Século XIXNa Catedral-Giocondo, por que o padre nos chamou aqui, não vamos nos casar tão cedo?! - Pergunta Isabelle.-Não faço ideia meu amor, talvez ele queira que antecipemos a data.-Pode ser, -ela dá de ombros. —Sabe, sempre fico muito impressionada com esta arquitetura; veja, tudo aqui faz referência ao número 11. Muito interessante!-Sim, a beleza desta catedral é de tirar o fôlego. Vamos nos casar aqui, será um grande evento!O padre limpa a garganta para indicar que está se aproximando.Desculpe-me, padre, estávamos tão encantados com o nave da Catedral que não notamos sua presença. -Isabelle fala.-Por favor, venha comigo até o salão principal. Não quero que nos ouça.- após se acomodarem num banco, o padre começa:—Vou direto ao ponto. Por que vocês não se casam logo? Eu não tenho boas notícias!-Mas o que aconteceu?- Isabelle se espanta.-Meus queridos. Não sei o que aconteceu com vocês. Mas recebi um confessionário, dizendo que os viu sozinhos em algumas ocasiões. Incluin
Soluthur, ano 1990Na Mansão Chloé estava determinada encontrar a tão misteriosa chave que abriria a caixa; lá, poderia conter informações sobre os Ruschels.Chloé começava acreditar que a voz que ouvia claramente não era fruto de sua imaginação, havia pistas reais. Ela descobriu que o nome Isabellle realmente existiu; que ela havia escutado antes mesmo de chegar a Soluthur através da voz do Giocondo. Chegara imaginar que pudera ter sido uma espécie de biografia psicológica, na qual havia lido em alguma parte e guardado no subconsciente, era tudo pertubador. Não se lembrava de ter ouvido falar das histórias do Cantão de Soluthurn, mas tinha sonhos recorrentes com o número 11.O próximo passo seria perguntar aos Meyes sobre sua espiritualidade. Chloé passou a manhã sozinha, enquanto Amelie estava na cozinha com sua prima nas tarefas domésticas. Então, ela decidiu procurar a chave na biblioteca; havia estado lá algumas vezes, mas não procurando por um objeto tão pequeno. Chloé subiu as
Após ter vivenciado emoções tão fortes ao ter visto as lembranças na caixa no dia anterior, Chloé desperta. Passava das 9:00h, havia dormido bastante, mas sentia seu corpo ainda pesado. Ela então decidi ir ao centro de pesquisa da mente, pedir orientação a Emma e Frederick, os diretores do centro. Duas horas depois... -Bem-vinda, Chloe! Você nos devia essa visita- disse Emma. -Sim. É verdade. Estou sempre dizendo que apareço e acabo desaparecendo- risos—mas finalmente aqui estou. - Então... O que você tem feito de bom?- Pergunta o Sr. Frederick. -Na verdade, tenho pesquisado os Ruschels e outros membros da sociedade daquela época. Ao menos, ouvi muitas histórias sobre eles de uma senhora de mais de noventa anos, chama-se Ezra, vive na zona montanhês. Por sinal, ela me deu o vestido usado no baile por Isabellle. -Maravilhoso, Chloé! Ele pertence a você agora, cuide bem dele. Gostaria muito de vê-lo quando puder. - disse Emma. -Claro! Você verá como é lindo em riqueza de detalhes
Século XX, 1990 Centro de pesquisa da menteEu estava ansiosa para chegar ao Centro de Pesquisa da Mente que os Meyer presidiam. Emma havia me instruído a não invocar o nome de Giocondo. Sem dúvida, ele me acompanharia aonde quer que eu fosse. Enquanto estivesse lá, seu espírito ouviria a palestra. Se assim fosse, eu começaria a entender que não poderia estar mais exercendo seu controle. Ele não estava mais nesse plano, precisava seguir seu caminho deixando esta mansão e minha vida. Por mais que fosse um bom fantasma, não podia continuar me vigiando;isso tinha que acabar! Se realmente fui sua Isabellle em outra época, não me sinto igual agora e tão pouco me recordo. Cheguei ao Centro na hora certa. Amelie estava me esperando na sala de passe, um lugar onde recebíamos uma espécie de vibração das mãos dos trabalhadores do Centro sob a tutela de algum guia protetor; não sabia explicar ainda se seria algum tipo de energia. Amelie estava ajudando a encher pequenos copos com água miner
Século XX, ano de 1990Chloé Era tarde quando cheguei à Mansão. Estava sozinha, mas tive uma estranha sensação de que Giocondo havia me acompanhando, mas por algum motivo, não queria mostrar sua presença como antes. Algo louco aconteceu comigo; senti um certo medo de que ele fosse embora e nunca mais quisesse estar comigo. Tipo: síndrome de Estocolmo do além. Eu não deveria estar pensando assim ao sair de uma palestra tão elucidativa. Portanto, quanto mais ele desaparecesse seria bom para mim. Mas por outro lado me sentia egoísta. Ele precisava de minha ajuda para descobrir quem o havia assassinado. Devia sentir-se preso nessa Mansão sem entender nada, e sem contar que por mais de 100 anos ficou vagando sozinho.Meu coração se enchia de piedade. Meus pensamentos começaram a culpar-me com indagações:Será que a palestra o tiraria daqui para sempre? Eu gostaria de ter a chance de expressar minha dúvida sobre tudo isso."Chloé estava visivelmente triste, Giocondo a observava. Então,subiu
Soluthur, ano de 1990Chloé realmente não sabia o que estava fazendo?! Giocondo não poderia ser instigado a estar ao seu lado dessa maneira. Ela estaria agindo totalmente contra os princípios de tudo o que havia escutado na palestra. Se continuasse assim, o espírito não a deixaria. Se o objetivo era fazer Giocondo encontrar a saída para sua inquietação, pondo o curso natural das coisas em ordem, o correto não seria incentivar a ficar. Seria perigoso. Tentar descobrir após um século quem o matou não o ajudaria muito, não desta maneira irresponsável. Mas Chloé, sentia pena dele; começara a gostar de sentir-se amada, cuidada e protegida; seria um tipo de situação em que ela achava ter sob controle, mas não tinha.Tudo leva a crer que essa situação se agravaria. Isso é o que veremos em breve!Chloé abre seu coração num diálogo solitário...-Ei, espero que ainda esteja por aqui. -Chloé fala em voz alta enquanto caminha pelos corredores da Mansão em direção a biblioteca.— Sabe, eu não sei s
Após o Richard sair da mansão apressado,Chloé encheu-se de dúvidas sobre a motivação daquela atitude no mínimo estranha. Eles pareciam tão entrosados que não dava pra entender. No mínimo exigiria uma explicação. Ela poderia jurar que ele havia sido surpreendido por uma visão tenebrosa. Uma coisa ela não podia negar, não importa o que ele tenha visto; e sim o que ela viu nele. O Richard soube mostrar como fazer uma mulher esquecer qualquer problema ao cair em seus braços. Além de atraente, inteligente e sedutor; passou no quesito "amante fatal", deixando-a com gostinho de quero mais. Mas Chloé não queria compromisso algum, somente uma boa companhia de vez em quando. Os tios do Richard eram muito prestimosos; ela não queria se indispor por causa dele. Melhor seria evitar comentários, isso poderia espalhar-se deixando-a envergonhada. Contar pra Amelie era algo a ser pensado, afinal das contas, ela o antipatizava. Infelizmente, Chloé ficou confusa: Será que o espírito do Giocondo prese
Século XIXUm mês havia-se passado desde que Isabelle partiu para a Itália. Giocondo continuava cuidando do seu pai desde o último episódio desastroso na fábrica. Seus funcionários ainda comentavam entre sí, sobre sua aparente embriaguez quando visitou as máquinas. Heringer havia combinado tudo com a ambiciosa secretária Abigail. Eles, haviam preparado uma situação para que Giocondo agisse de modo involuntário. Enquanto isso na Mansão, o Sr. Derek ficava mais triste a cada dia. Giocondo não queria tomar a decisão de ingressa-lo ao hospital para ser cuidado por pessoas especializadas. Ele já não se alimentava normalmente, sua condição era delicada. Enquanto Giocondo cuidava de seu pai, Heringer estava se ocupando em desviar dinheiro da fábrica falsificando os livros-caixa. Ele era um especialista em burlar regras. Logo acusaria o herdeiro por desvio de verba para seus próprios interesses, enquanto seu pai estava acamado. [...]Dias depois...Giocondo recebe a visita do médico que n