Capítulo 67Alisson SmithA escuridão do corredor engolia cada passo, enquanto eu, Diana, e dona Sanem seguíamos Said, nosso confiável segurança, por um caminho desconhecido dentro do castelo. O som dos gritos e tumulto lá fora ecoava pelos corredores, indicando que a invasão estava se intensificando. Meu coração batia descompassado, e a dor persistente onde o tiro que eu havia levado o tiro algumas noites atrás, tornava-se cada passo um desafio.O vestido da coroação, repleto de pedras preciosas, transformava-me em uma joalheria ambulante, uma carga pesada e incômoda em meio à confusão. Sentia a responsabilidade pesar ainda mais sobre meus ombros, pois não era apenas eu que estava em perigo; o destino de Karilink estava pendurado por um fio.Ao chegarmos a um escritório, Said, com destreza, abriu um esconderijo atrás de uma grande estante. Pegou um livro aparentemente comum, mas que revelou um portal secreto quando pressionado. O interior do esconderijo oferecia um breve alívio, mas
Alisson SmithSenti a adrenalina correr em minhas veias enquanto tirava o vestido e vestia uma roupa mais adequada para me esgueirar pelos corredores sem ser vista. José, que estava ali para cuidar de Diana e dona Sanem, insistiu em me acompanhar."José, tem certeza de que quer ir comigo? Eu preferiria que você ficasse aqui e cuidasse de Diana e dona Sanem", disse, preocupada."Alisson, se você sair daqui sozinha, todos nós vamos enlouquecer. E você precisa ajudar Lemi e Aslan", respondeu José determinado.Peguei uma arma, enquanto Diana explicava rapidamente como atirar. A tensão no ar era palpável, pois a vida de Lemi dependia de nós. Com passos silenciosos, seguimos pelo corredor, mantendo-nos alertas para qualquer sinal dos homens vestidos de preto e com máscaras.Através de um sistema de comunicação discreto, Diana fornecia as coordenadas do local, garantindo que estivéssemos um passo à frente dos inimigos. "Está tudo limpo, podem sair e seguir em direção ao escritório de Lemi",
Alisson ou RenataEu abri os olhos lentamente, ainda sentindo o enjoo e a tontura dominarem meu corpo. A visão ao meu redor era assustadora e familiar ao mesmo tempo. Eu estava dentro de um avião, mas não era um voo comum. Meus braços estavam amarrados na poltrona, restringindo meus movimentos e minha liberdade. Um sentimento de pânico tomou conta de mim quando percebi que estava sendo sequestrada novamente."Juninho, onde estamos?" perguntei, tentando manter minha voz firme, apesar do medo crescente dentro de mim.Ele sorriu de forma maléfica, como se estivesse se deliciando com meu desespero. "Estamos a caminho do nosso lar, Renata. O lugar onde você pertence."A raiva e a indignação se misturaram com o medo. Como ele ousava me considerar sua propriedade? Eu não era um objeto para ser controlado e manipulado. Eu era uma pessoa, com direitos e vontades próprias.Lembrei-me do meu passado com Juninho, dos dias sombrios em que fui mantida em cativeiro. Eu tinha conseguido escapar, Lemi
Alisson ou Renata“Grávida, querida. Que notícia maravilhosa”, o sorriso sarcástico e diabólico de Juninho me fez tremer.“Parabéns, vejo que o bebê é bem vindo” o médico diz a nós dois e Juninho se aproxima de mim e beija minha mão.“Eu estou muito feliz, doutor. Renata sempre foi minha e agora ela será para sempre, temos um laço muito forte agora meu amor”, o médico olhou para Juninho e franziu a testa.“Bom, vou deixar vocês sozinhos para aproveitarem a novidade”, mal sabia o médico que eu quase estava gritando para ele me levar embora com ele, mas ele se foi, me deixando com meu algoz.Ele soltou minha mão e seguiu até a janela, o silêncio que se seguiu foi ensurdecedor. Eu podia sentir o medo se infiltrando em cada poro do meu corpo, tornando-se cada vez mais palpável com cada segundo que passava. Eu não sabia o que estava se passando na cabeça dele, mas eu sabia que não era nada bom."Você nunca quis ter um filho meu, Renata?" Ele perguntou, sua voz quebrando o silêncio. "Eu amo
Alisson ou RenataA luz do entardecer banhava a grandiosa casa, dando um tom dourado aos móveis claros e modernos. Fui conduzida para dentro por Juninho, que segurava firmemente minha cintura. Ele me virou de frente para ele, nossos olhos se encontraram em um olhar intenso. Sua mão deslizava suavemente pelo meu rosto, e eu me perguntava o que se passava na mente dele naquele momento."Alisson," ele começou, sua voz baixa e carregada de emoção. "Essa criança podia ser minha, se você não tivesse fugido com aquele cara." Ele acariciou meu rosto, seus olhos nunca deixando os meus. "Tantas vezes me perguntei: Por que ela me deixou?""Juninho, eu..." Tentei interromper, mas ele continuou."Eu fui um homem bom para você, eu sei que sou excêntrico muitas vezes, e que eu estava passando dos limites com você...""Você estava me batendo, me machucando. Como eu ia ficar com você? O próximo passo era me mandar pro hospital?" Retruquei, a voz trêmula."Eu nunca faria isso com você, Renata." Ele seg
Alisson ou Renata Adormeci, exausta e confusa. A descoberta da minha gravidez, o meu sequestro, a ilha - tudo parecia um sonho estranho e distorcido. Como Lemi estaria? Ele nunca me encontraria aqui. E como eu poderia fugir de uma ilha cheia de seguranças armados até os dentes?Acordei com a sensação de alguém tocando minha pele. Abri os olhos e me assustei ao ver a mulher parada na minha frente. Ela estava me espiando. Ela era igual a mim."Somos iguais." Ela disse, um sorriso estranho em seu rosto. “Como podemos ser tão parecidas?”"Quem é você?" Perguntei, minha voz soando estranhamente fraca."Sua substituta. Eu era a Renata dele." Ela sorriu, um sorriso que não chegava aos olhos. "E agora que você voltou, eu pensei que fosse ser jogada para um canto, mas ele me chamou de volta.""Eu..." O que eu poderia dizer a essa mulher?"Eu pensei que ele não iria mais me querer, Renata. Mas eu voltei, e você é apenas um brinquedo dele. É comigo que ele sente prazer.""Você gosta dele? Eu nã
Alisson e Renata "Me solta, Zayd", eu disse, tentando me libertar de seu aperto."Alisson, por favor. Não fuja de mim", ele implorou, mas eu não podia acreditar nele. Lemi tinha razão em não confiar em Zayd. Eu acreditava que ele era um homem bom, afinal, ele já tinha levado um tiro por mim. Mas ao vê-lo ali, soube que Lemi nunca esteve errado."Alisson, eu estou aqui para cuidar de você", ele disse, mas eu não podia mais acreditar em suas palavras."Pare de mentir, eu não aguento mais suas mentiras", eu disse, sentindo a raiva e a tristeza me consumirem.Eu andei pela mata, com Zayd me seguindo. Ele parecia preocupado, mas eu não queria saber, ele havia me traído. Eu estava magoada e perdida. Eu tinha sido sequestrada por Juninho e agora estava presa numa ilha com dois homens desequilibrados."Alisson, não se mexa. Por favor", Zayd disse, mas eu não tinha intenção de obedecer."Eu não vou ficar aqui para você...", comecei a dizer, mas parei quando vi algo se mover ao meu lado.Eu es
O sol estava alto no céu, refletindo na superfície cristalina da piscina. Eu estava lá, sentada à beira, com os pés mergulhados na água, enquanto Juninho estava do outro lado do jardim, em uma reunião com seus homens. Eu podia ouvir o murmúrio de suas vozes, mas não conseguia entender o que estavam dizendo. Mas ali consegui continuar minha farsa e tentava ouvir o que eles estavam tramando.Eu me perguntava o que Juninho via em mim. Por que essa obsessão louca? Ele enfrentou um príncipe árabe por mim, arriscou tudo. Será que ele queria provar que podia ter qualquer coisa que quisesse? Ou havia algo mais? Eu não sabia, e talvez nunca soubesse.Foi então que Larissa apareceu. Ela estava usando um minúsculo biquíni, que mal cobria seu corpo. Seu rosto ainda estava roxo, um lembrete cruel do que havia acontecido entre ela e Juninho. Alguns dos homens que estavam junto com Juninho parou para observá-la. Mas ela havia tentado esconder as marcas com maquiagem, embora não tivesse sido muito be