Era tanto desejo que começou na cama e terminou no chuveiro. Mesmo preocupada, eu seguia sempre pelo comando das mãos dele. Claro que eu estava limitada, mas o desejo era grande e com jeitinho, sempre dava certo! A ducha forte, o sabonete atrevido e o fogo nos levou às nuvens. Passado a febre, achamos graça, rimos juntos, enquanto nos secamos. Ainda deu tempo de darmos um cochilo, depois do amor gostoso. Ao despertar, para nos arrumar e descer para o desjejum, ouvimos o choro de fome do meu pequeno e eu tive que amamentá-lo primeiro. Sentei na poltrona própria para isso e fiquei esperando o meu príncipe ficar satisfeito. Romeu sentou-se à beira cama e ficou a nos admirar. Era fim de semana e ele não ia trabalhar. Parecia bem tranquilo, enquanto falava: — Parece que estou sonhando, vendo você e o Júnior preencher a minha vida! O que mais posso desejar? Eu sorri satisfeita, mas ainda tinha uma dúvida: — Não vai se trancar naquele escrit
Romeu se levantou da mesa e foi na direção do filho. — Arthur, calma! Vamos conversar, talvez eu possa explicar! Arthur deu um passo para trás. — Explicar o que? Que o senhor me roubou o direito de ser pai e marido da Juliette? — Ela não ama você, filho! Meu pai entrou tentando amenizar: — Procure entender, Arthur, é melhor que a Juliette fique com o seu pai! — Entendi, porque para o senhor seria mais conveniente, assim os negócios ficariam mais seguros! — Exatamente! Arthur bufou e saiu batendo a porta. — Ele vai contar para ela!— Romeu se desesperou. Meu pai suspirou resignado. — Não dá para evitar, eu sinto muito, Romeu. O seu filho é um irresponsável! Enquanto estamos nos matando pelo bem da nossa fortuna, ele só consegue enxergar os seus interesses! — Você acredita que ele a ame? Eu sempre achei que tivesse a ver com a mãe dele! Meu pai ficou pensativo. — Eu já não sei mais de nada, mas uma coisa é certa, ele é uma
Arthur ficou preocupado. — Calma, Juliette! Eu vou te deixar em paz, vou respeitar o seu espaço, está bem? Eu apenas assenti com a cabeça e ele saiu na direção da cozinha, para conversar com as criadas. — Januária, prepare um chá calmante para a sua patroa e faça-a dormir. Ela me deixou preocupado com uma história de querer sumir daqui! Januária se benzeu rapidamente. — Misericórdia, patrãozinho, vou lhe preparar imediatamente! Arthur virou-se para Antônia, ela teria a sua responsabilidade também. — Antônia, você fica responsável em levar o Júnior para mamar, mesmo que a Juliette esteja dormindo, não deixe eles sozinhos, acompanhe do começo ao fim! — Sim, senhor! E assim, Arthur voltou para o trabalho, e eu tomei o tal chá que a Januária sabia fazer para me deixar tão relaxada, a ponto de só pensar em dormir. Mas tarde, as criadas conversavam na cozinha. Antônia estava preocupada. — Você não exagerou muito no chá, hein Januári
l Eu também gaguejei: — Eu… eu lhe agradeço. Houve um silêncio e eu tive a impressão de que ele iria avançar e me beijar loucamente! — Eu…— ele apenas suspirou amargamente. Fiquei desorientada, olhando em volta, evitando o seu olhar. Quando ele fez menção de sair da minha frente, eu o interroguei: — Por que mentiu? Ele voltou-se com o olhar impaciente. — Era preciso. — Por quê?— eu sussurrei. Houve um silêncio e ficamos nos olhando, impacientes. Mais uma vez, achei que ele fosse me beijar. — Eu fiz o que achei melhor, mas já me arrependi!— ele respondeu saindo da minha frente e indo em direção ao Júnior. Me virei, enquanto ele segurava o meu filho no colo. Ainda insisti no assunto: — Pensou só nos negócios? Não pensou em mim? Ele me olhou, surpreso. — Claro que pensei. Eu sempre penso por nós dois, você sempre enfia os pés pelas mãos, agora vai se casar com o meu filho para se vingar de mim! Eu fiquei ofegant
Quanto Romeu chegou à noite, eu estava no quarto, terminando de amamentar o meu filho e logo percebi no seu semblante que estava diferente. — Aconteceu alguma coisa?— eu quis saber. — Já falei com o meu advogado, sobre o nosso divórcio!— ele respondeu passando para o closet. A dor no peito que eu senti foi indescritível. Fiquei boquiaberta, queria perguntar o porquê de tanta pressa, mas eu sabia que tinha a pressão do Arthur. Romeu passou para o banheiro com uma toalha seca no ombro, ele usava só uma cueca. Júnior ficou satisfeito e logo arrotou, então eu lhe coloquei num carrinho, onde ele ficava quase sentado. Eu estava tão atordoada, sem saber o que dizer, o que fazer, estava sem chão. Fui até o espelho de parede e fiquei arrumando os cabelos longos. O pensamento distante, me trazia tantas lembranças boas junto a Romeu. Que vontade eu estava de dizer que não queria me separar, que o amava muito! Ele passou rapidamente por trás de mi
A minha perna foi suspensa, o que me causou susto. Olhei para Romeu, ele segurava firme, enquanto procurava os meus lábios. Eu não resisti e me entreguei. Depois do beijo, ele me ergueu e me carregou para a cama. — Romeu, nós não devíamos— eu disse já deitada, vendo o estrip Tease à minha frente. — Por que resistir, Juliette? Eu quero, você quer, quem pode nos impedir? Eu fechei os olhos e aceitei. Ele veio, já despido, cobriu o meu corpo com o seu e me beijou. A nossa respiração ofegante quebrava o silêncio, além dos movimentos suavemente de quando o corpo dele ia e vinha, num vai e vem gostoso, me preenchendo inteira. Um longo suspiro anunciou o gozo esperado, e nossos corpos relaxaram, misturando o cheiro nato da nossa pele. — Pensei que não fosse mais acontecer isso entre nós!— ele disse deitando o rosto no meu ombro. — Eu sei, não deveria mesmo ter acontecido!— eu disse, concordando com ele. — Como evitar, se nós nos desejamos tanto!
A noite, Romeu chegou estranho. Estava calado e pensativo. Eu sabia que esse negócio de divórcio mexia com ele. Descemos para jantar, ele com Júnior nos braços, semblante fechado e eu olhando-o preocupada. Arthur estava muito feliz, veio ao meu encontro sorrindo. Antônia pegou Júnior, que parecia não querer sair do colo do Romeu. O garoto até choramingou! — Logo vamos poder nos casar, Juliette!— Arthur disse empolgado. Eu olhava para Romeu, que evitava o meu olhar durante o jantar. Por fim, quando terminamos de comer, Arthur se levantou e veio me puxar a cadeira. — Precisamos conversar, Juliette!— ele disse. — Não Arthur, por favor, estou tão cansada, vamos deixar para amanhã! — Por favor!— ele insistiu. Romeu pegou Júnior nos braços de Antônia e subiu na frente. Eu estava impaciente, ansiosa para subir atrás dele, mas ainda tinha que ouvir o que Arthur tinha a dizer. Fomos para a sala de estar e sentamos no sofá. — O divórcio não demora a sair, Juliette.
Eu vi nos olhos dele, o quanto havia lhe deixado curioso. — É isso mesmo, Romeu, eu vou me sentir tentada em qualquer lugar onde você estiver! Eu disse isso e passei na frente dele, saindo do quarto. Ele voltou rapidamente para pegar o Júnior e veio atrás de mim. — Juliette, espere! Eu parei, segurando o corrimão. — Não acha que é perigoso se casar com o Arthur, se sentindo assim? Eu ergui os olhos, aborrecida. — Assim como? Sentindo tanto desejo por você? Ele ficou confuso. — É, isso pode ser muito constrangedor para todos nós! Me virei e comecei a descer a escada, enraivecida. — Isso é problema meu! Vou saber viver com isso, não se preocupe! Romeu me alcançou e segurou o meu braço. Mesmo com o Júnior no colo, ele me fez parar. — Não é só problema seu, Juliette! Ficamos nos olhando ofegantes. — E o que você sugere? — Eu.. eu não sei!— ele gaguejou. Eu sacudiu o meu braço e voltei a descer, resm