DIVISA ENTRE O OCEANO ESCURO E O OCEANO FANTASMA - ILHA DE MORTUUM Cada passo dado levava aos dois mais próximos do inimigo, Darkson mais uma vez os enganou em Cristallum e agora os atraía a ilha mais afastada de todas, Mortuum. Sr. Williams sempre apreensivo olhava para todos os lados temendo um ataque repentino, mas Kira se matinha firme o tempo todo, afinal não tinha motivos para temê-lo, Darkson nem lhe assustava, apenas lhe deixava curiosa. A mata que cercava aquela parte da ilha era muito densa, dificultando sua visão, além de ser muito abafado, as roupas deles começavam a grudar no corpo por causa do suor. — Estou com um mau pressentimento. — Sr. Williams sussurra. Caminharam por mais alguns metros antes de avistar as pedras das runas, ficaram muito impressionados com a grandeza dos pilares de pedra negra a frente. Subindo os pequenos degraus, caminhou até chegar perto do centro, onde havia um pequeno círculo de pedra em relevo com um buraco no centro. — Que gentileza a su
A família real estava desesperada dentro do navio da capitã Electra, Daniel ainda não havia se acostumado com a ideia de ser como eles, mas isso não quer dizer que não podia ajuda-los. O pior é que não tinham como chegar perto, Kira havia sumido há um tempo, e o navio de Electra iria afundar logo. — Temos que fazer algo! — Robert resmunga. — Mas o que? — questiona Daniel. — Que tal a deixarmos resolver? — Electra pergunta. Ao longe o navio de Kira se aproximava velozmente, foi de encontro com aquele molusco que se atracava com as velas do outro navio. Os tubarões e o molusco foram em direção ao Sombra que seguia sem hesitar. De repente o navio de Electra começa a se mexer e chega perto da praia rapidamente. — Ela pensa em tudo! — sussurra Daniel. — Quem pensa em tudo? — Kira pergunta aparecendo por trás. — Você não estava no navio? — Robert questiona. Ela arqueia as sobrancelhas, mas nada diz. Rubi, estava grudada nos braços da capitã, parecia calma, como se estivesse dormin
CRISTALLUM- PALÁCIO REAL A vida no palácio era maravilhosa, Daniel pensava, depois de um tempo teve certeza que era o herdeiro, Darkson havia dito a verdade pelo menos uma vez na vida, ele tinha uma família afinal. Mas algo faltava, como um incomodo persistente em seu peito... Kira! Desejava e iria atrás de Kira, antes de sua coroação é claro, assim poderia propor que ela fosse a sua rainha e estivesse ao seu lado em todos os momentos, seria difícil ela largar a pirataria, mas tinha que tentar. Como o herdeiro, por ser mais velho que Carter, seria coroado em duas semanas, fora obrigado a aprender tudo sobre Cristallum e como um rei deve se portar de ante de todos. Algo cansativo, chato e extremamente difícil, principalmente para alguém que há pouco tempo nem imaginava estar ali, não tinha experiência com esse tipo de responsabilidade. — Logo você se acostumará, meu filho. — a rainha repetira pela terceira vez. — Não tenho tanta certeza... Cinco dias se passaram e as coisas pior
CRISTALLUM - PALÁCIO REAL...Os empregados do palácio corriam de um lado para o outro, preparando tudo para a grande coroação do novo rei de Cristallum! Os aperitivos, vinhos dos mais variados e as mesas para os convidados aproveitarem a festa em seguida, eram posicionados nos jardins do palácio, já que a coroação seria na sala do trono. Era um grande dia para todos, a correria não cessaria um segundo enquanto a festa não acabasse, afinal provavelmente festejariam durante parte da noite também. Perto do final da tarde os portões foram abertos e os convidados iam direto a sala do trono onde eram muito bem recebidos pelos empregados. Logo o bispo se posicionava próximo ao trono com o cetro e a coroa sobre uma almofada nas mãos dos monges. O rei esperava ansioso ao lado da rainha, do príncipe e da princesa. Seria a hora de passar o seu reinado ao filho mais velho, como tem sido ao longo dos séculos anteriores e será durante muito temo. — Por favor, peço silencio, a coroação começará!
O Sombra do Oceano navegava tranquilamente pelo Mar Nevoento, a fumaça branca que cobre a face das águas dava um ar assustador ao navio. A calmaria inquietante tornava a viagem chata e fatigada, não havia um só homem no navio que não sentisse falta da emoção e da aventura, proporcionada aos piratas. — Quanto tempo para aportarmos? — a capitã pergunta ao seu braço direito, Sr. Willians. — Não muito, já estamos perto do porto, capitã! — ele responde prestativo. — Ótimo! Acorde esses imprestáveis, temos muito trabalho a fazer. — ela diz antes de se dirigir ao timão. Sr. Willians corre o máximo que sua perna de pau permite, para o convés. — Acordem seus preguiçosos! — ele grita respirando pesado. — Já chegamos? — Monty, um pirata baixinho pergunta. — Não, mas estamos quase lá. Todos de pé, agora, a Capitã tem um pronunciamento a fazer. — ele diz antes de se voltar para o timão. — É melhor ela falar logo. — Monty resmunga. — Quer andar na prancha, marujo? — a capitã pergunta em um
PORTO DE BANCROFT - 15 ANOS ATRÁS... O Pesadelo Marinho, navio do capitão Julius Black, ancorou mais uma vez no porto de Bancroft... A manhã encontrava-se fria e cinzenta, uma ótima pedida para um chocolate quente com biscoitos e cobertas fofinhas. Como sempre a tripulação, mesmo que insatisfeita, se mantinha no navio. Não é visto com bons olhos, um romance entre um capitão pirata e uma duquesa. Encontravam-se a sua espera, sua mulher e sua sogra, Angeline e Amélia Bancroft e suas duas filhas pequenas. A menor de olhos azuis, cabelos negros e pele pálida, chamada Alicia e a outra, um pouco mais alta, loira de pele rosada com olhos castanhos, de nome Yasmim... Havia uma grande rixa entre as duas meninas, que possuíam a mesma idade, porém, personalidades totalmente distintas, e estranhamente não eram gêmeas. — Papai, eu estava morrendo de saudades! — Yasmim gruda na cintura do capitão com um sorriso estampado no rosto. Mas claro que a outra menina se enfureceu, sempre fora a prime
Um garoto, na faixa dos sete anos escutava apavorado os gritos desesperados de pessoas ao longe, pela enorme janela. Ele se encontrava confuso diante da situação, sem saber o que acontecia, apenas permanecia imóvel por longos minutos, tentava considerar se saía para fora do quarto ou não. Suas vistas encontravam-se enevoadas... Ao tocar a maçaneta da porta, constata que a mesma se encontra um pouco quente, abre devagar e surge no corredor abafado e vazio. Fumaça tomava conta do ambiente, há alguns metros um quarto queimava com força, e vozes podiam ser ouvidas próximas dali. Adentrando a sala do gabinete de seu pai, encontra sua mãe perto na porta, apavorada, diante de dois homens que apontam espadas já manchadas de sangue para a garganta do pai do garoto. — Mamãe, o que está acontecendo? — pigarreia de cenho franzido. Sobressaltando-se no lugar, a mulher vira para o garoto, visivelmente assombrada. Ela torna a olhar para o marido antes de tomar uma decisão impensada, tomando o g
ILHA DE BELLUM- PORTO DA DISCÓRDIA. Já havia anoitecido, o porto estava fechado, assim como não havia nenhum navio ancorado, salvo dois, pertencentes a Guarda do rei de Bellum. Os contrabandistas eram perigosos, porém não se atreviam a permanecer muito tempo na ilha quando o sol começava a baixar, e esse era o ponto chave para o sucesso da fuga, sem atrasos, nem espiões, teriam melhor desempenho. — Vamos nos dividir em dois grupos, cada um inspeciona um navio, nos encontramos em meia hora aqui, tomem cuidado, não sabemos se há armadilhas nas embarcações. — Robert grita para que todos o possam escutar. Com um aceno, se dividem, sendo Daniel e Robert os líderes de cada grupo. Os navios eram de porte médio, capazes de abrigar muitos homens e mulheres, serviriam para seus propósitos, mas não sabiam se suportariam a todos sem deixar ninguém para trás. Depois de mais ou menos meia hora, as inspeções haviam cessado. — O que acha, Robert? — Daniel questiona pensativo. — É capaz de abri