Ângelo Hernandes… Pegamos o elevador e fomos direto para a garagem do prédio, todo momento que olho para meu primo noto que ele está com aquele olhar de reprovação, porém mais uma vez sei que ele está morrendo de raiva e ele se recusa a falar alguma coisa. — Não gosto de ver ele assim! Também sei que está preocupado com minha mais nova obsessão, e por isso sinto que devo tentar reconciliar com ele. Chegamos bem rápido em casa, foi o Emílio que dirigiu dessa vez, o caminho todo ele ficou calado e nem sequer olhava para em minha direção, acho melhor respeitar o momento de silêncio dela e esperar que chegamos em casa para falar sobre o assunto. Depois de termos chegado ele entra direto para seu quarto e eu vou trabalhar antes do meu jantar..., se passam duas horas e ele não veio ainda então decidi chamar para uma conversa. — Tá bom, agora pode falar o que você quer! — O encarou sério. — Cara eu não vou falar nada, só acho imprudente da sua parte querer ficar com um
— Você me conhece? — Não lembro dela, e fico frustrado por não me recordar de sua feição. — Claro que eu te conheço! Peguei você no colo, e sou sua madrinha como não saberia quem é você agora entre vamos conversar na sala! — Ela me puxa pelo braço me deixando um pouco desconfortável, e com uma pulga atrás da orelha. — Como seus pais podem ser tão animadores e educados sendo que a personalidade de sua filha é tão diferente? — — Ah tá então você deve ser a esposa do senhor Ricardo ou melhor meu padrinho. — Acabo falando o nome dele no automático e ver o sorriso de seu rosto se desmanchar me deixa triste então me corrijo rapidamente e assim que faço ela volta a sorrir. — Que bom que aprendi rápido, odiaria ver meu sobrinho nos chamando de senhor e senhora. A nossa princesa está se arrumando ainda, então vamos ficar à vontade e áspera por ela. — Já dentro da casa observo cada detalhe, achava que a casa que ganhei era enorme, mas vendo essa aqui realmente acho que não se
Lis La Blanc… Entramos no restaurante e a recepcionista logo me reconheceu, até porque venho com frequência neste restaurante. — Hoje quero o mesmo lugar de sempre, mas coloquei um lugar a mais estou acompanhada. — Como deseja senhora. — Com um olhar de espanto, ela sai dali, mas faz o que tinha pedido. Até entendo o espanto dela nunca trago ninguém aqui, este é o meu lugar solitário quando quero refletir algumas coisas. É uma sensação diferente, achei que estaria desconfortável trazer ele aqui e incrivelmente não estou, bom não sei se gosto disso ou não, quanto mais me aproximo dele mais sentimentos estranhos aparecem em mim. Minutos depois a funcionária volta… — O lugar da Sr. La Blanc já está pronto. — Ela nós a guia até o meu lugar favorito, sempre deixo reservado e ninguém pode se sentar nele, nunca sei quando vou querer vir aqui e seria um incomodando toda vez ter que esperar alguém sair do lugar ou ter que ir para outro. Então acabei comprando metade do restauran
— Legal! Achei que essa noite seria um tédio misturado com uma belíssima perda de tempo, mas você me proporcionou um desafio. Essa rixa com minha família não tem nada a ver com dinheiro e sim com amor e vingança, os sentimentos mais fortes que a humanidade pode sentir, com eles somos capazes de ultrapassar vários princípios, ou até mesmo virarmos monstros. Se fosse só pelo dinheiro já teríamos resolvido isso não acha? — Na minha opinião, se não conseguir resolver com dinheiro é porque não tem o suficiente. Mas me conta quem sabe não mudo de ideia. — Fico rindo da cara dele, ele não tem noção de quanto dinheiro temos, então começo a explicar por que nem com todo nosso dinheiro resolveremos esta rixa... “Quando Riccardo tinha 15 anos era muito amigo de Sandro Baker e essa amizade linda durou somente até a faculdade, como herdeiros da máfia tinham que fazer a mesma faculdade de administração de empresas. Este não era o problema já que eram muito amigos, só que o Sandro acaba se apa
Ângelo Hernandes… Escuto a história dos pais dela com atenção e acabo sendo invadido por uma tristeza profunda, agora entendo o motivo deles terem cortado os laços com minha família! — E para ser bem sincero não seria tão bonzinho como meu padrinho foi. — Não quero nem pensar se isso acontece com a mulher que eu amo, seria capaz de atear fogo no mundo todo para aplacar a minha sede por vingança..., e o que me deixa mais revoltado é saber que meu pai não ajudou em nada, fico me perguntando. — Se a minha família fosse ajudar, será que essa história teria um outro final? Agora sei o que eles tiveram que passar, isso me dói tanto que acho que não teria estrutura para enfrentar isso. Ouvir todo o relato me faz admirar mais ainda meus padrinhos. Depois de me contar tudo isso vejo que a Lis fica em silêncio novamente então acho que tenho que quebrar o gelo. — Agora sabendo de tudo isso deu para entender seu ponto de vista, e sendo bem sincero concordo com ele, mas vejo que você tem
— Não quero te deixar ofendida, mas se não perguntar vou ficar louco. — Ela me olha e coloca as mãos apoiado no seu queixo só o jeito que ela está me mostra que posso ficar à vontade para fazer a pergunta. — O que te move é o amor ou a vingança? — Ela se levanta e vem em minha direção chegou bem perto do meu ouvido e acabo sentindo o cheiro de seu perfume inebriante que invade meu ser e me deixa atiçado então ela fala. — O que o senhor acha? — Ela começa a andar em direção a saída depois que terminar de falar em meu ouvido. Vendo que eu não me levanto ela acaba falando — Você não vem? Já quero ir para casa! — Mas não comemos a sobremesa ainda. — Nunca tive um jantar como este, ela se levanta antes da sobremesa, mas também não conheci uma mulher que não come doces… — Não como açúcar depois das nove. Você me leva, mas também posso chamar alguém para me levar de volta e pode ficar e experimentar a sobremesa. O que acha? — Acabo me irritando um pouco quando ouço
Lis La Blanc… Conversamos bastante no jantar e ele me fez pensar se fosse em outras circunstâncias talvez poderia pintar meu mundo de rosa, mas este mundo rosa não combina nem um pouco comigo, já fiz estragos e inimigos de mais para me dar ao luxo de ter uma fraqueza. Vamos embora para minha casa finalmente, é desconfortante pensar sobre como minha vida seria se não tivesse entrado para máfia, nunca tinha pensado assim, sempre tive certeza do que queria e ainda sei que está é quem realmente sou! E pensando assim lembro exatamente do momento que escolhi entrar neste mundo e uma onda de prazer e euforia me abateu enquanto olho para estrada realmente essa e quem sou e não conseguiria largar a minha essência assassina. Chego em casa e saio daquele carro fecho a porta da minha casa sem olhar para trás, não me arrependo de não me despedir dele ou de mostrar sentimentos que só vão me atrapalhar. Não preciso desse tipo de distração em minha vida. Subo para meu quarto e quando abro a porta
— Lá vem vocês de novo né, a minha felicidade não tem nada a ver com aquele homem, estou assim por causa da surpresa que o Isao preparou para mim! — O respondo com raiva e minha voz acaba se exaltando, odeio fazer isso, mas já estou no meu limite... — Agora entendi! Realmente que não tem como competir com o Isao, ele sempre sabe como te alegrar e aposto que ele sabia que você estaria de mau humor hoje. Querida, o que acha de irmos casando-os, aceitaria ele na família? — Meu pai perguntou sério para minha mão e eu fico desacreditada com a situação, não consigo reagir a conversa dos dois. — Vejo ele como filho, mas acho que isso não atrapalha em nada o mais importante é como ele deixa nossa pequena feliz. — Vendo-os realmente cogitando me casar com meu irmão me dá até medo, ultimamente eles não para de falar neste assunto isso tá ficando sério demais daqui a pouco eles vão fazer um leilão para me casar! — Vocês dois já chegaram dessa conversa! O Isao é meu irmão, e não existe sen