Quanto Romeu chegou à noite, eu estava no quarto, terminando de amamentar o meu filho e logo percebi no seu semblante que estava diferente. — Aconteceu alguma coisa?— eu quis saber. — Já falei com o meu advogado, sobre o nosso divórcio!— ele respondeu passando para o closet. A dor no peito que eu senti foi indescritível. Fiquei boquiaberta, queria perguntar o porquê de tanta pressa, mas eu sabia que tinha a pressão do Arthur. Romeu passou para o banheiro com uma toalha seca no ombro, ele usava só uma cueca. Júnior ficou satisfeito e logo arrotou, então eu lhe coloquei num carrinho, onde ele ficava quase sentado. Eu estava tão atordoada, sem saber o que dizer, o que fazer, estava sem chão. Fui até o espelho de parede e fiquei arrumando os cabelos longos. O pensamento distante, me trazia tantas lembranças boas junto a Romeu. Que vontade eu estava de dizer que não queria me separar, que o amava muito! Ele passou rapidamente por trás de mi
A minha perna foi suspensa, o que me causou susto. Olhei para Romeu, ele segurava firme, enquanto procurava os meus lábios. Eu não resisti e me entreguei. Depois do beijo, ele me ergueu e me carregou para a cama. — Romeu, nós não devíamos— eu disse já deitada, vendo o estrip Tease à minha frente. — Por que resistir, Juliette? Eu quero, você quer, quem pode nos impedir? Eu fechei os olhos e aceitei. Ele veio, já despido, cobriu o meu corpo com o seu e me beijou. A nossa respiração ofegante quebrava o silêncio, além dos movimentos suavemente de quando o corpo dele ia e vinha, num vai e vem gostoso, me preenchendo inteira. Um longo suspiro anunciou o gozo esperado, e nossos corpos relaxaram, misturando o cheiro nato da nossa pele. — Pensei que não fosse mais acontecer isso entre nós!— ele disse deitando o rosto no meu ombro. — Eu sei, não deveria mesmo ter acontecido!— eu disse, concordando com ele. — Como evitar, se nós nos desejamos tanto!
A noite, Romeu chegou estranho. Estava calado e pensativo. Eu sabia que esse negócio de divórcio mexia com ele. Descemos para jantar, ele com Júnior nos braços, semblante fechado e eu olhando-o preocupada. Arthur estava muito feliz, veio ao meu encontro sorrindo. Antônia pegou Júnior, que parecia não querer sair do colo do Romeu. O garoto até choramingou! — Logo vamos poder nos casar, Juliette!— Arthur disse empolgado. Eu olhava para Romeu, que evitava o meu olhar durante o jantar. Por fim, quando terminamos de comer, Arthur se levantou e veio me puxar a cadeira. — Precisamos conversar, Juliette!— ele disse. — Não Arthur, por favor, estou tão cansada, vamos deixar para amanhã! — Por favor!— ele insistiu. Romeu pegou Júnior nos braços de Antônia e subiu na frente. Eu estava impaciente, ansiosa para subir atrás dele, mas ainda tinha que ouvir o que Arthur tinha a dizer. Fomos para a sala de estar e sentamos no sofá. — O divórcio não demora a sair, Juliette.
Eu vi nos olhos dele, o quanto havia lhe deixado curioso. — É isso mesmo, Romeu, eu vou me sentir tentada em qualquer lugar onde você estiver! Eu disse isso e passei na frente dele, saindo do quarto. Ele voltou rapidamente para pegar o Júnior e veio atrás de mim. — Juliette, espere! Eu parei, segurando o corrimão. — Não acha que é perigoso se casar com o Arthur, se sentindo assim? Eu ergui os olhos, aborrecida. — Assim como? Sentindo tanto desejo por você? Ele ficou confuso. — É, isso pode ser muito constrangedor para todos nós! Me virei e comecei a descer a escada, enraivecida. — Isso é problema meu! Vou saber viver com isso, não se preocupe! Romeu me alcançou e segurou o meu braço. Mesmo com o Júnior no colo, ele me fez parar. — Não é só problema seu, Juliette! Ficamos nos olhando ofegantes. — E o que você sugere? — Eu.. eu não sei!— ele gaguejou. Eu sacudiu o meu braço e voltei a descer, resm
Aquela noite foi longa e triste, só Arthur estava feliz. Ele ficou no bar até tarde, depois, um tanto embriagado, bateu na porta do meu quarto. Estava rolando na cama, sem conseguir dormir, então pulei de sobressalto. Passei na frente do espelho arrumando os cabelos, crente que era o Romeu, que devia estar tão arrasado quanto eu. Abri totalmente a porta e fiquei surpresa ao ver o Arthur entrar me empurrando para dentro. Ele se jogou na minha cama, me levando junto. — Pare com isso, Arthur! Ficou louco? As mãos dele pousaram sobre os meus seios e eu senti um choque. O empurrei com força, levando-o para o chão. A primeira ideia que me ocorreu, foi olhar para o berço do meu filho, ao lado da cama. Eu me virei e vi Arthur se levantando. — Logo estaremos casados, Juliette, que mal há nisso?— ele se apoiava na cama. Senti tanto nojo dele! Era como se estivesse traindo alguém, me vendendo, coisa desse tipo! — Saia do meu quarto, Arthur! — disse falava alto, com expressão
Romeu se encolheu, como se eu não conhecesse tão bem o seu corpo, por minha vez, fiquei boquiaberta, por vê-lo nu. — Romeu, eu…— a voz não saiu. — Juliette, não devemos! Por favor, garota, não me tente! Eu até queria sair dali, mas o meu corpo queimava de desejo. Comecei a baixar as alças da camisola. — Só hoje, Romeu, por favor!— eu supliquei. — Estamos divorciados, Juliette! — Eu sei!— continuei me despindo e andando na direção dele. — Você vai se casar com o meu filho!— Ele disse, ameaçando sair da banheira. Eu parei de andar, estava ofegante. — Meu casamento será por conveniência! — O nosso também era! Eu coloquei um pé para dentro da banheira. — Não vou transar com ele! Romeu abraçou a minha coxa e encostou o seu rosto nela. — Não devia fazer isso, Juliette! — Você quer, não? Ele ergueu os olhos suplicantes. — Sim, eu quero. Ele me puxou para dentro da banheira. Eu sorri ofegante e enlacei o seu pescoç
Júnior soltou o peito e sorriu. A conversa foi longa! — Sabe filho, eu acho que o seu avô também ama a sua mãe. Ele ficou muito mal em ter que se divorciar. Júnior emitia um som engraçado. — Meu amor, você está querendo falar já? O que você quer dizer, hein? Será que prefere o vovô ao seu pai? Júnior fazia força para falar, chegava a ser engraçado. Ficamos conversando durante muito tempo, até que ele adormeceu. Aí era onde eu deveria ter ido dormir também, mas fiquei pelo quarto andando de um lado para outro, impaciente. Enquanto estava amamentando, ouvi o som de carros saindo e não sabia se era o Romeu, ou o Arthur. A minha intuição dizia que só podia ser o Romeu que foi afogar suas mágoas nos braços de outra mulher. Desesperada, insana, eu saí do meu quarto decidida a tentar a sorte outra vez. Empurrei a porta do quarto e Romeu não estava lá. Comecei a chorar enquanto me despia. Preparei a banheira e entrei no banho relaxante. De
— Louca!! — Eu cansei de ouvir isso. — Me faz mulher, meu amor, não me repreende, eu te amo tanto! Eu me oferecia loucamente e Romeu não conseguia resistir. Deixava o seu coração falar e me tomava com tanto desejo que os beijos nos sufocavam. — Eu vou me arrepender, eu sei, mas tudo o que quero é ficar quentinho dentro de você! — Então fica, amor, fica pra sempre dentro de mim, meu gostoso! O fogo me consumia, ainda mais sabendo que ele me amava! Aquela noite seria inesquecível e traria consequências! No dia seguinte, eu dormia profundamente, quando fui acordada insistentemente pelas mãos de Romeu. — Juliette, acorde! Abri os olhos devagar, sem me recordar de imediato da noite passada. — Romeu, estou com sono, me deixa dormir! — Não, Juliette, no meu quarto não! Pelo amor de Deus, vai acabar provocando uma confusão! Está de casamento marcado! — Eu sei, mas eu… Ele não me deixou falar: — Venha, depois conversamos, vá para o seu quart