A notícia de que Sarah havia se mudado para a mansão chegou rapidamente a Anna, e sua reação foi tão explosiva quanto se podia esperar. Ela não hesitou em confrontar Thomas, deixando para trás qualquer vestígio de autocontrole. Para Anna, Sarah havia ultrapassado todos os limites — e ela não pretendia aceitar isso passivamente.Era uma tarde tranquila. Sarah estava no jardim com Aurora e Adrian, supervisionando suas brincadeiras. O riso das crianças enchia o ar, um som que tornava a mansão menos sombria e fria. Mas a paz foi abruptamente interrompida quando a porta principal se abriu com um estrondo.Anna entrou como uma tempestade, seus saltos ecoando no mármore, a raiva evidente em cada passo. Thomas apareceu no corredor, tentando interceptá-la, mas ela já estava gritando.— Você deixou ela se mudar para a nossa casa? — vociferou Anna, ignorando completamente a presença das crianças. — Como você teve coragem, Thomas?Thomas respirou fundo, tentando manter a calma.— Primeiramente, n
Anna apareceu na mansão sem aviso prévio, trazendo consigo a tensão de uma tempestade prestes a explodir. Dessa vez, porém, ela usava uma máscara de calma, mesmo que seus olhos deixassem transparecer o ódio fervente sob a superfície.— Thomas, — Anna começou, entrando na sala de estar onde ele estava sentado. — Precisamos conversar... sobre sua decisão.A última palavra soou como uma acusação.— Deixar aquela mulher morar aqui? Isso é inaceitável.Thomas fechou a pasta que estava revisando e suspirou profundamente. Ele já esperava por isso, mas ainda assim, sentiu o cansaço tomar conta.— Anna, se você veio aqui para criar mais confusão, saiba que minha paciência está no limite.Anna riu amargamente, cruzando os braços em um gesto de desafio.— Confusão? — ela retrucou. — Isso é sobre nossos filhos, Thomas. Você realmente acha que eles precisam dela? Eu sou a mãe deles.Thomas se levantou devagar, mantendo o olhar fixo nela com uma intensidade que fez Anna recuar um pouco.— Você? — e
Anna caminhava pela mansão com passos suaves, mas cada movimento era carregado de intenção. Sentia o controle que sempre acreditou ser seu escorregando pelos dedos, especialmente com a presença de Sarah ocupando um espaço que deveria ser dela. A mansão, uma fortaleza de luxo e opulência, agora parecia um labirinto onde cada canto a lembrava de sua fragilidade.— Ele acha que pode me ignorar? — murmurou para si mesma, ajustando a alça da camisola de seda vermelha que escolhera meticulosamente. O tecido deslizava suavemente sobre sua pele, um lembrete de sua feminilidade e poder. — Thomas precisa de um lembrete de quem realmente manda aqui.Ao entrar no escritório sem bater, encontrou Thomas mergulhado em papéis, claramente exausto. O cansaço estava evidente em seus olhos, mas ele ergueu o olhar e imediatamente endureceu a expressão.— Anna, — disse, com a voz cansada. — O que você quer agora?Ela ignorou o tom de desdém e caminhou lentamente até a mesa, colocando-se estrategicamente em
Do lado de fora do escritório, Sarah permanecia imóvel no corredor, escondida pelas sombras que se estendiam com a luz difusa da mansão. As vozes de Thomas e Anna escapavam pela porta semiaberta, e cada palavra parecia pesar mais do que a anterior. Ela não havia planejado ouvir, mas a intensidade do diálogo a mantinha enraizada no lugar.Quando ouviu Thomas ceder ao pedido de Anna, um calafrio percorreu sua espinha. Algo dentro dela desmoronou, e a decepção queimou em seu peito como um fogo lento.— Ele realmente vai fazer isso, — pensou, com um nó se formando em sua garganta.Anna estava manipulando Thomas com o que fazia de melhor: seu charme venenoso e a capacidade de explorar a vulnerabilidade dos outros. Pior ainda, parecia que Thomas não tinha forças para resistir.Sarah recuou silenciosamente, fechando a porta do quarto atrás de si. Sentou-se na cama, abraçando os joelhos enquanto tentava processar o que ouvira. Sua mente girava, alternando entre raiva, tristeza e uma sensação
Thomas acordou naquela noite sentindo o peso esmagador das escolhas que precisava fazer. Adrian precisava de ajuda urgente, mas cada opção que surgia parecia envolta em um custo insuportável. Ele sabia que o tempo não estava a seu favor, mas a ideia de se submeter às manipulações de Anna era algo que sua mente e coração recusavam.Na manhã seguinte, após refletir sobre o futuro de seu filho, Thomas decidiu que precisava enfrentar Anna e colocar um ponto final na situação. Ele a chamou para uma conversa em seu escritório, onde Anna entrou com confiança, acreditando que, finalmente, havia vencido.— Thomas, — começou Anna, com um sorriso calculado que não chegava aos olhos. — Imagino que tenha decidido fazer o que é necessário.Thomas respirou fundo, tentando controlar a irritação que a atitude dela despertava. O ar estava carregado de tensão, como se uma tempestade estivesse prestes a eclodir.— Sim, eu tomei uma decisão, — disse com firmeza.O sorriso de Anna cresceu, convencida de qu
No jardim da mansão Lewantys, Sarah brincava com Aurora e Adrian quando viu Anna sair apressada da casa. A expressão rígida de Anna deixava claro que algo não havia saído como planejado; havia um clima tenso que Sarah não conseguia ignorar.A curiosidade a consumia enquanto observava Anna se afastar rapidamente; ela sabia que a batalha com Anna estava longe de terminar e sentiu uma pontada de ansiedade no peito. Os ares estavam mudando na mansão e Sarah podia sentir isso em cada fibra do seu ser.Thomas entrou no jardim pouco depois de Anna ter saído. Seus olhos estavam tristes e distantes, como se ele carregasse um peso enorme. Quando viu Sarah e as crianças brincando felizes no sol, ele tentou sorrir, mas dava para ver que estava sofrendo por dentro. — Como estão as crianças? – ele perguntou baixinho.Sarah percebeu imediatamente a inquietação em sua expressão e decidiu não deixar passar em branco.— Thomas... você parece preocupado – sondou, cautelosamente.Ele hesitou antes de res
Thomas estava sentado em seu escritório, com a mente presa em uma espiral de pensamentos. O tempo era o inimigo. Cada dia sem uma resposta significava um risco maior para Adrian. Ele sabia que não podia se dar ao luxo de hesitar.Após noites em claro, uma ideia ganhou forma: fertilização in vitro. Era prática, direta e, o mais importante, não exigiria um envolvimento emocional com Anna. Ele conhecia Anna bem o suficiente para saber que dinheiro seria um argumento irresistível.— Se isso é o que ela valoriza, então que seja — pensou Thomas com um misto de irritação e determinação.Na manhã seguinte, Thomas ligou para Anna, pedindo que ela fosse até a mansão. Poucas horas depois, ela chegou com a habitual imponência. O vestido preto elegante e o sorriso sarcástico não disfarçavam a necessidade de manter o domínio estampada em seu olhar.— Thomas, começou Anna, com um tom levemente zombeteiro. Finalmente decidiu ser razoável?Thomas foi direto, ignorando a provocação de Anna — Precisamos
Os meses seguintes foram repletos de tentativas de fertilização in vitro. Anna, sempre disposta a garantir o pagamento generoso, seguiu cada instrução médica à risca, participando de cada procedimento com um sorriso satisfeito ao receber os depósitos em sua conta. No entanto, um após o outro, os resultados foram os mesmos: negativos.Cada falha era mais um golpe para Thomas. Ele sentia a vida escapar por entre os dedos enquanto a saúde de Adrian exigia uma intervenção urgente. O fracasso não era apenas médico ― era emocional.Após a terceira tentativa malsucedida, Thomas foi até a casa de Anna. Ele estava exausto, a paciência no limite.— Anna o que está acontecendo? ― questionou, mantendo a fala calma, mas o desapontamento era evidente. Os médicos dizem que você está saudável. Tudo deveria estar funcionando.Anna cruzou os braços e arqueou a sobrancelha com desdém.— E você acha que eu não estou fazendo a minha parte? ― rebateu.— Eu passei por todos os tratamentos, segui todas as i