Capítulo 3
Nicanor estava muito preocupado e foi rapidamente verificar, — Serena, o que houve?

Serena vomitava como se o mundo estivesse girando, demorando um bom tempo para se recompor.

Ela não entendia.

"Por que Nicanor, que tanto a amava, a trairia?"

"Será que ele não tinha medo de que ela descobrisse?"

Ou ele achava que estava sendo discreto o suficiente para mantê-la no escuro para sempre?

A brisa da noite trouxe um pouco de clareza à mente de Serena.

Nicanor perguntou a ela: — Você está bem, Serena? Se não estiver se sentindo bem, posso te levar ao hospital agora.

— Não, talvez tenha sido algo errado que comi no jantar.

— Então amanhã você vai à empresa me encontrar, e almoçamos juntos.

Serena deu um sorriso irônico.

"Visitar a empresa para ver você e Sofia se divertindo no escritório?"

Ela de repente quis pregar uma peça.

— Claro, amanhã de manhã vou com você para a empresa, te acompanho no trabalho, almoçamos juntos e à noite vamos para casa.

Nicanor não esperava que ela aceitasse e seu rosto começou a mostrar desconforto, — Mas estou muito ocupado ultimamente, talvez não consiga ficar com você o tempo todo.

— Faça seu trabalho, eu te espero no escritório.

— Está bem, então.

De volta para casa, Nicanor se ofereceu para encher a banheira para Serena, foi ao banheiro e, de maneira incomum, fechou a porta.

Enquanto isso, Serena desceu as escadas e voltou para o carro.

Assim que ligou o carro, a tela mostrou a conversa mais recente.

Nicanor: [As coisas mudaram, amanhã não podemos mais ficar no escritório.]

Gatinha Sofia: [Ai, estou um pouco desapontada.]

Nicanor: [Não fique triste, pequena Gatinha, vou te levar para o terraço, vai ser mais emocionante.]

Gatinha Sofia: [Querido, você é incrível.]

Quando Serena voltou para o quarto, Nicanor estava saindo do banheiro, — Serena, a água do banho está pronta, você quer relaxar um pouco?

— Não, quero descansar.

— Certo, se estiver cansada, descanse. Ah, posso abrir o presente que você deixou na mesa agora?

Serena disse: — Abre em uma semana.

— Por que esperar uma semana? Estou curioso para ver o que a nossa Serena preparou para mim.

— Porque...

"Porque em uma semana, eu vou te deixar para sempre."

— Porque em uma semana, esse presente terá um significado.

Nicanor beijou delicadamente sua testa, — Tudo bem, farei como você disse.

Na manhã seguinte, o celular de Nicanor começou a tocar por volta das seis horas.

Ele desligou e voltou para abraçar Serena, — Vamos ignorar, dormir mais um pouco.

Mas o celular insistiu em tocar novamente.

Nicanor franziu a testa com irritação, — Ainda não é hora de trabalhar, por que estão me apressando tanto? Um dia vou demitir esses diretores inúteis.

Desligou novamente.

Quando o celular tocou pela terceira vez, Nicanor levantou-se bufando, — Serena, continue dormindo, vou ver o que eles querem de tão urgente.

Serena respondeu com um leve "Sim".

Virou-se, ficando de costas para ele.

Nicanor saiu do quarto com o celular na mão.

Logo depois, ele apareceu na porta de entrada do andar de baixo.

Do lado de fora, havia um entregador vestido de amarelo, que lhe entregou um pacote.

Nicanor pegou, mas ao voltar, suas mãos estavam vazias.

Serena perguntou: — Os problemas da empresa são sérios?

Nicanor disse: — Fica tranquila, Serena, não se preocupe, descanse bem, eu vou preparar o café da manhã para você.

Seja por culpa ou preocupação genuína com seu estômago, Nicanor preparou um café da manhã bem farto.

Leite, ovos, pão, geleia e o mingau de aveia que ela adorava.

— Daqui pra frente, nada de comer besteira. Vou arrumar uma cozinheira para você, vem todo dia aqui fazer sua comida.

— Não precisa.

— Vamos lá, Serena, seja boazinha. Senão, vou trabalhar preocupado.

— Nicanor, posso te fazer uma pergunta?

— Claro, pode perguntar.

Serena colocou o garfo e a faca de lado e perguntou calmamente: — Essa história de crise dos sete anos, você acha que faz sentido?

Nicanor imediatamente fez uma cara de quem despreza a ideia, — Isso é desculpa de homem que não presta, mas eu sou diferente, nessa vida só amo a minha Serena.

— Você me ama por toda vida?

— Amo.

— E se você se apaixonar por outra?

— Que eu nunca receba o perdão de Deus, que eu vá direto pro inferno.

Serena deu um sorriso sarcástico, — Você não tem medo de jurar tão pesado assim?

— Estou falando a verdade, por que teria medo?

Serena, com uma graça leve e despreocupada, pegou novamente a faca e o garfo, e delicadamente espalhou geleia sobre o pão fresco.

Nicanor insistiu: — Serena, você precisa acreditar em mim.

Serena apenas disse: — Vamos comer.

— Você ainda não acredita em mim? Será que vou ter que abrir meu coração, literalmente, para você acreditar?

— Ainda tem gente te esperando na empresa, não se atrase.

Nicanor finalmente se tranquilizou e sentou-se à frente dela, — Deixa eles esperarem, bando de inúteis, qualquer dia desses mando todo mundo embora.

— Mandar ela embora, você teria coragem?

Serena falou "ela", não "eles".

Ela não sabia se Nicanor percebeu ou não, só ouviu ele responder: — Fora você, não tenho apego a mais nada.
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