- VOCÊ PODE DESISTIR AGORA, ou pode lutar, o resultado será o mesmo.
— Acho que ainda não me conhece.
— Sim, conheço, por isso a deusa da lua nos mandou, porque somos o povo mais forte que reside nesta floresta, os Yacurunas.
— Parece nome de comida.
— Se já acabou o estoque de piadas, podemos começar, já.
Raoni deu o primeiro passo, mas então jogaram uma rede nele.
— Hey! Pensei que iríamos lutar.
— Pensou errado, garoto, s&
A MENTE DE RAONI voltou lentamente. — Bom dia, bela adormecida. — Que bom que você está bem. — Poderia estar melhor – disse Pequena Princesa. O fogo, apesar de estar muito próximo a eles, não emitia calor algum. Arasy chegou perto deles e disse: — Estão prontos, crianças intrometidas? Gostaria de conhecessem uma amiga. Pequena Princesa não estava acreditando, ela era a última pessoa no mundo que gostaria de ver.&
RAONI FECHOU OS OLHOS quando viu a flecha sair do arco nas mãos de Arasy e aquele instante pareceu eterno. — Raoni, abra os olhos e veja... aconteceu um milagre. Raoni abriu os olhou e viu um homem branco, idoso, barba branca comprida, com roupas de hippie segurando a flecha em suas mãos. — Ô moça, esse troço é perigoso, viu!! — Sumé desgraçado, o que faz aqui depois de mais de quinhentos anos sumido? — Dando uns rolês... estava com saudades do matinho. Ele chegou bem perto dela, deu uma bela olhada como se fos
RAONI ESTAVA PUXANDO Pequena Princesa e correram até perderem o fôlego. — Quem era aquela que nos salvou? — Kia. — Kia? — Kiamunaka-manã, para você, queridinha. — Por Tupã, a deusa onça, você é mais linda pessoalmente do que as pessoas diziam. Ela ronronou de alegria, mas num instante voltou em si. — Só fiz isso por Raonizinho. — "Raonizinho"? Está
RAONI ESTAVA ABRAÇADO à sua esposa, Pequena Princesa quando ela diz: — Vocês celebram alguma coisa na selva de pedra? — Acho que celebramos tanto quanto vocês... – ele parou, pensou por um instante – hoje mesmo é noite que antecede o Natal. — Natal? — Sim, uma celebração cristã que comemora o nascimento de Jesus Cristo. — Quem é Jesus Cristo? — Segundo eles, o Filho de Deus. — Tipo você?&n
A NOITE ESTAVA TEMPESTUOSA e Raoni acordou depois de um pesadelo com Anhangá. — Está tudo bem, querido? — Claro, foi só um pesadelo. — Fazia muito tempo que não víamos uma tempestade como esta. Raoni assentiu, desde aquele dia em que foi chamado não via algo assim, ele foi até a porta de sua oca e viu um caminho luminoso de raios. — Fique aqui, já volto. Raoni seguiu o caminho, a chuva estava caindo copiosamente e no final da estrada de raios viu seu pai sentado ao redor da fogueira.&
- QUE BRINCADEIRA de mau gosto é essa? — Você acha que eu, uma deusa que conquistou a divindade, diferente da maioria de vocês que nasceram deuses viria aqui se realmente não precisasse, perderia meu tempo por puro capricho? — Você acha que quantas coisas caprichosas vi os deuses fazerem nestes meses todos? Ticê se virou para Tupã e disse: — Ele é sempre um pé-no-saco assim? — Ele vai conseguir. — Como assim "ele vai conseguir"? Não aceitei nada ainda. 
- VOCÊ ACHA QUE ESTÁ FALANDO com quem, garoto?Ele sabia naquele momento que tinha dado ruim para ele.— Quantos deuses já me desafiaram nestes meses, você é só mais uma. — Sim... sou só mais uma... Ticê sorriu satisfeita com o egocentrismo do garoto e estalou os dedos e Kiamunaka-manã apareceu. — Miauuuuuuuuu... Raonizinhooooo A deusa onça colou seu rosto ao de Raoni em sinal claro de afeição a ele. — Não acha que é apelar demais? A deusa sorriu ainda mais satisfeita vendo que o ego
- DEIXA QUE EU FALO COM ELA, tudo bem? — Miau!! Para quem é o grande guerreiro, está com medinho de uma garotinha? — Não é bem assim que funciona.— O QUE ELA ESTÁ FAZENDO AQUI? – Gritou Pequena Princesa. — Miau!!! Oi para você também... — Aff... — Calma, garotas... Amor, eu posso explicar. — Terei que fazer uma missão para o meu pai. — E desde quando você &eacut