- Você falou com ele depois do ocorrido?- Não. Nunca tive coragem.- Gostaria de pedir desculpas?- Sim... Foi um motivo idiota, entende?- Por que você foi para o internato, Andy?- Depois do que houve entre nós naquele dia...- O casamento?- Sim. Enfim, eu lhe disse que me senti muito mal quando percebi que eu sentia algo por você. Forte... E que a menina que eu estava me apaixonando tinha dez anos. Me culpei muito por isso. Levei uma bronca pesada do meu pai na época, que dizia que eu já era um homem para ter feito o que fiz: não só beijá-la, mas ter sequer entrado na brincadeira também. Eu já havia beijado garotas de verdade, eu... Só fiz aquilo por você.- E Laura? Onde ela entra nisso tudo?- Desde sempre ela me seduz. Embora eu soubesse que ela era minha prima. Com dezesseis anos ela veio ao meu quarto à noite... Então transamos. Eu era virgem. Ela não era.- Como você se sentiu depois?- Aceitei ir para o internato. Eu fugiria dela e do que eu sentia por você... Achei que pr
- Mãe, o que houve? – perguntei preocupada.Ela me mostrou o celular do meu pai. Olhei e lá estavam as fotos que Gael ameaçou mandar. Eu e Andy, no capô do Bugatti. Andrew olhou a tela e perguntou:- Estevan viu?- Não. – ela disse. – Ele está dormindo. Vocês têm noção do que aconteceria se ele visse? Que porra é esta? Por que foi enviado para o celular dele? O que está acontecendo, Alexia?- Mãe... Gael mandou um detetive me seguir. E foi este detetive que tirou as fotos e enviou para ele.- E este é o motivo que este idiota inútil está em Noriah?- Sim. – explicou Andrew.- E você, certamente, sabia disto, não é Andrew?- Soube no dia seguinte, depois que vocês chegaram.- E o que fez com relação a isso quando soube a verdade?- Dei um soco na cara dele.- Quanta maturidade da sua parte em lidar com isso! – ela ironizou. – Em que mundo vocês vivem? Eu não sei o que é pior, vocês aceitarem a chantagem deste amador ou ele querer em troca vir para Noriah. Foi isso que ele quis para não
Enfim, o baile seria naquela semana. Eu estava ansiosa, assim como as meninas. Henry comprou uma máscara simplesmente linda para presentear Aimê. Na noite anterior, enquanto me dirigia ao meu quarto, Laura me ameaçou com relação a eu ter feito Katrina brigar com ela. Dei de ombros e sequer respondi à provocação. Eu não estava acostumada a pessoas daquele tipo e começava a me assustar com o jeito dela. Sempre vivi protegida, dentro de um castelo, com seguranças em todos os lugares. Agora eu convivia com o perigo tão próximo que tinha até receio de dormir sozinha. Por isso eu usava o quarto de Andrew.Claro que não só pelo medo. Mas também porque acho que eu não conseguiria mais viver sem fazer sexo com ele diariamente. Cada vez mais nos acertávamos na cama. E nos abríamos a novas experiências. Andrew era mesmo um lobo, voraz, cheio de fogo, perfeito e que me deixava completamente louca e satisfeita. Eu ainda treinava algumas coisas. Mas tudo acabava dando certo. Eu poderia ficar mais u
- A única certeza que eu tenho é o meu amor por você, Andy. – confessei.Ele me apertou com força, fazendo nossos corpos ficarem como um só. Senti seu cheiro, seu coração batendo junto do meu e disse:- Não sei se quero crescer. Muito menos se consigo ficar longe de você.- Isso seria temporário, Ale. Você não vai ficar para sempre em Avalon. É cerca de quatro anos e estará formada. Além do mais, sempre que eu conseguir, voarei para encontrá-la em Avalon.- Tempo? Você sabe que isso é quase impossível para um piloto. Terá que treinar, treinar e treinar.- Haverá um tempo para vê-la. Se não tiver, eu faço ter. – ele sorriu, colocando uma mecha dos meus cabelos que estava sobre o olho para trás da orelha.- Não deu muito certo nosso namoro a distancia quando você foi embora de Alpemburg.- Creio que já amadurecemos nossa relação, Chapeuzinho. Estará sozinha durante as noites. Então faremos chamadas de vídeo de horas... E faremos amor por telefone.- Eu quero fazer amor pessoalmente com
- Precisamos de um médico. – meu pai gritou, tentando acordá-la em seus braços.- Estevan, não a movimente muito. – minha mãe pediu. – Acho que ela quebrou a perna.Tentei me aproximar, mas era todo mundo em torno dela.Magnus pediu:- Deixem Estevan e Satini com ela. Acalmem-se e deem espaço para ela respirar.Nisto, Henry já estava pedindo uma ambulância, enquanto vários empregados surgiram para tentar ajudar em algo.Senti os braços de Andrew sobre mim. Eu estava muito nervosa. Percebi que a perna dela estava amolecida, diferente da outra. Certamente havia quebrado na queda. Minha mãe estava apavorada, mas tentava se manter forte. Meu pai, embora geralmente perdesse o controle emocional quando era uma situação com alguma de suas filhas, desta vez estava firme ao lado de minha irmã Aimê.- Ei, vai ficar tudo bem. Foi só uma queda... Amanhã ela vai estar no baile com sua linda máscara, fazendo tantas perguntas que mal conseguiremos ter tempo para responder todas. – Andrew tentou me a
Naquela noite, Andrew veio ao meu quarto. Eu estava deitada, olhando para o teto, tentando não pensar em nada e não me preocupar em demasia. E procurava pensar positivo.- O que acha de eu dormir no seu quarto hoje? – ele sugeriu. – Podemos assistir um filme, fazer prova de cabelos e maquiagem para amanhã...Eu comecei a rir:- E quem vai fazer os testes de penteados e maquiagens? Você?- Sim... Desta forma nos divertiríamos, pois você ficaria horrível.- Então seu objetivo é me deixar horrível, namorado?- Duvido que você consiga ficar feia, Chapeuzinho.- Não quero ser indelicada, Andy... Sei que só temos mais dois dias juntos. Mas eu gostaria de ficar sozinha hoje.- Eu posso ficar do seu lado sem falar nada. Eu juro. Só vendo você dormir.Alisei o rosto dele:- Eu preciso ficar sozinha.- Não quero você triste.- Por isso quero ficar sozinha. Vou ficar triste, chorar e amanhã vou acordar feliz para o baile, garanto.- Não quero que você sofra, Ale.- Eu gostaria que fosse tão simp
- Devolva a máscara agora mesmo. – ouvi a voz firme do homem parado ao meu lado, loiro, olhos bonitos e rosto largo, másculo e muito bem barbeado.Ele usava uma máscara preta, simples e não era muito mais alto do que eu.- Pai? – ouvi ela dizendo.Assustada e ao mesmo tempo surpresa, Laura entregou-me a máscara de volta. Antes que eu pudesse colocá-la, ele a retirou das minhas mãos e olhou-a atentamente, em seguida passando os dedos de forma delicada sobre ela. Mesmo não o conhecendo, eu pude perceber dor nos olhos dele ao remeter-se à máscara.Quando percebi, Andrew estava ao meu lado e não falou nada. Só estendeu a mão e o homem entregou a máscara a ele:- Cuide para não se apaixonar a ponto de não saber mais quem é você mesmo. – os olhos dele ainda estavam na máscara.Andrew a colocou no meu rosto e virou-se para ele:- Tarde demais, Dom.Peguei a mão que Andrew me estendeu.- Peça desculpas. – Andrew falou para Laura.- Desculpe-me. – ela disse imediatamente, olhando para o pai, e
Fiquei impressionada quando chegamos no autódromo. Havia poucos expectadores. Em Alpemburg as corridas eram grandes eventos.- Eu disse que o automibilismo não é muito popular por aqui. – Andrew me falou, como se descobrisse meus pensamentos.Estávamos de mãos dadas e já vestidos para a corrida, andando entre o público e os pilotos. Corridas de carros podia não ser tão popular em Noriah, mas Andrew Chevalier era, principalmente entre as mulheres. Ele cumprimentava todos cordialmente, sabendo que era o centro das atenções.Quando chegamos ao local onde estavam os carros, a equipe dele estava a postos. Me senti um pouco despreparada ao perceber que estava praticamente só com ele ali. Foi quando vi minha McLaren Speedtail vermelha.- Andy... – falei com meu coração querendo saltar fora do peito.- Esqueci de dizer que você tem uma equipe, Chapeuzinho. Pequena, mas tem. – ele falou no meu ouvido.Foi quando vi meu avô, Sean, vindo do fundo do local. Eu não consegui enxergar nada além del