- Não... Nada além de eu estar morrendo de saudades.- Eu também liguei para você e não fui atendida. Mandei mensagens que sequer foram visualizadas.- Ei, Chapeuzinho... Acalme-se.- Você está calmo, Andy?- Me desculpe, Ale... Você não está bem?- Deveria estar?Houve um silêncio que pareceu uma eternidade do outro lado da linha, quebrado por Andrew:- Desculpe não ter atendido ou respondido as mensagens. Tenho uma corrida importante neste final de semana. Tenho treinado intensamente.- Eu sei, Andy. Mas eu sinto saudade... Muita saudade. Eu estou sozinha aqui.- Também estou sozinho, Ale. Mas sabíamos que seria assim. Combinamos que quando Aimê melhorar nos casaremos.- Daí você achará viável eu largar tudo e ficar com você?- Ale, eu juro que estou tentando entender a sua fúria, mas não consigo. O que você quer de mim?- O que “você” quer de mim, Andy?- Eu só quero você, Ale. E estou disposto a tudo, inclusive esperar enquanto estamos a milhas de distância...- Me sinto só... Sem
- Gosto quando você se mostra forte. – ele disse.- Talvez eu seja mais forte do que imagino, Alex. Estou aqui em Avalon sozinha há tanto tempo... Nunca imaginei que conseguiria.- Não está sozinha... – ele colocou a mão sobre a minha.Alisei a mão dele:- Obrigada por ser meu amigo.Ele sorriu:- Bebe algo?- Água.- Não... Você precisa provar uma cerveja deste lugar. São fabulosas.- Realmente não bebo. Sinto muito.- Não gosta? Ou não lhe faz bem?- Acho que as duas coisas.De repente me veio à mente os momentos com Andy no iate. Meu corpo se arrepiou com as lembranças quentes e ao mesmo tempo maravilhosas. A quem eu queria enganar? Eu só tinha espaço para ele na minha vida.- Sobre amores do passado... Eu já tive um grande amor. – ele confessou.- Jura?- Parecido em partes com sua história com Andy. Mas sem um final feliz.- O que houve de errado?- Com o perdão da palavra, mas ela era uma “vagabunda”.- Ela deve ter magoado muito você... Para dizer isto dela.- Eu gostava dela d
Assim que cheguei em frente ao prédio onde Alexander morava, ele já estava me esperando na calçada. Estacionei e assim que desci, o abracei com força. Eu precisava de um abraço... Só isso.- Está tudo bem? – ele perguntou enquanto afastava meus cabelos do rosto e me encarava.- Alex... Quantas mentiras... Eu estou farta.- Andrew novamente? Eu vou mata-lo com minhas próprias mãos, eu juro...- Não... Na verdade eu e Andrew estamos bem.- Como assim “estamos bem”? Fizeram as pazes?- Sim... Andy vai vir me ver.- Ele vai vir vê-la? Quando?- Por mais que eu tente mentir para mim mesma, Alex, eu amo Andy... Só ele. Sou incapaz de sentir algo por qualquer outra pessoa.Ele me abraçou novamente e disse, alisando meus cabelos:- Eu queria tanto xingá-la e chamá-la de burra... Mas eu entendo perfeitamente o que você está dizendo, Alexia. O amor é assim... E infelizmente não o que possamos fazer. Por mais que ele faça mal a você... Estará sempre com esperanças de que possam ficar juntos.- E
Eu percebi todos os olhares sobre mim.- Acho que Andrew Chevalier machucou a mão... Está enfaixada. – observou Emília, tentando focar em outra coisa.Ele já estava sem a garota neste momento. Saiu, sem dar entrevistas desta vez. Realmente a mão estava enfaixada. E eu torci para que ele tivesse machucado da última vez que nos falamos, quando ele socou algo no quarto de hotel. Não queria que ele tivesse arrumado briga em algum lugar.A raiva que eu sentia dentro de mim era simplesmente insuportável.- Eu... Vou me recolher. Estou cansada. – falei, quase fugindo dali.Antes que eu chegasse na porta, Sam estava atrás de mim. Me disse:- Se precisar de mim... Estou aqui.- Obrigada.Não adiantava nenhum tipo de gentileza naquele momento. Nada apagaria a imagem que eu vi. E não tinha o que ele pudesse dizer para justificar eu ser traída em rede nacional.Tomei um banho enquanto me derramava em lágrimas. Era tão irônico saber que minha mãe não chorava enquanto eu chorava por qualquer motiv
- Sim, eu vou fazer um baile de máscaras para você em Alpemburg, monstrinha. E nele comemoraremos a sua vida.- Eu amo você, Alexia Chapeuzinho Vermelho.Comecei a rir, ao mesmo tempo que sentia meu coração doer:- Amo você, Aimê Monstrinha.Assim que desliguei o telefone, fechei meus olhos e respirei fundo, para não chorar novamente. Temia não ter mais lágrimas algum dia... Que secassem de tanto que as derramei.Pensei em mandar uma mensagem para Alex e Mirella, avisando que eu estava em Alpemburg. Mas preferi não. Não tinha certeza de quanto tempo ficaria no meu país. Talvez fosse melhor falar com eles somente quando eu tivesse certeza que Alpemburg voltaria a ser meu lar.No início da noite, minha mãe veio para casa, como combinou comigo. Eu estava com saudades de meu pai. Mas ele ficaria com Aimê naquela noite, então eu só o veria no dia seguinte.Eu estava deitada na minha cama quando Satini chegou, vestida de pijama. Os cabelos dela estavam bem penteados, mas ela estava abatida
Eu sorri e saí. Claro que ele percebeu que sim, eu havia ficado noiva de Andrew. Já nem sabia se ainda tínhamos este compromisso.Sentei no banco de motorista do Bugatti, com meu café fumegante. Confesso que por uma fração de segundos, senti falta do frio de Avalon, aliado ao café quente para aquecer o corpo. Mas foi só naquele momento.Fechei meus olhos e deitei minha cabeça no volante. Claro que eu lembrava de cada minuto que passei com Andrew no Bugatti. E eu não precisava estar dentro dele para isso. Simplesmente porque Andrew estava na minha mente e no meu coração o tempo inteiro.Eu não entendia exatamente o que se passava conosco. Mas uma certeza eu tinha: eu o amava. E outra: o relacionamento à distância não deu certo para nós. Talvez pelo fato de termos nos envolvido tão recentemente. Ou por minhas inseguranças com relação a outras mulheres, visto que isso sempre fez parte da vida dele.Talvez sim, eu pudesse lhe dar uma chance de explicar o que houve aquela noite no pódio. A
Ele parecia cego, pela forma como passou por mim sem sequer olhar na minha direção.- Quem é ele? – Andrew perguntou, se colocando de frente a Alexander, ainda sem olhar para mim.- Andy, não é o que você está pensando.- Quem é ele? – praticamente gritou, chamando a atenção de algumas pessoas a volta.- Sou Alex... O professor dela. – ele estendeu a mão. – Você deve ser... O noivo que a abandonou quando ela mais precisava.Andrew deu um soco em Alexander. Típico dele. Era só assim que resolvia qualquer situação: agressivamente. E por que Alexander tinha que falar qualquer coisa? Ou melhor, por que ele me beijou? Eu havia deixado claro que não queria nada além de amizade.Claro que vi o sangue escorrer do canto da boca de Alexander, que encarou Andrew sorrindo enquanto limpava com o dedo o líquido vermelho.- Andy, pare com isso. Vamos embora. – eu pedi.- Não mesmo... – Alexander disse. – Não vão embora.Foi então que Alexander revidou, com força, atingindo o rosto de Andrew em cheio
A língua dele entrou profundamente em mim, me deixando completamente louca. Andrew era minha perdição. Como eu podia amar tanto aquele homem a ponto de achar que minha vida não tinha sentido algum sem ele? O que eu estava esperando para ser feliz? Talvez fosse o momento de largar tudo para o alto e ir com ele, sem me preocupar com nada além da minha felicidade.Enquanto sua língua estava dentro de mim, o dedo me estimulava delicadamente. Eu sentia cada parte da minha pele queimando. Fechei meus olhos e me entreguei àquele momento que esperei por tanto tempo. O nosso momento...Não precisou muito para eu gozar puxando os cabelos dele com tanta força que o fez gemer de dor.Ele me olhou, ainda ajoelhado e disse:- Isso está apenas começando, Chapeuzinho.A água caía sobre seu rosto, deixando-o ainda mais lindo. Desci até ele, me ajoelhando em sua frente e tomando seus lábios, sentindo meu próprio gosto nele. Éramos dois seres completamente ansiosos um pelo corpo do outro, num box de ban