Ninguém disse nada, estavam absortos pela fala de Adriel e esperando qualquer que fosse sua reação, todos ali sabiam que o irmão de Adriel estava morto, pois o lobo ao chegar à matilha Savage ainda um menino, ferido e amedrontada, completamente aos prantos estava convicto de que seu amado irmão estava morto. Desde então ele achava que só tinha os Savages como única família viva. A família que o acolheu.
– Como você o conheceu? – Perguntou Adriel a Moirai.
– O salvei de ser estraçalhado por Lycans, desde então ele luta ao meu lado. – Foi a resposta dela.
– Pa
Era lua cheia, todos já haviam se recolhido, a casa se encontrava na penumbra, era nítido a inquietação nos quartos mesmo os ocupantes tentando ser discretos.E apenas Moirai e Fenris rolavam entre os lençóis, em um incômodo aparente.➰O cheiro dela estava por toda a casa me entorpecendo, a lua cheia estava alta no céu e quando eu me vi já estava do lado de fora de seu quarto encostado em sua porta.
Rugidos de ódios foram ouvidos, dois rugidos que se mesclaram em um só, fazendo todo som de luta cessar, as bruxas arregalaram os olhos com a visão dos dois enormes lobos as encarando com um ódio cru. As malditas reagruparam, ao todo dezesseis bruxas ainda estavam em pé. Mas, não seria assim por muito tempo.As lamúrias de Set e os pedidos para que Oysis retornasse eram ouvidos, o que causava ainda mais ódio entre os Alfas. A dor de Set estava os consumindo, o vazio que o primogênito sentia era arrebatador e incômodo, mas ele não largava o corpo de Oysis e, certamente, não faria isso tão cedo.Íria arrastava Cassian, já em sua forma humana, para dentro dos limites do castelo, era o melhor a se fazer no meio do fogo cruzado.&nb
A matilha olhou o bruxo sem entender, e apenas o Alpha tinha seu olhar firme em Moirai. Algo estava errado.— Vamos voltar, Set precisa do nosso apoio. – Ettore pontuou.O clima pesou e todos baixaram suas cabeças em condolências. A volta até o castelo foi silenciosa e rápida, ainda ao longe eles conseguiram ouvir os rugidos de set, que se intensificaram ao se aproximarem. Fenris tinha seus olhos cravados em cada movimento de sua amada, como se sentisse que algo estava por vir.Set chorava em desconsolo, todo seu corpo estava coberto pelo sangue de Oysis, a matilha mantinha-se em silêncio, Sienna, Íria e Carmenta que já se encontravam fora da residê
– Saiam – A voz de Eris saiu como um sussurro, as bruxas ainda distraídas com a informação cochichavam alto e nem sequer a ouviram – Eu disse, saiam.Seu grito e reação abrupta assustaram as bruxas que a olharam de imediato, cessando o burburinho, era claro no rosto da líder o desnorteio. A vendo dessa maneira ninguém ousou desobedecer se dispersando sem mais demora e em um profundo silêncio.Asteria que se mantinha ao seu lado foi a única que ficará, sabia que devia explicações e sabia que naquele momento seria cobrada por isso e ela já esperava para tal, mas a reação em cadeia de Eris foi a pior possível. Lançando assim a mais velha
Dia nublado.O céu resolveu desabar naquele dia, as nuvens negras contrastavam perfeitamente com o humor mórbido dos presentes. Do ponto mais alto, eu vi Stefano voltar sozinho na noite anterior, consegui ouvir dentre as paredes encantadas do castelo que Fenris desistiu de voltar no meio do caminho correndo novamente em suas quatro patas em direção a floresta ,escutei seus uivos por toda a noite assim como escutei a inquietação de toda a matilha.<
– Minha rainha – uma reverência fora feita antes da voz prosseguir – encontramos esse aqui pelas redondezas, espionando.O corpo de um homem foi jogado no chão como se fosse um saco de lixo, estava ferido. Acorrentado. Seu rosto de traços marcantes chamou a atenção da “Rainha”, ela sorriu em escárnio. – Ora, Ora ,Sentiu falta de casa e resolveu voltar ?Não obteve resposta alguma do homem além de seu olhar que exalava deboche e superioridade, isso a irritou.– Leve-o até a prisão, limite-o a pão e água, vamos ver se esse olhar superior que ele ostenta deixa sua face, mais tarde eu irei fazer-lhe uma visita. Esclarecimentos.Não teve nada de extraordinário naqueles últimos dias, eram quatro horas da manhã e apenas os pequenos tinham um sono digno de Paz. Não dá paz propriamente dita, mas daquele intervalo. É como a tempestade, a intermitência necessária entre duas calmarias, apenas um pequeno lapso, até que outra enxurrada vem, cheia de trovões como os que rugiam furiosamente do lado de fora da pomposa construção.E embaixo dessa enxurrada, o homem que anseia desesperadamente pela calmaria que invade o peito e toca a alma com ternura. Recluso, não se sabe exatamente a quanto tempo ele estava ali, mas sabia Capitulo 25
Uma utilidade Os gritos de dor eram ouvidos através dos quatro cantos do território Savage. O ferro aquecido em brasa e banhado em magia, queimava a pele do pescoço do prisioneiro que já enfraquecido pedia em silêncio pela sua morte. Com a sua própria magia o aprisionado tentava se manter vivo, curava os seus ferimentos e esperava pela próxima sessão de tortura, que já durava dias. Quantos? Ele não saberia dizer, havia ficado apagado tempo suficiente para perder a noção de horas, dias, talvez semanas. A única coisa que sabia em relação a sua atual situação, é de que ele merecia tudo aquilo e que mesmo que fosse controverso, aceitava. Se ainda se mantinha vivo é porque apesar dos pesares, tinha ela. Porque os seus sofreriam a sua morte, porque mesmo se sentindo só, ele sabia que não estava. Foi imprudente, ele assumiu. Tudo que ele precisava fazer era espionar e recolher informações, mas se deixou ser pego. Foi descuidado, estava se remoendo em culpa ao invés de cumprir o seu obj