Aproveita que ele vai demorar um pouco para chegar e continuo revisando alguns contratos da empresa já que não posso trabalhar lá pelo menos sei que tem muito serviço aqui. — O meu trabalho nunca para e isso é o que mais me desgasta! — Término algumas papeladas reviso outras assinar alguns contratos e meu irmão chega. — Pode entrar. — Ele abre a porta logo que eu o autorizo. — Nossa, que cara azeda é essa? Parece até que comeram o seu pedaço de bolo favorito. — Paro de olhar para o meu computador e olho profundamente em seus olhos, temos esta ligação e não consigo disfarçar meu sentimento perto dele. — É mais ou menos por aí. — O respondo meio entre os dentes, não consigo parar de ficar com raiva daquele homem..., — Essa pessoa não fez uma coisa boa para você estar assim! O que aconteceu? Fala para mim! — Paro tudo que estou fazendo e conto tudo com detalhes do que aconteceu em meu dia para meu único confidente, só confio ele para agir como realmente sou sem medo de
— Que bom que chegou na hora. — Fala meio decepcionada ainda tinha esperanças de que ele desistisse de mim e isso tornaria as coisas mais fácil para nós dois. — Você está tão linda hoje que mal consigo falar. — Os seus elogios não ajudam em nada, mas fico feliz em saber que meus esforços acabaram dando certo! — Obrigada! Agora podemos ir? — É uma pena que no final da noite vou quebrar seu coração! Olho para meus pais e notou o olhar deles vislumbrados de felicidade achando que este primeiro encontro vai resultar em alguma coisa com ele, mas sinto muito em decepcioná- los, meu coração aperta por não fazer aquilo que eles esperem de mim, mas é a única coisa que não posso fazer. Despeço dos meus pais que por um breve momento ameaçam o Ângelo de se ele não cuidar da sua princesa as consequências serão terríveis para ele, mas sei que se ele tentar alguma coisa comigo não vou dar a chance de meus pais se vingarem. — Sei bem me defender sozinha! — Então saímos dali em seu carro d
Ângelo Hernandes… Pegamos o elevador e fomos direto para a garagem do prédio, todo momento que olho para meu primo noto que ele está com aquele olhar de reprovação, porém mais uma vez sei que ele está morrendo de raiva e ele se recusa a falar alguma coisa. — Não gosto de ver ele assim! Também sei que está preocupado com minha mais nova obsessão, e por isso sinto que devo tentar reconciliar com ele. Chegamos bem rápido em casa, foi o Emílio que dirigiu dessa vez, o caminho todo ele ficou calado e nem sequer olhava para em minha direção, acho melhor respeitar o momento de silêncio dela e esperar que chegamos em casa para falar sobre o assunto. Depois de termos chegado ele entra direto para seu quarto e eu vou trabalhar antes do meu jantar..., se passam duas horas e ele não veio ainda então decidi chamar para uma conversa. — Tá bom, agora pode falar o que você quer! — O encarou sério. — Cara eu não vou falar nada, só acho imprudente da sua parte querer ficar com um
— Você me conhece? — Não lembro dela, e fico frustrado por não me recordar de sua feição. — Claro que eu te conheço! Peguei você no colo, e sou sua madrinha como não saberia quem é você agora entre vamos conversar na sala! — Ela me puxa pelo braço me deixando um pouco desconfortável, e com uma pulga atrás da orelha. — Como seus pais podem ser tão animadores e educados sendo que a personalidade de sua filha é tão diferente? — — Ah tá então você deve ser a esposa do senhor Ricardo ou melhor meu padrinho. — Acabo falando o nome dele no automático e ver o sorriso de seu rosto se desmanchar me deixa triste então me corrijo rapidamente e assim que faço ela volta a sorrir. — Que bom que aprendi rápido, odiaria ver meu sobrinho nos chamando de senhor e senhora. A nossa princesa está se arrumando ainda, então vamos ficar à vontade e áspera por ela. — Já dentro da casa observo cada detalhe, achava que a casa que ganhei era enorme, mas vendo essa aqui realmente acho que não se
Lis La Blanc… Entramos no restaurante e a recepcionista logo me reconheceu, até porque venho com frequência neste restaurante. — Hoje quero o mesmo lugar de sempre, mas coloquei um lugar a mais estou acompanhada. — Como deseja senhora. — Com um olhar de espanto, ela sai dali, mas faz o que tinha pedido. Até entendo o espanto dela nunca trago ninguém aqui, este é o meu lugar solitário quando quero refletir algumas coisas. É uma sensação diferente, achei que estaria desconfortável trazer ele aqui e incrivelmente não estou, bom não sei se gosto disso ou não, quanto mais me aproximo dele mais sentimentos estranhos aparecem em mim. Minutos depois a funcionária volta… — O lugar da Sr. La Blanc já está pronto. — Ela nós a guia até o meu lugar favorito, sempre deixo reservado e ninguém pode se sentar nele, nunca sei quando vou querer vir aqui e seria um incomodando toda vez ter que esperar alguém sair do lugar ou ter que ir para outro. Então acabei comprando metade do restauran
— Legal! Achei que essa noite seria um tédio misturado com uma belíssima perda de tempo, mas você me proporcionou um desafio. Essa rixa com minha família não tem nada a ver com dinheiro e sim com amor e vingança, os sentimentos mais fortes que a humanidade pode sentir, com eles somos capazes de ultrapassar vários princípios, ou até mesmo virarmos monstros. Se fosse só pelo dinheiro já teríamos resolvido isso não acha? — Na minha opinião, se não conseguir resolver com dinheiro é porque não tem o suficiente. Mas me conta quem sabe não mudo de ideia. — Fico rindo da cara dele, ele não tem noção de quanto dinheiro temos, então começo a explicar por que nem com todo nosso dinheiro resolveremos esta rixa... “Quando Riccardo tinha 15 anos era muito amigo de Sandro Baker e essa amizade linda durou somente até a faculdade, como herdeiros da máfia tinham que fazer a mesma faculdade de administração de empresas. Este não era o problema já que eram muito amigos, só que o Sandro acaba se apa
Ângelo Hernandes… Escuto a história dos pais dela com atenção e acabo sendo invadido por uma tristeza profunda, agora entendo o motivo deles terem cortado os laços com minha família! — E para ser bem sincero não seria tão bonzinho como meu padrinho foi. — Não quero nem pensar se isso acontece com a mulher que eu amo, seria capaz de atear fogo no mundo todo para aplacar a minha sede por vingança..., e o que me deixa mais revoltado é saber que meu pai não ajudou em nada, fico me perguntando. — Se a minha família fosse ajudar, será que essa história teria um outro final? Agora sei o que eles tiveram que passar, isso me dói tanto que acho que não teria estrutura para enfrentar isso. Ouvir todo o relato me faz admirar mais ainda meus padrinhos. Depois de me contar tudo isso vejo que a Lis fica em silêncio novamente então acho que tenho que quebrar o gelo. — Agora sabendo de tudo isso deu para entender seu ponto de vista, e sendo bem sincero concordo com ele, mas vejo que você tem
— Não quero te deixar ofendida, mas se não perguntar vou ficar louco. — Ela me olha e coloca as mãos apoiado no seu queixo só o jeito que ela está me mostra que posso ficar à vontade para fazer a pergunta. — O que te move é o amor ou a vingança? — Ela se levanta e vem em minha direção chegou bem perto do meu ouvido e acabo sentindo o cheiro de seu perfume inebriante que invade meu ser e me deixa atiçado então ela fala. — O que o senhor acha? — Ela começa a andar em direção a saída depois que terminar de falar em meu ouvido. Vendo que eu não me levanto ela acaba falando — Você não vem? Já quero ir para casa! — Mas não comemos a sobremesa ainda. — Nunca tive um jantar como este, ela se levanta antes da sobremesa, mas também não conheci uma mulher que não come doces… — Não como açúcar depois das nove. Você me leva, mas também posso chamar alguém para me levar de volta e pode ficar e experimentar a sobremesa. O que acha? — Acabo me irritando um pouco quando ouço