente à calçada, mas não o pus na garagem. Meu pai que o fizesse. Minhas pernas ainda estavam trêmulas e o coração acelerado.Tomei um banho e aproveitei para dar banho em Pipeline. Ela esteve comigo o tempo todo e por ela que eu não joguei o carro numa árvore, correndo o risco de morrer. Sim, porque eu estaria morta, mas Joaquim Versiani também e parecia que aquela era a única maneira de ele não incomodar mais ninguém.Esperei, esperei e nada de minha mãe aparecer. Nem meu pai.Joaquim raramente parava em casa. E quando estava eu sempre sabia, porque passava o tempo inteiro me denegrindo de alguma forma ou perturbando minha mãe. Mas ela? Ela sempre estava em casa. E o fato de não estar, especialmente depois de eu ter saído com meu pai da maneira horrível com que fui obrigada... Causava muita estranheza.Fui na casa de tia Rute e me impressionei ao chegar e ver que ela já estava com tudo encaixotado para sua mud
- Eu juro que quase mandei ele parar... Estive prestes a desistir de tanta dor. – Ela gargalhou.- Da próxima vez, sonhe com esta tatuagem em outro lugar. O dedo é extremamente dolorido.Flora parou e me abraçou:- Obrigada por ser a melhor amiga que eu poderia querer na vida.Alisei seus cabelos enquanto ela ainda me abraçava:- Já passamos por tantas coisas juntas, Flora. Acredito que não importa o que aconteça nesta vida, jamais nos separaremos.Flora me soltou e encarou-me para depois abaixar o olhar.- Quer me dizer alguma coisa, Flora?- Eu... Sim, eu quero. Sabe que tenho um pouco de dificuldade para contar coisas sobre mim...- E eu respeito isso.- Mas quero que saiba que... Estou muito feliz.- Sim, eu sei. Porque fizemos nossa primeira tatuagem juntas. – Sorri.- Não só por isto. Estou feliz também porque estou me encontrando com seu irmão... Vez ou outra.Engoli em seco, preocupada.- Como assim?- Eu sempre gostei de Renan.- Mas... Ele foi um babaca.Eu sabia que ele hav
- Patrick Huxley? Do que você está falando, Pedro? – me fiz de desentendida.- Estou falando sobre o que você me disse uma vez: “Jason é só uma paixão. Patrick é amor.”- Eu não sabia o que falava. – Revirei os olhos, retirando a mão da dele e recostando-me no banco.- Lembro exatamente do que me disse, Clara... “Não importa com quantas pessoas eu me relacione, no final é com ele que que ficarei. Mas enquanto ele ainda não se deu conta de que também sou o amor da vida dele, não posso ficar feito uma idiota esperando.”Eu sinceramente não lembrava de ter dito aquilo. Mas se falei, era algo bem profundo. E se eu estivesse no lugar de Pedro também ficaria chateada.Demorei um pouco a responder:- Eu não gosto mais de Patrick Huxley.Pedro não disse nada. Enquanto ele dirigia, o silêncio nos consumia.- Achei que você estudasse sobre o ciúme e toda questão psicológica por trás dele. – Tentei.- O ciúme é um sentimento que existe e não há como extingui-lo. É preciso saber lidar com ele, pa
Levamos cerca de duas horas para chegar no Hotel. E me surpreendi com a beleza do lugar. O carro foi levado por um manobrista enquanto entramos na recepção para fazer o check-in. Embora o local não fosse grandioso, parecia ter no mínimo uns vinte quartos. Eram três prédios térreos, mas ambos bem elevados do chão. Cada apartamento tinha sua própria saída para o mar, através de escadarias em madeira nobre, que levavam a uma área restrita da praia com guarda-sóis e espreguiçadeiras.A piscina, enorme, ficava nos fundos dos prédios, pegando toda a luminosidade do sol, que contrastava com o colorido dos pequenos decks individuais com ofurôs.E me surpreendendo ainda mais, Pedro havia pego a suíte presidencial, das poucas que tinha de frente para o mar, sem a mínima possibilidade de alguma coisa atrapalhar a vista.Fomos encaminhados ao nosso apartamento, pelo lado externo, sendo que havia um estreito caminho de madeira nobre, escura, que evitava que puséssemos os pés na areia fina e quente
Pedro me beijou de forma terna, aos poucos intensificando o contato, a língua parecendo querer descer pela minha garganta. Senti seu pau enrijecido sob a bermuda e esfreguei-me diretamente naquela região, sentindo minha calcinha encharcar-se, dando perda total.Como sexo podia ser algo que se sabia fazer mesmo sem nunca ter feito? Foi automático a forma como começamos a nos movimentar, querendo nos encaixar, ainda sem retirarmos nossas roupas.A boca de Pedro passou para o meu queixo, que ele alternava entre morder e beijar de forma que sua língua explorasse a minha pele, fazendo-me arrepiar ao toque completamente excitante.Involuntariamente retirei seu pau de dentro da bermuda, tocando-o vagarosamente, sentindo a glande e depois deslizando os dedos sem pressa, até chegar nos testículos. O senti ofegando, agora com a boca no meu pescoço, fazendo com que eu entendesse o motivo de estar tão sensível e ao mesmo tempo arrepiada. Comecei a bater seu pau, completamente duro, de encontro à
- Imagine se o fosse. – Ri, de forma irônica, não o deixando terminar, tentando não pensar que ele já havia feito aquilo em outras mulheres.- Eu leio... Vejo filmes... E em tudo se aprende um pouco. Depois basta pôr em prática.- E já pôs muito em prática suas leituras eróticas? – Me ouvi perguntando.Pedro gargalhou:- Se quer saber, eu nunca fiz um oral.Sentei-me na cama:- Como assim?- Não fiz... Simples assim. É algo muito pessoal. Acha que eu sairia por aí lambendo a boceta de qualquer mulher?- Você... Lambe muito bem – me ouvi dizendo, me sentindo mais tranquila – Aliás, parece que nasceu para fazer isso.Pedro riu:- Você é estranha, Clara Versiani, amor da minha vida.Ele saiu e fiquei ali, com os braços erguendo levemente meu corpo sobre a cama. Quando Pedro voltou, vi a embalagem do preservativo na sua mão.- Vamos respeitar suas vontades, ok? – rasgou a embalagem enquanto eu o observava atentamente encobrir o pau com a borracha deslizante.- Corre o risco de esta coisa