Lemi MurabakSegurei Alisson em meus braços, sentindo seu corpo frágil tremendo contra o meu peito. Seu rosto pálido e suave parecia desvanecer diante dos meus olhos, uma visão que dilacerava meu coração e acendia chamas de pânico em minha alma."Alisson", eu gritei, "Peguem quem fez isso com a minha mulher."Os gritos do povo ecoavam além do portão do castelo, misturando-se ao tumulto crescente dos guardas que corriam em nossa direção. A agitação da multidão desenfreada se infiltrava em meu ser, enquanto eu lutava para manter o foco e encontrar um refúgio para Alisson. Com passos trôpegos, levei-a para dentro do castelo, onde os funcionários, tomados pelo frenesi, se esforçavam para ajudar."Tragam um médico imediatamente! Ela foi atingida!" minha voz ecoou com desespero, cortando o ar pesado.Um frenesi de movimento se seguiu, uma confusão de vozes e passos que se entrelaçavam em meu redor. A angústia subia pela minha garganta, ameaçando sufocar-me enquanto eu depositava Alisson com
Alisson Smith"Princesa do povo?" "Sim, minha querida amiga você está em todos os lugares e as pessoas te amam?" Ele deu de ombros. "Todos dizem que você é a mulher que o mundo precisava.""Puta merda, José. Eu tô em todos os lugares."Fiquei ali, sentada na cama, com a barriga ainda dolorida pelo ferimento recente. Observava as manchetes nos jornais, as fotos em revistas e a enxurrada de artigos online, todos contando a história de Alison Smith.José, estava mais ao meu lado. Lemi estava lá fora, tentando lidar com as consequências, travando uma batalha que eu não tinha certeza se poderíamos vencer. O conselho de homens velhos e machistas havia convocado outra reunião, com suas mentes antiquadas e olhares desdenhosos, representava uma ameaça crescente para o meu marido. Eles queriam nos tirar do governo, nos calar, nos enterrar em silêncio. Na real eles nos querem fora de Karilink.No entanto, havia algo diferente no ar, uma faísca de apoio e solidariedade que eu podia sentir, mesmo
Alisson Smith "Fala vadia, finalmente consegui falar com a minha garotinha, que saudades que era a de você", meu coração acelerou. "Tá vivendo uma vida de princesa? Você vai voltar pra mim, Renata. Esse seu conto de fadas, vai ser comigo muito em breve", desliguei o telefone e joguei em cima da cama."O que foi?" José me pergunta assustado, minha cara provavelmente não era das melhores."Era ele, pensei que nunca mais fosse ouvir a voz daquele homem, agora ele sabe onde eu estou", sorri sem graça. "Ele disse que vai acabar com meu conto de fadas.""Puta merda" José levanta e anda pelo quarto. "Lemi precisa saber disso.""Não. Não, por favor. Ele está cheio de problemas, não podemos fazer isso", tento me mexer e sinto a dor em meu abdômen."Você não pode, amiga. Temos que falar…""Não, José e o assunto está encerrado."Os dias se arrastaram em uma névoa de incertezas e tensões, a sensação de claustrofobia envolvendo-me a cada respiração. Eu estava distante, presa em meu próprio mundo
Alisson Smith Eu estava paralisada, incapaz de escapar do abraço apertado de Lemi. Mesmo sentindo um pouco de dor pelo tiro que havia levado. A sensação de exposição, de ser vigiada, me corroía por dentro. As palavras amargas de Juninho ecoavam em minha mente, o peso de suas ameaças pressionando meu espírito."O que foi Alisson?"Lemi agiu rápido, tirando o celular de minhas mãos trêmulas para examinar a foto. Seus olhos escureceram com raiva ao encarar a imagem comprometedora de nós dois. Eu senti a tensão entre nós, a confiança vacilante em meu silêncio."O que é isso, Alisson?" Ele me confrontou, seu tom de voz ríspido e cheio de ansiedade."Eu recebi agora essa foto de um número desconhecido", murmurei, sentindo o calor da vergonha subindo pelo meu pescoço. Lemi rapidamente se livrou do blazer que estava sobre ele e colocou em sobre mim e nos levou para dentro, sua expressão preocupada."Isso é a primeira vez? Não pode ser a mídia ou já estaríamos na internet, é ele, não é?" Lemi
Lemi Murabak Hoje é o dia. O dia em que eu, serei coroado como o novo príncipe de Karilink. A ansiedade se mistura com a reverência que eu sinto por esta honra, e meus pensamentos estão repletos de responsabilidades que essa coroa trará consigo. Espero ser melhor para esse povo, pois os últimos anos para eles sofreram muito com Faruk, o antigo príncipe, antes de meu pai, um ditador que destruiu o país, as pessoas aqui estão morrendo nos hospitais por falta de estrutura e a fome assola as pessoas.Enquanto eu me preparo para a cerimônia, o som suave das pessoas lá fora ecoa ao longe, ecoando a importância deste momento histórico. O ar está carregado com a expectativa de um novo começo para meu reino, e eu me vejo envolvido em uma névoa de solenidade e respeito."Está quase na hora, Vossa Majestade", anuncia o Mordomo Real, com um tom solene que reflete a magnitude do momento. "Todos estão à sua espera, o povo está eufórico esperando por seu novo governante.""Pronto para ser o príncip
Capítulo 67Alisson SmithA escuridão do corredor engolia cada passo, enquanto eu, Diana, e dona Sanem seguíamos Said, nosso confiável segurança, por um caminho desconhecido dentro do castelo. O som dos gritos e tumulto lá fora ecoava pelos corredores, indicando que a invasão estava se intensificando. Meu coração batia descompassado, e a dor persistente onde o tiro que eu havia levado o tiro algumas noites atrás, tornava-se cada passo um desafio.O vestido da coroação, repleto de pedras preciosas, transformava-me em uma joalheria ambulante, uma carga pesada e incômoda em meio à confusão. Sentia a responsabilidade pesar ainda mais sobre meus ombros, pois não era apenas eu que estava em perigo; o destino de Karilink estava pendurado por um fio.Ao chegarmos a um escritório, Said, com destreza, abriu um esconderijo atrás de uma grande estante. Pegou um livro aparentemente comum, mas que revelou um portal secreto quando pressionado. O interior do esconderijo oferecia um breve alívio, mas
Alisson SmithSenti a adrenalina correr em minhas veias enquanto tirava o vestido e vestia uma roupa mais adequada para me esgueirar pelos corredores sem ser vista. José, que estava ali para cuidar de Diana e dona Sanem, insistiu em me acompanhar."José, tem certeza de que quer ir comigo? Eu preferiria que você ficasse aqui e cuidasse de Diana e dona Sanem", disse, preocupada."Alisson, se você sair daqui sozinha, todos nós vamos enlouquecer. E você precisa ajudar Lemi e Aslan", respondeu José determinado.Peguei uma arma, enquanto Diana explicava rapidamente como atirar. A tensão no ar era palpável, pois a vida de Lemi dependia de nós. Com passos silenciosos, seguimos pelo corredor, mantendo-nos alertas para qualquer sinal dos homens vestidos de preto e com máscaras.Através de um sistema de comunicação discreto, Diana fornecia as coordenadas do local, garantindo que estivéssemos um passo à frente dos inimigos. "Está tudo limpo, podem sair e seguir em direção ao escritório de Lemi",
Alisson ou RenataEu abri os olhos lentamente, ainda sentindo o enjoo e a tontura dominarem meu corpo. A visão ao meu redor era assustadora e familiar ao mesmo tempo. Eu estava dentro de um avião, mas não era um voo comum. Meus braços estavam amarrados na poltrona, restringindo meus movimentos e minha liberdade. Um sentimento de pânico tomou conta de mim quando percebi que estava sendo sequestrada novamente."Juninho, onde estamos?" perguntei, tentando manter minha voz firme, apesar do medo crescente dentro de mim.Ele sorriu de forma maléfica, como se estivesse se deliciando com meu desespero. "Estamos a caminho do nosso lar, Renata. O lugar onde você pertence."A raiva e a indignação se misturaram com o medo. Como ele ousava me considerar sua propriedade? Eu não era um objeto para ser controlado e manipulado. Eu era uma pessoa, com direitos e vontades próprias.Lembrei-me do meu passado com Juninho, dos dias sombrios em que fui mantida em cativeiro. Eu tinha conseguido escapar, Lemi