Esclarecimentos.
Não teve nada de extraordinário naqueles últimos dias, eram quatro horas da manhã e apenas os pequenos tinham um sono digno de Paz. Não dá paz propriamente dita, mas daquele intervalo. É como a tempestade, a intermitência necessária entre duas calmarias, apenas um pequeno lapso, até que outra enxurrada vem, cheia de trovões como os que rugiam furiosamente do lado de fora da pomposa construção.
E embaixo dessa enxurrada, o homem que anseia desesperadamente pela calmaria que invade o peito e toca a alma com ternura. Recluso, não se sabe exatamente a quanto tempo ele estava ali, mas sabia
Uma utilidade Os gritos de dor eram ouvidos através dos quatro cantos do território Savage. O ferro aquecido em brasa e banhado em magia, queimava a pele do pescoço do prisioneiro que já enfraquecido pedia em silêncio pela sua morte. Com a sua própria magia o aprisionado tentava se manter vivo, curava os seus ferimentos e esperava pela próxima sessão de tortura, que já durava dias. Quantos? Ele não saberia dizer, havia ficado apagado tempo suficiente para perder a noção de horas, dias, talvez semanas. A única coisa que sabia em relação a sua atual situação, é de que ele merecia tudo aquilo e que mesmo que fosse controverso, aceitava. Se ainda se mantinha vivo é porque apesar dos pesares, tinha ela. Porque os seus sofreriam a sua morte, porque mesmo se sentindo só, ele sabia que não estava. Foi imprudente, ele assumiu. Tudo que ele precisava fazer era espionar e recolher informações, mas se deixou ser pego. Foi descuidado, estava se remoendo em culpa ao invés de cumprir o seu obj
Introdução.Nua sobre a luz pálida do luar, completamente ensanguentada e exposta, ela andava a passos calmos sobre o mar de corpos, cantarolando. O ressoar tranquilo e angelical jamais entregaria o turbilhão que se escondia por trás de cada nota."O lobo uiva na floresta à noiteEle quer, mas não consegue dormirLágrimas de fome em sua barriga de lobo."A Sátira daquele cantarolar soava ofensivo, principalmente para as tantas almas que ali agora fariam morada. Ela no entanto, não se im
As chamas crepitavam aquecendo-a no calor daquela noite, não que ela precisasse do fogo para se aquecer, mas as labaredas causavam em si um conforto.Ela sentia o enorme portal enfraquecido, cada vez mais perto de se dissipar, permitindo assim que invasores tenham acesso ao local e todo o poder que o ambiente dispunha. Ela sabia de tudo isso, sabia que era seu dever como herdeira daquelas terras tomar conta do que um dia foi o seu lar. Mas ela não conseguia, não ainda.Ela só queria fugir para longe, correr daquele mundo e das responsabilidades que ele traria.Entretanto ela não poderia adiar o seu retorno nem mais um dia, e ela sabia disso. Por isso estava ali, em meio a neve bran
25 anos depois.Alcatéia dos Savages.O ataque aconteceu por todos os lados, indefensável. O odor da putrefação, da carne queimada, do sangue, das vísceras. Não devia ter sido um massacre, mas elas vinheram na calada da noite, queimando e destruindo tudo que encontravam no caminho, espalhando o caos, semeando o medo. Nem mesmo o olfato de Fenris e seus sentidos sensoriais, conseguiram impedir a invasão das bruxas em seu bando.Um feitiço muito forte fora usado para confundir os sentidos do poderoso alfa da alcatéia Savage, e todos os seus semelhantes agora lutavam para salvar o pequeno grupo que conseguiu escapar daquela chacina.
De maneira silenciosa e um tanto até graciosa ela rodeava o campo de força que separava suas terras daquele grupo, ali ela tudo via, tudo sabia, nada escapava dos seus olhos astutos e ameaçadores. Em suas quatro patas ela observava o grupo de pessoas que se aproximavam de maneira cabisbaixa, uma comitiva de lobos, humanos, ao qual ela se viu surpresa por ainda estarem vivos naquele mundo, havia também crianças, uma em particular era mestiça, ela podia dizer apenas por sentir o poder que crescia e circulava de maneira feroz em seu sangue, peculiarmente havia uma bruxa entre eles ,supôs então que aquela seria a mãe da criança híbrida que era carregada por uma mulher de longos cabelos vermelhos.A barreira era invisível, ela analisava a situação daquelas pessoas perguntando-se quem eram, de onde vinham, para onde iriam, e principalment
Depois que a transfusão feita por Carmenta em Cassian fora concluída todos seguiram viagem, só que por mais que procurassem, nenhum lugar parecia seguro o suficiente para se estabelecer.Já se aproximavam do meio dia quando encontraram uma cachoeira rodeada por árvores altas em um campo de grama verde e espaçosa; o lugar era surreal, as pétalas das árvores cobriam o chão como um manto de cor, deixando o lugar ainda mais belo.Carmenta, deslumbrada com tudo ao seu redor, não se deu conta do enorme portal ao qual tinham atravessado, ela não havia notado ainda a magia que cercava todo o lugar, ficando tensa logo em seguida pela descoberta, apertando seu pequeno lobo em seu colo.
Já ao cair da noite, Moirai havia terminado de remover toda magia negra do corpo do Wild, Carmenta a observava surpresa, horas em pé usando magia e a mulher nem havia suado. "O quão poderosa essa mulher é?", pensou Carmenta.─ Levem ele para um dos quartos do Castelo, quando ele acordar, aí sim vai precisar tomar uma infusão de ervas. ─ Moirai mandou e prontamente fora atendida, Adriel e Noam que já se encontravam ali ajudaram a levar Cassian até um corredor estreito onde os quartos que sobraram estavam localizados.Ettore observava Moirai dar ordens, sua postura era firme, assim como sua voz toda vez que
— Eles estão aqui em algum lugar, sinto o cheiro e a presença deles mais fortes entre duas direções — dizia o Alfa enquanto se concentrava em falar com seu irmão ou seu pai através da ligação, mas...nada. — Não estamos perto o suficiente para que eu consiga nos comunicar, vamos ter que nos separar.— Sim, mas temos que tomar cuidado, sinto dominância em cada poro ou folha de árvore deste lugar — Deimos falou, seus pelos estavam arrepiados desde o momento em que botou suas patas em tal território.— Sim, eu notei. Nunca ouvi falar de alcateias vizinhas, mas sinto a presença de um Alfa pelas redondezas, e se for realmente aqui, já deve ter nos sentido. Precisamos encontrá-los, eles podem estar em perigo, eu vou em direção a que parece ser uma cachoeira, o ch