7 anos atrás. — Lia, sabe o garoto bonito da rua ao lado? — Uhum, o que tem? — Descobri o nome dele. Alex. Até o nome é bonito, não é? — Acho que sim. — Respondeu Lia sorrindo. — Como você descobriu? — Eu cheguei nele e perguntei ué. Ele estava com um grupo e aquela amiga da Alana, Clara, estava lá. Aí fui falar com ela e conheci o grupo. — Que interesseira! — Comentou Lia incrédulo. — Eu sempre fui legal com ela, ok? Mas você está se desviando do assunto principal, Alex. Então... eles gostaram de mim e me convidaram para sair com eles, eu fiz a sonsa no início, obviamente, dizendo que não sabia se dava, mas no fim, fui com eles. O Alex é a pessoa mais legal que eu conheci na minha vida. — Espera, essa não era eu? — Depois de vocês, Lilia. É claro. Lia sorriu satisfeita. (...) — Belle, você vem? — Perguntou Alex. — Sim, sim. Estou indo. Hoje eu confesso que gosto dele. — Afirmei baixo para que apenas Lia escutasse. — Boa sorte! Nos últimos 7 meses eu havia adiado esse
Eu havia passado no apartamento da senhora Lee algumas vezes desde domingo, mas ou ela não estava em casa ou eu fui ignorada, e isso estava dificultado meu plano. Eu esperava muito que o universo me ajudasse e ela estivesse em casa amanhã quando Nathan chegasse. Lia estava ao meu lado no sofá atenta a um dorama. Será que ela tinha planejado algo para amanhã à noite? Eu havia pedido para que ela tentasse agir normalmente e que não me tratasse como se fosse algo especial. Entretanto, eu não sabia se de fato ela iria fazer o que eu pedi porque Lia é a fada dos aniversários, e não importa o que aconteça, enquanto alguém for aniversariante, lá estará ela com um lindo bolo na mão e um sorriso enorme estampado no rosto. Por esse motivo eu não sabia se minha amiga estaria em casa. Mas de todo modo, eu esperava que ela decidisse passar o dia conosco como desculpa para que Nathan e eu ficássemos em casa em um horário razoável o bastante para que eu pudesse convidar a senhora Lee. Peguei meu
- Parabéns para você... Ah não! Ouvi um coro atrás de mim. Virei-me rapidamente e me deparei com Thiago ao lado de algumas pessoas segurando um simples bolo com muito Chantilly e pedacinhos de morangos. Parecia delicioso. - Feliz aniversário! - Obrigada, cara! - Me forcei a sorrir. Abracei todos que vieram me desejar um feliz aniversário à medida que ia partindo meu bolo dividindo com eles. Conquanto sua aparência me deixasse com água na boca, só o pensamento de o comer fazia meu estômago revirar novamente. Inventei a desculpa de que tinha comido muito no café da manhã e deixaria para mais tarde. Eu esperava de fato conseguir comê-lo mais tarde. Thiago se aproximou de mim me entregando uma sacola sem olhar diretamente para mim como se aquilo fosse uma coisa sem importância. - O que é isso? - Perguntei sorrindo ao pegá-la de sua mão. Abri rapidamente, era uma bolsa para minha câmera. - Estava me dando nervoso ver você andando com essa coisa velha para todo canto. O que na ver
Mandei o endereço para Nathan e saí do escritório com Thiago, assim como tinham nos ordenado. Tirei algumas fotos enquanto ele adquiria ferramentas para escrever sua matéria. Embora eu não gostasse do tipo de foto que eu tinha que tirar, eu achava incrível trabalhar com Thiago, pois nós dois nos dávamos bem e, juntos, conseguíamos produzir coisas boas sem nos intrometermos no trabalho um do outro. - Você tem certeza de que não quer fazer nada? Acho estranho você estar tão desanimada. Aconteceu alguma coisa? - Não, só estou cansada mesmo. E, além disso, marquei de encontrar Nathan hoje. - Ah entendi. - Deixou escapar Thiago. - O que? - Já vai largar os amigos por causa de homem. - Não é isso não, garoto. - Expliquei rindo. - Ele nem sabia que é meu aniversário. Não vamos comemorar, nem nada. Vai ser só uma pizza em casa. - Nossa, que sem graça. - Cala a boca. - Dei um tapa de leve em seu braço. - Você quer ir com o Rafael? A Lia e a Isa também estarão lá. Quer dizer, caso você
Nunca pensei que seria capaz de gritar tanto quanto gritava naquele momento. Sentia meu pulmão arder e parecia que farpas tinham se deslizado por minha boca e descia cortando cada centímetro da minha garganta. Meus braços estavam doloridos conforme eu me debatia, mas dessa vez eu não ficaria calada. Mesmo que em cada parte de mim houvesse a sensação de que eu mesma me castigava e me levava a exaustão, eu lutaria até o final. — Acalme-se. Sou eu. Depois de alguns segundos minha mente se clareou e sua voz foi assumindo um tom familiar. Abri meus olhos cautelosa com o cenário que me esperava e me deparei com um Nathan relutante ao se aproximar mais de mim ao lado de um dos seguranças do local. Suas mãos estavam em volta dos meus braços me protegendo de forma que eu não machucasse a mim mesma e seus olhos demonstravam um vislumbre de preocupação com minha reação excessiva. — Sou eu. Está tudo bem. – Acalmou-me Nathan. Olhei novamente ao redor alarmada, procurando por algo suspeito. Co
Seus fios pretos caiam teimosamente por sua testa enquanto ele estendia a pequena caixa em minha mão tocando suavemente meus dedos trêmulos. Nossa pele estava a poucos centímetros uma da outra. No entanto, eu podia sentir uma energia emanando de ambos os lados ansiando para permanecerem juntas da mesma forma que um imã. — O que é isso? – Sorri insegura e curiosa. Abri a caixa depressa. Dentro havia um chaveiro com um pequeno cavalo dourado pendurado. — Para você não se esquecer mais das coisas que acredita que são importantes. Olhei-o novamente por breves segundos antes de cair no riso. Ele continuou me analisando inseguro com minha reação. — Eu não acredito! – Disse ainda rindo. — Eu realmente espero não esquecer, obrigada. Eu amei! — É um pouco simples, mas... — As coisas simples são minhas favoritas. – Repeti. – Espero que você não se esqueça do que é relevante para você também, huh. — Eu meio que estou trabalhando nisso agora, na verdade. Os indivíduos dos carros que pass
— Eu acho que a Lia vai matar você. – Mencionou Nathan enquanto observava minha rua procurando um local no qual pudesse estacionar o carro. – Não tem nenhum lugar vago por aqui? Quanta gente mora nesse lugar? — Não faço ideia. Deve ter mais para lá. – Apontei para o final da rua enquanto também procurava. – Acho que por aqui não vamos encontrar mesmo. — Tudo bem. Vai indo na frente que eu vou procurar. Meu celular não para de vibrar, eles podem estar preocupados. — A gente devia ter avisado, não é? – Falei descendo do carro. — Nossos dedos estavam ocupados. – Sorriu ladino. Ri com o comentário. — Eu odeio ficar sem meu celular, estou me sentindo pelado e não de um jeito bom. — Segunda você acha, relaxa, vai dar certo. — Quais são as Chances de isso acontecer? – Disse manhoso. – Aquele lugar tem pessoas e pessoas são moralmente corretas apenas se alguém estiver observando. Espere. Você não tinha um carro branco? – Perguntei ao notar a picape preta na qual estávamos, antes despe
O silêncio incomodo se prolongou até Nathan se levantar e atender o entregador. - Oi, é aqui sim. Obrigado. – Disse ao pegar a pizza, tirar algumas cédulas de sua carteira e entregá-las ao homem. – Pode ficar com o troco. Boa noite, senhora! – Direcionou-se educadamente a mulher antes de voltar ao centro da sala e colocar a pizza na pequena mesa. - Boa noite, Nathan. – Respondeu Lee. Pisquei algumas vezes atônita tentando retomar os sentidos e levantei-me no intuito de receber a senhora, notando que não a convidara para se juntar a nós. - Oi, sra. Lee. Como está? Que bom que chegou. Pizza quentinha. Sente-se conosco. Ela apenas assentiu e se aproximou de nós sentando-se ao lado de Nathan que agia normalmente sem ter noção de nada do que estava acontecendo. Espere. Boa noite, Nathan? Como ela sabia que... - Então Nathan... essa é nossa vizinha. Senhora Lee esse é Nathan primo da minha namorada que a senhora já conheceu. - Sim, eu me lembr