Capítulo

A estrela transportava no seu rastro a cúpula dos sábios da eternidade. Reunidos no convés como em assembléia, sob a batuta do Arcanjo Daniel, mentalizavam aquela silhueta meiga e adormecida. A ela transmitiam as ordens divinas. A pupila, tão meigamente preparada pelo Arcanjo ao longo de três séculos estava prestes a por em continuidade os ensinamentos do mestre. Sua mão a afagava contornando-lhe a face enquanto os outros sábios a circundavam. Mão direita erguida aos céus e a esquerda em direção a Imaculada, transmitiam-lhe as benesses do Todo Poderoso Senhor do Universo. Os primeiros raios de sol a despertaram. Imediatamente lembrou-se do sonho e do meigo companheiro da véspera, passando a procurá-lo  por todo o navio. Ela sentia-se leve, muito bem disposta. Parecia até que poderia levitar. Tinha finalmente a oportunidade de agradecer a um irmão e queria fazê-lo. Ela, que tão agradecida era por inúmeras pessoas que ajudava, podia agora agradecer,

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