Mandei o endereço para Nathan e saí do escritório com Thiago, assim como tinham nos ordenado. Tirei algumas fotos enquanto ele adquiria ferramentas para escrever sua matéria. Embora eu não gostasse do tipo de foto que eu tinha que tirar, eu achava incrível trabalhar com Thiago, pois nós dois nos dávamos bem e, juntos, conseguíamos produzir coisas boas sem nos intrometermos no trabalho um do outro. - Você tem certeza de que não quer fazer nada? Acho estranho você estar tão desanimada. Aconteceu alguma coisa? - Não, só estou cansada mesmo. E, além disso, marquei de encontrar Nathan hoje. - Ah entendi. - Deixou escapar Thiago. - O que? - Já vai largar os amigos por causa de homem. - Não é isso não, garoto. - Expliquei rindo. - Ele nem sabia que é meu aniversário. Não vamos comemorar, nem nada. Vai ser só uma pizza em casa. - Nossa, que sem graça. - Cala a boca. - Dei um tapa de leve em seu braço. - Você quer ir com o Rafael? A Lia e a Isa também estarão lá. Quer dizer, caso você
Nunca pensei que seria capaz de gritar tanto quanto gritava naquele momento. Sentia meu pulmão arder e parecia que farpas tinham se deslizado por minha boca e descia cortando cada centímetro da minha garganta. Meus braços estavam doloridos conforme eu me debatia, mas dessa vez eu não ficaria calada. Mesmo que em cada parte de mim houvesse a sensação de que eu mesma me castigava e me levava a exaustão, eu lutaria até o final. — Acalme-se. Sou eu. Depois de alguns segundos minha mente se clareou e sua voz foi assumindo um tom familiar. Abri meus olhos cautelosa com o cenário que me esperava e me deparei com um Nathan relutante ao se aproximar mais de mim ao lado de um dos seguranças do local. Suas mãos estavam em volta dos meus braços me protegendo de forma que eu não machucasse a mim mesma e seus olhos demonstravam um vislumbre de preocupação com minha reação excessiva. — Sou eu. Está tudo bem. – Acalmou-me Nathan. Olhei novamente ao redor alarmada, procurando por algo suspeito. Co
Seus fios pretos caiam teimosamente por sua testa enquanto ele estendia a pequena caixa em minha mão tocando suavemente meus dedos trêmulos. Nossa pele estava a poucos centímetros uma da outra. No entanto, eu podia sentir uma energia emanando de ambos os lados ansiando para permanecerem juntas da mesma forma que um imã. — O que é isso? – Sorri insegura e curiosa. Abri a caixa depressa. Dentro havia um chaveiro com um pequeno cavalo dourado pendurado. — Para você não se esquecer mais das coisas que acredita que são importantes. Olhei-o novamente por breves segundos antes de cair no riso. Ele continuou me analisando inseguro com minha reação. — Eu não acredito! – Disse ainda rindo. — Eu realmente espero não esquecer, obrigada. Eu amei! — É um pouco simples, mas... — As coisas simples são minhas favoritas. – Repeti. – Espero que você não se esqueça do que é relevante para você também, huh. — Eu meio que estou trabalhando nisso agora, na verdade. Os indivíduos dos carros que pass
— Eu acho que a Lia vai matar você. – Mencionou Nathan enquanto observava minha rua procurando um local no qual pudesse estacionar o carro. – Não tem nenhum lugar vago por aqui? Quanta gente mora nesse lugar? — Não faço ideia. Deve ter mais para lá. – Apontei para o final da rua enquanto também procurava. – Acho que por aqui não vamos encontrar mesmo. — Tudo bem. Vai indo na frente que eu vou procurar. Meu celular não para de vibrar, eles podem estar preocupados. — A gente devia ter avisado, não é? – Falei descendo do carro. — Nossos dedos estavam ocupados. – Sorriu ladino. Ri com o comentário. — Eu odeio ficar sem meu celular, estou me sentindo pelado e não de um jeito bom. — Segunda você acha, relaxa, vai dar certo. — Quais são as Chances de isso acontecer? – Disse manhoso. – Aquele lugar tem pessoas e pessoas são moralmente corretas apenas se alguém estiver observando. Espere. Você não tinha um carro branco? – Perguntei ao notar a picape preta na qual estávamos, antes despe
O silêncio incomodo se prolongou até Nathan se levantar e atender o entregador. - Oi, é aqui sim. Obrigado. – Disse ao pegar a pizza, tirar algumas cédulas de sua carteira e entregá-las ao homem. – Pode ficar com o troco. Boa noite, senhora! – Direcionou-se educadamente a mulher antes de voltar ao centro da sala e colocar a pizza na pequena mesa. - Boa noite, Nathan. – Respondeu Lee. Pisquei algumas vezes atônita tentando retomar os sentidos e levantei-me no intuito de receber a senhora, notando que não a convidara para se juntar a nós. - Oi, sra. Lee. Como está? Que bom que chegou. Pizza quentinha. Sente-se conosco. Ela apenas assentiu e se aproximou de nós sentando-se ao lado de Nathan que agia normalmente sem ter noção de nada do que estava acontecendo. Espere. Boa noite, Nathan? Como ela sabia que... - Então Nathan... essa é nossa vizinha. Senhora Lee esse é Nathan primo da minha namorada que a senhora já conheceu. - Sim, eu me lembr
- Belle? Abri meus olhos lentamente piscando algumas vezes tentando entender o que estava acontecendo. - Acho que ela está acordando. – Ouvi Lia dizer. - Você consegue me ouvir? – A voz preocupada de Nathan assumiu. Minha visão foi ficando mais clara enquanto os segundos passavam e o contorno do lindo rosto de Nathan assumia. Cada detalhe de sua pele era perfeita e estava tão próximo a mim que a consciência voltava a se dissipar lentamente. Ele era tão lindo! Seu cabelo caindo por seu rosto, seus dentinhos de coelho, sua expressão de que estava preocupado porque realmente se importava comigo me provoca uma paz interior que me fazia questionar se eu havia acordado ou simplesmente estava sonhando. - Nathan. – Pronunciei. - Vemos que alguém finalmente aprendeu. – Sorriu o homem após suspirar aliviado. - Você está bem? – Quis saber Lia ainda apreensiva. - Estou bem. – Sentei-me. – Minha pressão deve ter abaixado. Só isso. Não se preocupem. Assim que eu dei indício de que iria lev
Nathan: | Bom dia. | Como você tá? Belle: Bom dia.| Eu costumava achar essa frase bem idiota, porém o "bem melhor agora" está começando a fazer sentido. | E aí, como tá sendo viajar a trabalho com os pais? | Jugkook: | Eu consigo imaginar milhares de coisas melhores para estar fazendo no momento. | Eu não consigo pensar em nada pior, na verdade. Belle: Haha não deve ser tão ruim. | Pelo menos você saiu da cidade. É bom respirar novos ares. | Nathan: |Não é como se eu pudesse aproveitar. Nós só ficamos no hotel e por enquanto saímos apenas para encontrar com algum sócio careca de meia idade sem senso de humor. Belle: Imagino... | Deve ser realmente bem difícil ficar em um hotel de luxo. | Nathan: | Haha sabia. | Não seria tão ruim se você estivesse nele comigo. Belle: Nathan você está tentando me seduzir, huh? | Nathan: | Ah, mas isso eu já fiz cof cof | Belle: Mas que metido! | Nathan: | Só às vezes. Belle: E quando você volta? | Nathan: | Só um
Nathan: | Desculpe a demora. Já estou chegando. Belle: Relaxa, eu estou acostumada com atrasos. | Geralmente causados por mim. | Mas me esquece por uns minutos, por favor, e preste atenção no caminho. | Se você se matar por causa desse celular, eu te mato! | Nathan: | Você fica linda com esse rostinho de preocupação. Nem consegui absorver direito suas palavras quando Nathan surgiu ao meu lado segurando minha cintura e beijando minhas bochechas agora em chamas. - Receio que fui um garoto muito imprudente que precisa ser castigado. Estar ali em seus braços novamente, sentindo o calor que eu tanto ansiava e ouvindo cada palavra emitida por sua boca, fazia meu coração acelerar cada vez mais. Era uma sensação engraçada porque era como se o meu corpo não ouvisse mais a mim e seguisse as ações de Nathan. Era ele e somente ele o responsável por fazer meu sangue circular tão freneticamente apenas c