— Eu acho que a Lia vai matar você. – Mencionou Nathan enquanto observava minha rua procurando um local no qual pudesse estacionar o carro. – Não tem nenhum lugar vago por aqui? Quanta gente mora nesse lugar? — Não faço ideia. Deve ter mais para lá. – Apontei para o final da rua enquanto também procurava. – Acho que por aqui não vamos encontrar mesmo. — Tudo bem. Vai indo na frente que eu vou procurar. Meu celular não para de vibrar, eles podem estar preocupados. — A gente devia ter avisado, não é? – Falei descendo do carro. — Nossos dedos estavam ocupados. – Sorriu ladino. Ri com o comentário. — Eu odeio ficar sem meu celular, estou me sentindo pelado e não de um jeito bom. — Segunda você acha, relaxa, vai dar certo. — Quais são as Chances de isso acontecer? – Disse manhoso. – Aquele lugar tem pessoas e pessoas são moralmente corretas apenas se alguém estiver observando. Espere. Você não tinha um carro branco? – Perguntei ao notar a picape preta na qual estávamos, antes despe
O silêncio incomodo se prolongou até Nathan se levantar e atender o entregador. - Oi, é aqui sim. Obrigado. – Disse ao pegar a pizza, tirar algumas cédulas de sua carteira e entregá-las ao homem. – Pode ficar com o troco. Boa noite, senhora! – Direcionou-se educadamente a mulher antes de voltar ao centro da sala e colocar a pizza na pequena mesa. - Boa noite, Nathan. – Respondeu Lee. Pisquei algumas vezes atônita tentando retomar os sentidos e levantei-me no intuito de receber a senhora, notando que não a convidara para se juntar a nós. - Oi, sra. Lee. Como está? Que bom que chegou. Pizza quentinha. Sente-se conosco. Ela apenas assentiu e se aproximou de nós sentando-se ao lado de Nathan que agia normalmente sem ter noção de nada do que estava acontecendo. Espere. Boa noite, Nathan? Como ela sabia que... - Então Nathan... essa é nossa vizinha. Senhora Lee esse é Nathan primo da minha namorada que a senhora já conheceu. - Sim, eu me lembr
- Belle? Abri meus olhos lentamente piscando algumas vezes tentando entender o que estava acontecendo. - Acho que ela está acordando. – Ouvi Lia dizer. - Você consegue me ouvir? – A voz preocupada de Nathan assumiu. Minha visão foi ficando mais clara enquanto os segundos passavam e o contorno do lindo rosto de Nathan assumia. Cada detalhe de sua pele era perfeita e estava tão próximo a mim que a consciência voltava a se dissipar lentamente. Ele era tão lindo! Seu cabelo caindo por seu rosto, seus dentinhos de coelho, sua expressão de que estava preocupado porque realmente se importava comigo me provoca uma paz interior que me fazia questionar se eu havia acordado ou simplesmente estava sonhando. - Nathan. – Pronunciei. - Vemos que alguém finalmente aprendeu. – Sorriu o homem após suspirar aliviado. - Você está bem? – Quis saber Lia ainda apreensiva. - Estou bem. – Sentei-me. – Minha pressão deve ter abaixado. Só isso. Não se preocupem. Assim que eu dei indício de que iria lev
Nathan: | Bom dia. | Como você tá? Belle: Bom dia.| Eu costumava achar essa frase bem idiota, porém o "bem melhor agora" está começando a fazer sentido. | E aí, como tá sendo viajar a trabalho com os pais? | Jugkook: | Eu consigo imaginar milhares de coisas melhores para estar fazendo no momento. | Eu não consigo pensar em nada pior, na verdade. Belle: Haha não deve ser tão ruim. | Pelo menos você saiu da cidade. É bom respirar novos ares. | Nathan: |Não é como se eu pudesse aproveitar. Nós só ficamos no hotel e por enquanto saímos apenas para encontrar com algum sócio careca de meia idade sem senso de humor. Belle: Imagino... | Deve ser realmente bem difícil ficar em um hotel de luxo. | Nathan: | Haha sabia. | Não seria tão ruim se você estivesse nele comigo. Belle: Nathan você está tentando me seduzir, huh? | Nathan: | Ah, mas isso eu já fiz cof cof | Belle: Mas que metido! | Nathan: | Só às vezes. Belle: E quando você volta? | Nathan: | Só um
Nathan: | Desculpe a demora. Já estou chegando. Belle: Relaxa, eu estou acostumada com atrasos. | Geralmente causados por mim. | Mas me esquece por uns minutos, por favor, e preste atenção no caminho. | Se você se matar por causa desse celular, eu te mato! | Nathan: | Você fica linda com esse rostinho de preocupação. Nem consegui absorver direito suas palavras quando Nathan surgiu ao meu lado segurando minha cintura e beijando minhas bochechas agora em chamas. - Receio que fui um garoto muito imprudente que precisa ser castigado. Estar ali em seus braços novamente, sentindo o calor que eu tanto ansiava e ouvindo cada palavra emitida por sua boca, fazia meu coração acelerar cada vez mais. Era uma sensação engraçada porque era como se o meu corpo não ouvisse mais a mim e seguisse as ações de Nathan. Era ele e somente ele o responsável por fazer meu sangue circular tão freneticamente apenas c
Eu devo ser a pessoa mais azarada desse mundo! Mas o que diabos Pedro estava fazendo aqui, ainda mais com o Nathan? Situações como esta me faz questionar o porquê eu ainda insisto em levantar da cama quando o mundo está claramente gritando para eu ficar lá. - Vocês já se conhecem? – Questionou Nathan confuso ao observar a tensão que emanou entre nós. Vai lá mundo, tudo o que você precisa fazer agora é explodir! - Nós... – cocei a nuca tentando encontrar uma frase melhor do que "nos pegamos alguns anos atrás". – Estudamos na mesma universidade. – Disse por fim. - Sério? Nossa, que mundo pequeno! – Nathan riu achando graça. Que engraçado! Odeio minha vida. – Senta aí, JP. Estou morrendo de fome! - Claro. Sorri para Nathan que ingenuamente olhava o cardápio enquanto JP ainda sem jeito se sentava ao seu lado. Aquela era sem dúvida uma das cenas mais estranhas que eu já tinha vivenciado. De todas os únicos três homens que eu gostei na vida, dois eram amigos e um deles eu tinha s
Olhei para Pedro que pela terceira vez naquele dia pareceu notar que eu não era invisível. Eu não sabia o que dizer. Ele, por sua vez, suspirou antes de comentar rapidamente: - Nós dois saímos alguma vezes. Desculpe-me, eu não tinha ideia. - Quê?! – Exclamou o homem surpreso. - Mas foi há muito tempo. – Tentei. - Ai meu Deus, quê?... Quando?... Espere. Isabelle. – Ele não estava me chamando, parecia que estava refletindo sobre algum nome que já tinha escutado anteriormente. - Eu realmente sinto muito, Nathan. Acho melhor eu ir embora. Obrigado pelo jantar. – Disse Pedro ao se levantar. - Nos vemos amanhã. E assim ele saiu sem nem me dizer tchau. Suspirei fechando meus olhos por um segundo enquanto tentava absorver o que tinha acabado de acontecer. Quando abri meus olhos vi Nathan piscando atônito tentando encaixar todas as peças no lugar. - Nathan eu... - Eu te levo para casa. – Ele não demonstrou nenhuma reação. Assim que Nathan pagou, seguimos até seu carro em silêncio. Er
Três dias haviam se passado desde que eu falara com Nathan pela última vez. Nenhuma ligação, nem mesmo uma mensagem. Um total de zero contato. Isso me deixava inquieta. Eu não sabia o que fazer, nunca tinha passado por isso antes. Quando algo dava errado eu geralmente ignorava porque não me importava o suficiente. Ok, agora eu estou começando a achar justo estar numa situação assim. Será que eu devo fazer uma lista de possíveis pessoas que eu magoei? Será que teve mais de uma? Que droga! Exceto sexta, que minha rotina me obrigou a sair de casa, o resto do tempo inteiro eu permaneci no quarto deitada com o celular ao lado na esperança de que ele tocasse, mas ele nunca tocou e isso me deixava frustrada. Eu não queria ultrapassar o espaço que Nathan precisava para pensar sobre o assunto, e também ficava com medo de interferir de algum modo em seu relacionamento com JP, por isso, não fiz nada a não ser desejar que tudo aquilo se resolvesse logo. Eu me recordo da primeira vez que Lia