O LOBISOMEM ESQUELÉTICO em um jogo rápido deu um chute em seu próprio irmão e se virou para Raoni e disse:
— Só tem uma única pessoa nesta floresta que poderá tirar a sua vida, Raoni, filho de Tupã, ainda mais depois do que fez com meu filho.
— Seu filho?
Então, Raoni se lembrou que tinha enfrentado outro lobisomem dias antes, Uaiuara.
— Me chamo Luison, sou o deus da morte... meu nome é a origem de tudo o que se conhece sobre lobisomens.
— E? Quer meus parabéns? Posso te mandar uma carta te parabenizando se for o cas
- QUEM DIABOS é este que vocês dois estão falando. — O protetor de toda fauna e flora das florestas. Raoni ainda estava com cara de quem não tinha a menor ideia do que eles estavam falando. — Pombero... Nesse momento um homem baixinho, horripilante, com orelhas pontudas, barba até o joelho, pés voltados para trás iguais aos do Curupira, fumando um cachimbo-cajado em forma de cobra enorme e todo desleixado entrou na caverna. — Ah! Então vocês estão aqui. — O que quer aq
RAONI TINHA TANTAS COISAS para perguntar, como havia ficado tão forte, mas sabia que ele tinha razão, era uma ameaça ambulante, pegou o carbúnculo e seguiu o curso, em pouco tempo já estava em frente a uma enorme caverna e a pedra tremia, ele só não sabia se era a pedra ou ele quem estava tremendo, seja de medo ou de emoção. Só falta mais um... só mais um...NÃO DEMOROU MUITO e Raoni chegou a uma espécie de altar, era um local com o teto da caverna aberto e Kerana estava deitada em cima da pedra e ao seu redor estava o monstro chamado Moñai. — Seja bem-vindo, Raoni, filho de Tupã. Raoni estava andando como se estivesse pisan
ARASY APARECEU SOBRE O ALTAR e bateu palmas e disse: — Parabéns, Raoni, conseguiu mais uma vez salvar o mundo. — Não me venha com ladainha. — Ladainha? A deusa dos deuses jamais fala uma “ladainha”. Ela estendeu a mão e as sete botilhas saíram do colar de Raoni e pousaram em sua mão. — Você sabe que falhou em sua missão, não é mesmo? — Como é? A deusa sorriu feliz, então
- O QUE VOCÊ ESTÁ QUERENDO AGORA, seu desgraçado? — Euuuuuuuu? Só vim fazer uma visitiiiiiiiiiinha aos amigos. — Está no lugar errado. — Ummmm deus nunca estáááááááá no lugar errado, amiguiiiiiinho – disse dando uma piscadinha – pelo jeito levaaaaaram a princesiiiiiiinha.Raoni assentiu, virou as costas e começou a andar. — Aonde você peeeeeensa que vai? — Tenho que salvar minha noiva. — Com esseeeee braço quebraaaaaado?
O XAMÃ COMEÇOU O RITUAL e uma infinidade de cores começaram a dançar sobre eles. — Ele já está aqui, se ajoelhe – disse Anhangá seriamente – não somos dignos de estarmos em sua presença. — Que merda você está fazendo? Anhangá, sem esperar, jogou o garoto no chão que caiu sobre o braço quebrado e urrou de dor. — Não é necessário estas formalidades com meu neto, Anhangá. — O senhor é o deus dos deuses, merece toda a nossa veneração, até mesmo deste pirralho que teve
RAONI OLHOU PARA A LUA, respirou fundo e apontou seu arco para uma nuvem na esperança que que algo acontecesse. Ao ser acertada pela flecha, uma nuvem desceu até ele e viu um homem com asas sentada nela. — Quanto tempo, grande guerreiro. — É verdade que pode me guiar até Pequena Princesa? — Depende. — Depende de que? — Se você a ama de verdade. — Mas que pergunta estúpida.
RAONI ESTAVA ANDANDO pela mata adentro sendo acompanhado por Anhangá. — É a primeira vez que fazemos uma caminhada juntos. — Nãoooo é que euuuu gosteeeee. — Que merda, hein... poderia não falar cantando? — Claroooo, mas é imposííííível ouvir uma bela canção e não cantaaaaar. De repente, Raoni também ouviu a canção. — Não é algo muito comum ouvir algo assim por aqui. &
RAONI OLHOU E RECONHECERIA aquela flauta em qualquer lugar do mundo, era a sua primeira aventura naquele lugar. — Akuanduba? O deus sorriu. — Prazer em conhecê-lo, e gostaria de te agradecer por ter me devolvido a flauta. — Aquilo não foi nada. — Para mim foi muito. — Então foi você que me ajudou? — Sim... minha missão é ajudar as pessoas boas, quando algo de ruim e fora da ordem acontece, tenho a obrigação de tocar minha flauta e aj