Capítulo 7

O silêncio reinava naquela rua de tijolos. Alguns candeeiros piscavam suas luzes, enquanto outros nem mesmo se acendiam. Era só eu e o vento frio, acompanhados da minha indignação em relação ao comportamento de Henry.

Minha mente girava tentando encontrar uma justificativa para a atitude dele, mas sem sucesso.

Respirei fundo e retornei ao meu carro, pegando minha bolsa de viagem de camurça, uma relíquia antiga da minha mãe.

Guardar itens da minha família era o que me fazia sentir mais conectada a eles. Havia poucas coisas, pois, ao contrário de mim, minha avó acreditava que manter objetos dos falecidos os reteria neste mundo.

— Minha avó! — suspirei, com a saudade apertando meu peito enquanto seguia em direção à porta.

Empurrei a pequena porta branca, que se abriu sob o lamento das dobradiças. Franzi o cenho ao ver minhas expectativas em relação ao local se desmoronando em fragmentos. Era frustrante.

A beleza exterior
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