Arthur parou diante da porta do quarto, mas eu me recusei a entrar nele. Ele entendeu e seguiu para o final do corredor. — Tem certeza que quer ficar aqui mesmo? Não é melhor conversar antes com o meu pai? Pode ser que ele entenda, pode ser que vocês fiquem bem, mesmo com essa nova questão! Simplesmente, eu me enfiei debaixo do cobertor. Estava tão triste! Arthur ficou de pé me olhando. — Eu sinto muito, Juliette. Eu sei que você não me queria como pai do seu filho. — Não é isso, Arthur, eu fui pega de surpresa. Preciso processar isso na minha cabeça. — Quer que eu fale com o meu pai, ele vai entender! — Me deixe sozinha, Arthur, não quero pensar nisso agora. Ele vai chegar tarde e com certeza vai deixar para falar comigo amanhã. — Mas ele vai estranhar que esteja aqui. — Não se preocupe, amanhã eu converso com ele. Arthur soltou o ar pela boca e saiu do quarto, me deixando sozinha para derramar o meu pranto. Confuso, ele entrou no
Romeu ficou incrédulo. — O que está me dizendo? Só pode ser brincadeira, Arthur! Artur saiu andando atrás do pai novamente, enquanto se justificava: — Sério, pai! Me escuta, eu me lembrei de umas jóias que ela usava no dia e ela chegou a essa conclusão! Romeu segurava a maçaneta da porta do seu quarto, quando conseguiu retrucar: — Por isso ela saiu do nosso quarto? Isso mexeu com ela? Arthur deu de ombros, fingindo estar confuso. — Não sei. Eu insisti para que ela o esperasse, antes de tomar qualquer atitude, mas ela disse que sabia que o senhor não aceitaria bem essa situação! Romeu ficou pensativo e cabisbaixo, até que decidiu entrar no seu quarto, suspirando impaciente. Arthur entrou atrás, falando sem parar: — Pai, não quero que fique chateado conosco, aconteceu naturalmente e vocês ainda não eram casados na época! Romeu entrou no banheiro e começou a fazer a sua higiene bucal, enquanto o filho, encostado à porta, demonst
Uma vez, os dois no banco traseiro do carro, à caminho do trabalho, Arthur abordou o assunto novamente. — Parece que a Juliette ficou bem abalada, não é pai? Sem desviar o olhar do assento à sua frente, Romeu respondeu: — Não era para menos! Imagino que ela nunca pensou que o filho pudesse ser seu, aliás, acredito que ela nunca tenha desejado isso! — Concordo com o senhor, pai. Imagino que seja difícil para ela estar casada com o avô do seu filho. Romeu sentiu um soco no estômago. Virou-se para o filho com o olhar incrédulo. — Não percebe que está fincando uma lâmina no meu peito, cada vez que se faz lembrar dos detalhes dessa estupidez? Arthur engoliu em seco, percebendo que o pai estava alterado. — Não estou desejando que se separe da sua esposa, sei o quanto é importante esse casamento por conveniência para os negócios da família. Romeu ficou boquiaberto, se negava a acreditar que o filho estivesse lhe espezinhando. — Espera se casar
— Pensei que pensasse nele com amor!— ele ficou confuso. Eu apertei as peças de lingerie com as mãos trêmulas, como se pudesse assim encontrar forças para impedir que as lágrimas rolassem pelo meu rosto. — Isso virou um pesadelo para mim!— confessei angustiada. — Posso compreender. Você não pensou que pudesse ser ele. Confesso que nem eu, para mim foi um choque! Ele permanecia na porta, o que aumentava a minha angústia. Avancei para ele e abracei o seu corpo, encostando a cabeça no seu peito. — Sei o quanto isso é desagradável para você, Romeu, por isso te entendo, mas agora eu não tenho para onde ir com o meu filho! Ele não me abraçou, permaneceu sem reação, mas depois de respirar fundo, angustiado, procurou me acalmar, se afastando e dando um passo para trás. — Não se preocupe com isso, Juliette. Não pretendo mandá-la embora desta casa. Ele ficou a menos de um metro de distância de mim, mas parecia muito mais. — Não gostaria que me olhasse como uma mulher que de
— Casar?— Eu pensei não ter ouvido direito. — Isso mesmo, Juliette, casar!— Arthur insistiu. — Não, casar não! — Por que não, Juliette? Eu fiquei confusa e levantei, me sentando na cama com dificuldade. — Eu não sei, Arthur. Eu sou mulher do seu pai! Arthur riu compreensivo e segurou a minha mão, elevando para os lábios. — Não precisa ser mulher dele para sempre! Você pode se divorciar. Sim, eu entendia que um divorcio seria inevitável, mas ser mulher de outro homem, para mim, era inadmissível. — Não posso, Arthur! Arthur tentou ser paciente. — Por que, Juliette? Meu Deus, o que tem de tão terrível nisso? Eu sou o pai do seu filho! Precisa de um motivo melhor? Eu estava atordoada, olhava em volta, enquanto falava como se fosse um robô. — Eu não consigo imaginar outro homem me tocando, Arthur, não consigo! Arthur me envolveu com os seus braços carinhosamente, para que eu me acalmasse. — O meu pai não foi o primeiro, Jul
Arthur ficou surpreso e deu um passo para trás, mas ainda conseguiu ser sarcástico: — Isso quem decide é ela, pai! Pode acreditar, ela tem tanta certeza que eu sou o mascarado misterioso, que nunca duvidou diante das evidências. Romeu entristeceu e olhou para a escada decidido. — Vou subir e falar com ela. — E para quê? Não sabe o estado em que a deixou! Ela já deve estar dormindo! Romeu não se deu por convencido e avançou para as escadas. Em vão, Arthur tentou evitar. — Pai, espere! Não vá, por favor! Romeu chegou no meu quarto e entrou sem acender a luz. Eu dormia profundamente e não percebi. Ele acariciou os meus cabelos, sentado à beira da cama, e ficou ali algum tempo, até que se retirou, indo para o seu quarto. Arthur vinha no corredor e parou para o interrogar: — Conseguiu falar com ela? Sem parar de andar, Romeu respondeu: — Não, mas amanhã vou falar claramente durante o desjejum. Arthur ficou boquiaberto, v
Eu comia e sorria. Romeu me olhava admirado, como se estivesse vendo uma criança feliz. Já Arthur, fechou o semblante e mal conseguiu comer. No carro, a caminho do trabalho, ele desabafou com o pai. — Não faz nenhum sentido essa condição que impôs! Romeu não se alterou. — São as minhas condições e vocês só tem que aceitar. Se for um bom observador, vai ver que ela ficou até feliz com isso. Ao que parece, não quer casar-se com você, mesmo sendo pai do seu filho. Arthur engoliu em seco e segurou a emoção para não demonstrar sua contrariedade. — Como quiser, senhor Romeu, mas foi o senhor quem decidiu se divorciar por não aceitar que a sua esposa guardasse no ventre, um neto seu. Romeu empalideceu e se ajeitou no banco, segurando a gola do paletó. * * * Enquanto isso, eu dividia a minha alegria com as criadas na cozinha, apreciamos crianças sorridentes e de mãos dadas! — Ele não vai se divorciar de mim! Ele não quer m
Era como flutuar. Depois de tanto tempo, não achei que seria mais possível. Fui tocada sem muita delicadeza ou demora. Como se fossemos animais no cio. — Romeu, vem logo! Ele ouvia as minhas súplicas e sorria com aquele seu jeito de príncipe, enquanto se despia, de pé, diante de mim. Meu Deus, quanta beleza num homem só! Os olhos azuis penetrantes me hipnotizaram e eu me espalhei oferecendo tudo para ele. — Eu vou, Juliette, eu vou… me espera que eu vou. Tão lindo, tão gostoso, tão cheiroso, meu Deus! Ele inclinou-se, já totalmente despido, para beijar o meu ventre, e me deixou mais excitada. Minhas pernas subiram sem precisar da ajuda dele. Claro que senti uma pressão no útero! Eu sabia que estava me excedendo. Romeu segurou minhas pernas e as puxou até eu chegar à beira da cama. Ele se colocou ali, de pé no chão e inclinou-se para enfim me satisfazer totalmente, sentindo-me preenchida por ele. Tinha que ter muito cuidado, mas ele teve. Às veze