Durante a noite, depois que adormecemos, aconteceu um fato que me marcou. Acordei de madrugada, ouvindo o choro baixinho do meu filho. Quando eu consegui esticar o pescoço e colocar a cabeça para fora do cobertor, vi uma cena emocionante através da luz fraca do abajur. Romeu estava de pé com o Júnior no colo, conversando baixinho. — Ei rapaz, calma, não precisa acordar a sua mãe desse jeito! Você é muito comilão, sabia? Junior parou de chorar e ficou olhando fixamente para Romeu, como se tentasse entender o que ele dizia. Os dois se comunicavam com o olhar. Eu suspirava quietinha, vendo o Romeu falar. — Sabia que a sua mãe está exausta? Você mama o dia inteiro, filho! Precisa começar a comer outras coisas! De repente ele sorriu, como se estivesse lendo o pensamento do Júnior. — Você está bravo? E eu, como acha que estou? Você tomou posse dos seios da sua mãe! Sabia que antes de você nascer eu pensava que era dono deles? Eu achei graça e afaste
Arthur virou-se rapidamente para o pai, já irritado. — O senhor conseguiu ludibriar a Juliette mais uma vez, não é mesmo pai? Essa parece ser a sua especialidade! Romeu ergueu as sobrancelhas e manteve um sorriso irônico nos lábios. — Não gostou da novidade? Melhor para você, assim não terá que se casar com ela! É, mais uma vez você conseguiu se safar! Era só uma brincadeira, mas Arthur não desperdiçou a oportunidade de causar mal estar entre mim e o Romeu. — Claro, e o senhor vai para o sacrifício outra vez, não é mesmo? Romeu me olhou sem jeito e eu baixei a cabeça segurando a emoção. — Ela sabe o quanto a desejo!— ele disse com a voz embargada. Nesse momento, ergui os olhos brilhando de satisfação, mas para Arthur era só mais uma oportunidade de espezinhar. — Claro, desejo que o senhor sente por quase toda mulher à sua volta! Romeu engoliu em seco e examinou rapidamente a minha reação, enquanto se sentava à mesa. — Não se dei
Era tanto desejo que começou na cama e terminou no chuveiro. Mesmo preocupada, eu seguia sempre pelo comando das mãos dele. Claro que eu estava limitada, mas o desejo era grande e com jeitinho, sempre dava certo! A ducha forte, o sabonete atrevido e o fogo nos levou às nuvens. Passado a febre, achamos graça, rimos juntos, enquanto nos secamos. Ainda deu tempo de darmos um cochilo, depois do amor gostoso. Ao despertar, para nos arrumar e descer para o desjejum, ouvimos o choro de fome do meu pequeno e eu tive que amamentá-lo primeiro. Sentei na poltrona própria para isso e fiquei esperando o meu príncipe ficar satisfeito. Romeu sentou-se à beira cama e ficou a nos admirar. Era fim de semana e ele não ia trabalhar. Parecia bem tranquilo, enquanto falava: — Parece que estou sonhando, vendo você e o Júnior preencher a minha vida! O que mais posso desejar? Eu sorri satisfeita, mas ainda tinha uma dúvida: — Não vai se trancar naquele escrit
Romeu se levantou da mesa e foi na direção do filho. — Arthur, calma! Vamos conversar, talvez eu possa explicar! Arthur deu um passo para trás. — Explicar o que? Que o senhor me roubou o direito de ser pai e marido da Juliette? — Ela não ama você, filho! Meu pai entrou tentando amenizar: — Procure entender, Arthur, é melhor que a Juliette fique com o seu pai! — Entendi, porque para o senhor seria mais conveniente, assim os negócios ficariam mais seguros! — Exatamente! Arthur bufou e saiu batendo a porta. — Ele vai contar para ela!— Romeu se desesperou. Meu pai suspirou resignado. — Não dá para evitar, eu sinto muito, Romeu. O seu filho é um irresponsável! Enquanto estamos nos matando pelo bem da nossa fortuna, ele só consegue enxergar os seus interesses! — Você acredita que ele a ame? Eu sempre achei que tivesse a ver com a mãe dele! Meu pai ficou pensativo. — Eu já não sei mais de nada, mas uma coisa é certa, ele é uma
Arthur ficou preocupado. — Calma, Juliette! Eu vou te deixar em paz, vou respeitar o seu espaço, está bem? Eu apenas assenti com a cabeça e ele saiu na direção da cozinha, para conversar com as criadas. — Januária, prepare um chá calmante para a sua patroa e faça-a dormir. Ela me deixou preocupado com uma história de querer sumir daqui! Januária se benzeu rapidamente. — Misericórdia, patrãozinho, vou lhe preparar imediatamente! Arthur virou-se para Antônia, ela teria a sua responsabilidade também. — Antônia, você fica responsável em levar o Júnior para mamar, mesmo que a Juliette esteja dormindo, não deixe eles sozinhos, acompanhe do começo ao fim! — Sim, senhor! E assim, Arthur voltou para o trabalho, e eu tomei o tal chá que a Januária sabia fazer para me deixar tão relaxada, a ponto de só pensar em dormir. Mas tarde, as criadas conversavam na cozinha. Antônia estava preocupada. — Você não exagerou muito no chá, hein Januári
l Eu também gaguejei: — Eu… eu lhe agradeço. Houve um silêncio e eu tive a impressão de que ele iria avançar e me beijar loucamente! — Eu…— ele apenas suspirou amargamente. Fiquei desorientada, olhando em volta, evitando o seu olhar. Quando ele fez menção de sair da minha frente, eu o interroguei: — Por que mentiu? Ele voltou-se com o olhar impaciente. — Era preciso. — Por quê?— eu sussurrei. Houve um silêncio e ficamos nos olhando, impacientes. Mais uma vez, achei que ele fosse me beijar. — Eu fiz o que achei melhor, mas já me arrependi!— ele respondeu saindo da minha frente e indo em direção ao Júnior. Me virei, enquanto ele segurava o meu filho no colo. Ainda insisti no assunto: — Pensou só nos negócios? Não pensou em mim? Ele me olhou, surpreso. — Claro que pensei. Eu sempre penso por nós dois, você sempre enfia os pés pelas mãos, agora vai se casar com o meu filho para se vingar de mim! Eu fiquei ofegant
Quanto Romeu chegou à noite, eu estava no quarto, terminando de amamentar o meu filho e logo percebi no seu semblante que estava diferente. — Aconteceu alguma coisa?— eu quis saber. — Já falei com o meu advogado, sobre o nosso divórcio!— ele respondeu passando para o closet. A dor no peito que eu senti foi indescritível. Fiquei boquiaberta, queria perguntar o porquê de tanta pressa, mas eu sabia que tinha a pressão do Arthur. Romeu passou para o banheiro com uma toalha seca no ombro, ele usava só uma cueca. Júnior ficou satisfeito e logo arrotou, então eu lhe coloquei num carrinho, onde ele ficava quase sentado. Eu estava tão atordoada, sem saber o que dizer, o que fazer, estava sem chão. Fui até o espelho de parede e fiquei arrumando os cabelos longos. O pensamento distante, me trazia tantas lembranças boas junto a Romeu. Que vontade eu estava de dizer que não queria me separar, que o amava muito! Ele passou rapidamente por trás de mi
A minha perna foi suspensa, o que me causou susto. Olhei para Romeu, ele segurava firme, enquanto procurava os meus lábios. Eu não resisti e me entreguei. Depois do beijo, ele me ergueu e me carregou para a cama. — Romeu, nós não devíamos— eu disse já deitada, vendo o estrip Tease à minha frente. — Por que resistir, Juliette? Eu quero, você quer, quem pode nos impedir? Eu fechei os olhos e aceitei. Ele veio, já despido, cobriu o meu corpo com o seu e me beijou. A nossa respiração ofegante quebrava o silêncio, além dos movimentos suavemente de quando o corpo dele ia e vinha, num vai e vem gostoso, me preenchendo inteira. Um longo suspiro anunciou o gozo esperado, e nossos corpos relaxaram, misturando o cheiro nato da nossa pele. — Pensei que não fosse mais acontecer isso entre nós!— ele disse deitando o rosto no meu ombro. — Eu sei, não deveria mesmo ter acontecido!— eu disse, concordando com ele. — Como evitar, se nós nos desejamos tanto!