(Dallas)
— Um problema que eu vou resolver. — Ele se esquivou da pergunta, desviando os olhos azuis de mim, mas puxou minhas pernas para mais perto dele, se aninhando em meu calor.
— Posso ajudar?
— É um problema que preciso resolver sozinho. — Ele sorriu entristecido. — E você? Com quem estava falando? Sua cara não tá boa, não, Dallas.
—
(Siegfried) Dallas estava fazendo um trabalho péssimo em esconder sua tristeza e eu estava começando a odiar Renée pela forma com que tinha nos tratado. Foi a primeira vez que me senti apenas um objeto usado! — Enchi o carro de flores. — Falei com um sorriso quando entramos. — Está parecendo que vamos para um funeral. — Dallas reclamou passando o cinto. —
(Siegfried) Depois de um jantar amoroso e satisfatório, voltamos para o clube e puxamos os livros das mãos de nossos soldados para que encontrassem Sabrina nas escrituras. Viktor Rubensson era um homem muito organizado e por isso queríamos mantê-lo como diretor ou coisa parecida, mas ele precisaria amansar o ego para aceitar subordinação e o meu plano B era usar Telma, ou, Damir, como era mesmo o seu nome. Ele tinha acompanhado Viktor por tempo o suficiente para saber tudo como funcionava. (Dallas) O aeroporto da ilha é grande, mas saber com o que estávamos lidando deu muitas vantagens. Fomos direto para o guichê de embarque com as informações que Pandora havia mandado em meu celular. Pois é, ter uma irmã hacker é uma coisa ótima! Ela não apenas tinha checado boa parte da vida de Renée quando telefonei para ela — sem achar nada ruim como ela pensou que acharia, tenho que comentar! —, mas também foi capaz de rastrear as informações em segundo devido a pesquisa previamente realizada. Renée ainda estava com o celular del19
(Dallas) — Como eu disse. Não use Renée como seu escudo, porque ele não é seu objeto. — Dei passos para trás, abrindo os braços. — E pense nisso: Se você vai tomar Renée de mim, então eu já não o terei de qualquer forma. A vantagem na opção em que eu te mato, é ter o prazer de separar sua cabeça do corpo, algo que estou querendo fazer desde o primeiro dia que nos conhecemos, seu puto. Vou me recolher, boa noite. Siegfried? Não demore. — Subi as escadas, mas fiquei ali em cima ainda ouvindo-os conversar. — Caralho. — Karvel reclamou. — Sua esposa é um
(Siegfried) Desci da moto balançando os ombros para expulsar a neve da jaqueta de couro marrom escuro com interior de pele de carneiro. Estava frio, porém o clima de primavera começava a se instalar, momentos antes, o céu estava limpo e essa instabilidade me deixava irritado. Retirei o capacete encarando os olhos castanhos de Alyssa. Minha irmã estava nervosa, andando de um lado para o outro, com as bochechas vermelhas do frio. Ela parou no instante que me viu subir as pequenas escadas da entrada da mansão. — (Siegfried) — Não seja ciumento, Sieg. Karvel não é sangue do meu sangue e se eu tivesse que escolher, bem, eu espero nunca terque escolher. — Ela bate as unhas compridas na mesa, causando um sonoro dedilhar na madeira. — Fale-me mais sobre esse desejo de liberdade de Dallas. — Não sei os motivos por trás disso, ainda vou cavar mais a22
(Siegfried) Eu sabia que estava fodido antes mesmo de tirar o gelo da barba batendo a mão com as luvas no rosto. Maldita seja, Dallas! Cruzei a estrada como um louco tentando alcançá-la, porém, quando visualizei o 4x4, o veículo já estava estacionado do outro lado da rua de asfalto molhado diante da casa de paredes vermelhas, onde no porão eu havia escondido aquela putinha.Sentado na moto puxo o capacete e encaro Dallas subindo as escadas laterais da casa. Ela está segurando no corpo magro e pequeno de Jordan como se ela fosse seu maldito troféu e com a mochila velha dela em uma das mãos. A garota se cobre com a jaqueta felpuda com animal print de leopardo e os cabelos ruivos balançam atingidos pelo vento.— Dallas… — Desço da moto soltando o capacete.— Cale a boca, não quero ouvir o som da sua voz. — Cospe sua raiva toda para cima de mim, passando reto. — Vamos de carro, deixe a moto para pensarem que tem gente com ela. — Exige.Resfolego, i
(Siegfried) — ...Mas eu a reconheci na porta do bordel. Fui chamado porque ela matou um cara e eu fiz a ligação, o golpe certeiro na jugular. — Passo a mão na barba de novo, ponderando. — Só conheço uma pessoa tão mortal em seus golpes, você Dallas.— Ensinei Jordan a se defender. — Ela explica calma, mas como se tivesse um motivo maior por trás de tudo isso. — Mas e aí? Você simplesmente achou por boa ideia levá-la do bordel, colocá-la no porão de uma casa imunda e ter um relacionamento com ela? — Acusa-me apontando o dedo no meu nariz. — Quantas noites deitou-se com Jordan?— Não tínhamos um relacionamento! — Ergo as mãos para frente. — Eu não deitei!— Ah, tá bom! — Dallas não acredita. — E o que você fazia quando ia lá?— Conversar. Ver o que ela precisava! Uma vez vimos um filme no Netflix.— Você quer que eu acredite nisso?— Acredite ou vou ficar violento. — Ameaço.— Não! — Jordan fica em pé, passando por entre nós cortando o fio d