O papel no chão era do mesmo material que o papel de carta que Serena havia deixado para ele. Ele trouxe o caderno que ela não tinha terminado de usar do escritório para o quarto e passou dias e noites escrevendo sem parar.

O tempo naquele momento parecia não ter importância.

Helena, com lágrimas nos olhos, disse, — Serena não quer te ver. Não importa quantas cartas de desculpas você escreva, não vai adiantar. Você deveria dizer isso pessoalmente para ela.

Nicanor pensou seriamente e reconheceu que sua mãe tinha razão, mas ele estava preso na sua própria teimosia. Levantando seus olhos vermelhos de cansaço, ele insistiu, — Ela vai saber. Se eu terminar de escrever tudo isso, ela vai me perdoar. Preciso ser sincero...

Sua voz estava rouca, mas seu tom era de um fervor incomum, e seu olhar brilhava de forma anormal. No meio da frase, ele se levantou de repente, pegou o caderno de volta e continuou a escrever com sua mão trêmula, murmurando para si mesmo.

— Serena, eu errei. Você vai me p