– Saiam – A voz de Eris saiu como um sussurro, as bruxas ainda distraídas com a informação cochichavam alto e nem sequer a ouviram – Eu disse, saiam.
Seu grito e reação abrupta assustaram as bruxas que a olharam de imediato, cessando o burburinho, era claro no rosto da líder o desnorteio. A vendo dessa maneira ninguém ousou desobedecer se dispersando sem mais demora e em um profundo silêncio.
Asteria que se mantinha ao seu lado foi a única que ficará, sabia que devia explicações e sabia que naquele momento seria cobrada por isso e ela já esperava para tal, mas a reação em cadeia de Eris foi a pior possível. Lançando assim a mais velha
Dia nublado.O céu resolveu desabar naquele dia, as nuvens negras contrastavam perfeitamente com o humor mórbido dos presentes. Do ponto mais alto, eu vi Stefano voltar sozinho na noite anterior, consegui ouvir dentre as paredes encantadas do castelo que Fenris desistiu de voltar no meio do caminho correndo novamente em suas quatro patas em direção a floresta ,escutei seus uivos por toda a noite assim como escutei a inquietação de toda a matilha.<
– Minha rainha – uma reverência fora feita antes da voz prosseguir – encontramos esse aqui pelas redondezas, espionando.O corpo de um homem foi jogado no chão como se fosse um saco de lixo, estava ferido. Acorrentado. Seu rosto de traços marcantes chamou a atenção da “Rainha”, ela sorriu em escárnio. – Ora, Ora ,Sentiu falta de casa e resolveu voltar ?Não obteve resposta alguma do homem além de seu olhar que exalava deboche e superioridade, isso a irritou.– Leve-o até a prisão, limite-o a pão e água, vamos ver se esse olhar superior que ele ostenta deixa sua face, mais tarde eu irei fazer-lhe uma visita. Esclarecimentos.Não teve nada de extraordinário naqueles últimos dias, eram quatro horas da manhã e apenas os pequenos tinham um sono digno de Paz. Não dá paz propriamente dita, mas daquele intervalo. É como a tempestade, a intermitência necessária entre duas calmarias, apenas um pequeno lapso, até que outra enxurrada vem, cheia de trovões como os que rugiam furiosamente do lado de fora da pomposa construção.E embaixo dessa enxurrada, o homem que anseia desesperadamente pela calmaria que invade o peito e toca a alma com ternura. Recluso, não se sabe exatamente a quanto tempo ele estava ali, mas sabia Capitulo 25
Uma utilidade Os gritos de dor eram ouvidos através dos quatro cantos do território Savage. O ferro aquecido em brasa e banhado em magia, queimava a pele do pescoço do prisioneiro que já enfraquecido pedia em silêncio pela sua morte. Com a sua própria magia o aprisionado tentava se manter vivo, curava os seus ferimentos e esperava pela próxima sessão de tortura, que já durava dias. Quantos? Ele não saberia dizer, havia ficado apagado tempo suficiente para perder a noção de horas, dias, talvez semanas. A única coisa que sabia em relação a sua atual situação, é de que ele merecia tudo aquilo e que mesmo que fosse controverso, aceitava. Se ainda se mantinha vivo é porque apesar dos pesares, tinha ela. Porque os seus sofreriam a sua morte, porque mesmo se sentindo só, ele sabia que não estava. Foi imprudente, ele assumiu. Tudo que ele precisava fazer era espionar e recolher informações, mas se deixou ser pego. Foi descuidado, estava se remoendo em culpa ao invés de cumprir o seu obj
Introdução.Nua sobre a luz pálida do luar, completamente ensanguentada e exposta, ela andava a passos calmos sobre o mar de corpos, cantarolando. O ressoar tranquilo e angelical jamais entregaria o turbilhão que se escondia por trás de cada nota."O lobo uiva na floresta à noiteEle quer, mas não consegue dormirLágrimas de fome em sua barriga de lobo."A Sátira daquele cantarolar soava ofensivo, principalmente para as tantas almas que ali agora fariam morada. Ela no entanto, não se im
As chamas crepitavam aquecendo-a no calor daquela noite, não que ela precisasse do fogo para se aquecer, mas as labaredas causavam em si um conforto.Ela sentia o enorme portal enfraquecido, cada vez mais perto de se dissipar, permitindo assim que invasores tenham acesso ao local e todo o poder que o ambiente dispunha. Ela sabia de tudo isso, sabia que era seu dever como herdeira daquelas terras tomar conta do que um dia foi o seu lar. Mas ela não conseguia, não ainda.Ela só queria fugir para longe, correr daquele mundo e das responsabilidades que ele traria.Entretanto ela não poderia adiar o seu retorno nem mais um dia, e ela sabia disso. Por isso estava ali, em meio a neve bran
25 anos depois.Alcatéia dos Savages.O ataque aconteceu por todos os lados, indefensável. O odor da putrefação, da carne queimada, do sangue, das vísceras. Não devia ter sido um massacre, mas elas vinheram na calada da noite, queimando e destruindo tudo que encontravam no caminho, espalhando o caos, semeando o medo. Nem mesmo o olfato de Fenris e seus sentidos sensoriais, conseguiram impedir a invasão das bruxas em seu bando.Um feitiço muito forte fora usado para confundir os sentidos do poderoso alfa da alcatéia Savage, e todos os seus semelhantes agora lutavam para salvar o pequeno grupo que conseguiu escapar daquela chacina.
De maneira silenciosa e um tanto até graciosa ela rodeava o campo de força que separava suas terras daquele grupo, ali ela tudo via, tudo sabia, nada escapava dos seus olhos astutos e ameaçadores. Em suas quatro patas ela observava o grupo de pessoas que se aproximavam de maneira cabisbaixa, uma comitiva de lobos, humanos, ao qual ela se viu surpresa por ainda estarem vivos naquele mundo, havia também crianças, uma em particular era mestiça, ela podia dizer apenas por sentir o poder que crescia e circulava de maneira feroz em seu sangue, peculiarmente havia uma bruxa entre eles ,supôs então que aquela seria a mãe da criança híbrida que era carregada por uma mulher de longos cabelos vermelhos.A barreira era invisível, ela analisava a situação daquelas pessoas perguntando-se quem eram, de onde vinham, para onde iriam, e principalment