Século XX, ano de 1990Soluthur Amanheceu no sopé de Montana. Eu estava finalmente nos braços de meu amor. Não havia mais nada que pudesse nos deter. Desejei poder voltar à Mansão na próxima semana para outra sessão na biblioteca. Havia algumas coisas a serem esclarecidas. Giocondo agora tinha noção do motivo pelo qual, fora vítima do crime.Tudo estava quase esclarecido sobre sua vida anterior como juiz. Mas ele ainda precisava saber como e por quem foi morto nesta última encarnação. Isso saberíamos mais tarde. Amelie havia se declarado Ana, tia de Johann de Berna. Ela havia estado na Mansão como cozinheira para descobrir onde estava a carta escrita por sua irmã, antes de sua morte. Ela já conhecia parte da história, mas precisava dessa prova escrita.Só não sabia onde Berna havia escondido. Poderia estar dentro de um livro, ou em um canto daquela enorme casa. Sem a carta, dificilmente poderia teria a prova que tanto almejava. Giocondo só teria paz quando tudo estivesse em seu devid
Século XX, ano de 1990Soluthur Dois dias depois... Decidi que deveríamos voltar à mansão. O pessoal da regressão estava nos aguardando. Levei meu material para dar continuidade ao romance. Os gatos também retornaram felizes por está de volta a casa. Algo dentro de mim dizia que logo saberia toda a verdade. A biblioteca ficaria pronta em três dias. Em breve, teríamos outra reunião. Ao descermos a montanha, vi o local onde Richard havia sofrido o acidente. Fiquei assustada só de olhar para o despenhadeiro. Ele havia errado muito, mas sua morte fora dolorosa demais. Colocamos uma música alegre para não pensarmos em bobagens. A estrada era perigosa. A mãe de Lucciano chegaria em uma semana para visitar tudo. Seria uma honra conhecer outro descendente vivo do Johann de Berna. Eu gostaria de poder voltar no tempo, de verdade; saber como teria sido naquela época. Eu havia decidido fazer uma regressão com um dos especialistas. Se eu fosse Isabelle, logo saberíamos. Chegando à mansão! -
Século XX, ano de 1990À ansiedade tomava conta de todos na cozinha. A expectativa por descobrir uma revelação poderia dar um rumo nesta história. -Chloé, Lucciano; o engenheiro está pedindo para que subam.- Amelie também está aflita. “A empolgação tomou conta da sala. Mas Luciano queria fazer algo diferente, pediu para Amélie abrir a caixa. Pelo menos, seria isso que Anna estaria fazendo. Curiosa e amedrontada, ela respirou fundo. Abriu a pequena porta de bronze. Havia apenas um envelope, nada mais. O que poderia haver em seu interior? Se não fora importante certamente não estaria tão oculto. Amelie pegou o pedaço de papel frágil fechado com um selo familiar dos Ruchels. Ela se senta na poltrona, olha para todos os presentes e retira o selo. Havia uma carta, tirou-a de dentro e começou a ler. “Soluthur 1853,Não sei quem estará lendo esta carta; espero que seja a minha irmã Anna. Mas seja quem for que a tenha em mãos, saiba que seu conteúdo é a mais pura verdade. Jamais inventari
SoluthurSéculo XX, ano de 1990Na Mansão Chloé estava decidida a passar pela experiência de regressão. Diante das circunstâncias não seria difícil obter algum resultado. O responsável pela sessão seria Juan, um renomado terapeuta e sensitivo que atuava na área há décadas. O local escolhido não podia ser diferente, a Mansão. -Olá Emma, Frederick. Sei o quanto ainda estão abalados pelo Richard. Vocês estão sendo muito generosos em ajudar nessa empreitada.-Não se preocupe minha querida. Nós estivemos abalados no início, mas já estamos compreendendo os motivos desse desfecho trágico, porém, necessário para meu Richard voltar para a escola espiritual. Torcemos que através de sua regressão possamos descobrir algo que possa ajudar.-Eu também torço por isso Emma. Tenho muito a lhe agradecer por tudo que me ajudou até agora. Também estou ansiosa por essa regressão. Vamos para a biblioteca. Precisa ver como ficou após a reforma.“A regressão fazia parte do trabalho oferecido pelo centro de
Soluthur, ano de 1990Dois dias depois... Estavam presentes à biblioteca: Chloé, Lucciano Emma, Frederick, o casal de sensitivos, Amelie e alguns colaboradores do Centro que vieram amparar a mesa com vibrações.-Estamos prontos!- disseram os sensitivos responsáveis pelas comunicações psicofônicas e psicográficas. -Amelie, por favor apague as luzes, deixe apenas a luz verde. -orienta Frederick que logo dá início a prece. Depois de alguns minutos... ouve-se a presença de um ser espiritual em comportamento agitado querendo se comunicar. - Para onde me trouxeram? não vejo nada, acendam as luzes!!-Emma percebe que é seu sobrinho. Ele se agita na cadeira.- Quem está aí? Ouço vozes.- Calma, está amparado.- Emma fala em tom suave pedindo a todos que vibrem na misericórdia.-É você Richard?- Emma pede que o espírito se apresente.- Vó, e você? Não a vejo. - Estou com a visão turva.-Sim meu neto. Seu tio está aqui e alguns amigos.-Ele faz uma breve pausa para logo iniciar sua narração.-A C
Soluthur, Ano Novo 1991 -Chloé, a Mirian chegou! -Como estou? Espero agradar minha sogra. -Está muito bonita. -Vamos logo Amelie, não quero que tenha uma má impressão. Lucciano levava sua mãe pelo corredor onde estavam as fotos dos Ruschel na antiga fábrica. Seu bisavô Johann, estava em quase todas elas aos 16 anos. Mirian estava encantada com a mansão e emocionada com o extenso arcevo da família. Ficou inclinada aceitar o convite para vir morar com seu filho. Chloé se apresenta -Desculpe interromper; mas eu estava curiosa para conhecer minha sogra.-risos. -oi, sou a Chlóe. - Prazer em conhecê-la! Meu filho não exagerou em nada sobre sua beleza. -Senhora, assim vai me deixar sem graça. -Não é minha intenção. Mas acredito que você não é tímida como aparenta, ou não teria fisgado meu italiano -Ela ri. -Chloé, não se preocupe com a mamãe; ela vai pegá-la várias vezes. Mas ela não está errada em dizer que timidez não é seu forte. Você realmente é uma “Du Boise”. T
Ano 1990Eu me chamo Chloé Favre. Tenho trinta e cinco anos. Nasci em Lausanne- Suíça. Não tive irmãos, talvez por isso meus pais até hoje me tratam como sua, menininha. Meu temperamento é ácido. Sou uma mulher de atitude, sem meias palavras chego aonde preciso sem rodeios. Não estou envolvida emocionalmente com ninguém. Meu trabalho era minha paixão, até que me puxarem o tapete . Ainda não consegui compreender como uma pessoa que se dedicou tanto a uma profissão é demitida sem o mínimo de respeito. O fato é que, devido ao acúmulo de responsabilidades impostas por meu superior, sofri um desgaste emocional causando um stress, passando a ouvir uma voz persistente a sussurrar baixinho:“Chloé, você precisa sair daqui,e voltar para os 11.”Sei que pode parecer loucura, mas eu ouvia um sussurro insistentemente nos últimos dois meses. Anteriormente, havia sonhado com vários relógios, mas não conseguia ver seus números. Havia também Igrejas em série. O meu problema foi ter confiado à uma
Soluthurn 1990ChloéCheguei em casa me sentindo mais leve. Tomei um banho e fui preparar algo para comer. Tinha que contratar alguém urgente para cozinhar. Tive uma vontade louca de tomar um Gim com tônica, estava sozinha...animada, mas... lembrei-me que não tinha comprado, e não seria bom beber álcool no meu estado, ao menos por enquanto. Por mais que me esforçasse, ainda achava que eu estava mesmo era esgotada pelos anos de trabalho. Preparei um sanduíche, suco de morango. Fui para a sala de estar ver um filme no vídeo cassete. Sentei-me para ver a fita, mas o ambiente me reportava a uma sensação boa, indescritível ao notar a decoração:era bastante confortável, bem planejado com as paredes pintadas na cor grafite, contrastando com o tons mostarda de alguns objetos; o sofá em couro, super confortável. Um recamiê original dos anos 30. Uma grande tela de natureza morta na parede atrás do sofá e um coffe-bar, belíssimo. O chão tinha um bonito tapete persa bastante original dando a i