RAONI ESTAVA ANDANDO pela mata adentro sendo acompanhado por Anhangá.
— É a primeira vez que fazemos uma caminhada juntos.
— Nãoooo é que euuuu gosteeeee.
— Que merda, hein... poderia não falar cantando?
— Claroooo, mas é imposííííível ouvir uma bela canção e não cantaaaaar.
De repente, Raoni também ouviu a canção.
— Não é algo muito comum ouvir algo assim por aqui.
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RAONI OLHOU E RECONHECERIA aquela flauta em qualquer lugar do mundo, era a sua primeira aventura naquele lugar. — Akuanduba? O deus sorriu. — Prazer em conhecê-lo, e gostaria de te agradecer por ter me devolvido a flauta. — Aquilo não foi nada. — Para mim foi muito. — Então foi você que me ajudou? — Sim... minha missão é ajudar as pessoas boas, quando algo de ruim e fora da ordem acontece, tenho a obrigação de tocar minha flauta e aj
CAPELOBO TENTOU NOVAMENTE avançar sobre Raoni quando foi interceptado por uma criatura metade mulher metade onça. — Ah! Não, você não garota, deixa eu comê-lo em paz. A mulher olhou para Raoni e começou a ronronar e passar o rosto dela em seu rosto como um gato faz quando quer carinho. — Miau... deixa que eu me viro com ele. — Desculpa... acho que seria injusto deixá-la sozinha com ele. — Ah!!! Miau, além de lindo é um cavalheiro. Raoni se sentiu um pouquinho sem graça.&n
— AINDA BEM QUE ME LIVREI daquela doida. Foi então que Raoni ouviu um barulho de água escorrendo e percebeu que estava com sede depois de horas andando mata adentro. — Deve ter alguma nascente por aqui. Mas um filete de água azul cristalino caia de sobre a árvore. Mas que porra é essa? — Ah! Meu são Tupã... – disse uma voz aguda e grasnada – tirar água do joelho deveria ser uma das novas maravilhas do mundo. Quando Raoni deu por si, estava cercado por caititus, foi então que ele ouviu a risada mais f
RAONI ESTAVA SENDO GUIADO pelo muiraquitã quando chegaram às margens do rio. — Temos que achar um jeito de atravessar. — Se encontrássemos Honorato, provavelmente nos ajudaria. — Honorato? — Sim... é também conhecido como Boiúna, a cobra preta gigante, só há um porém, dois na verdade. — Como assim? — Honorato tem uma irmã gêmea chamada Maria, um ser do mal que quebra embarcações para os devorar, mas hoje é noite de lua cheia, então ele est&aacut
- ACHO QUE ESTAMOS perto da Andirá. — Miau, aquele lugar me dá arrepios. — Que tipo de lugar é aquele? — Miau!!! É o Altar da deusa da lua, Arasy. — Mas eu já passei pelo altar dela. — Não... miau, o altar dela que toca todos os lugares do mundo. — Que merda, hein. — Dizem que o fogo que emana daquela árvore durante a noite vem diretamente do submundo. —  
- VOCÊ PODE DESISTIR AGORA, ou pode lutar, o resultado será o mesmo. — Acho que ainda não me conhece. — Sim, conheço, por isso a deusa da lua nos mandou, porque somos o povo mais forte que reside nesta floresta, os Yacurunas. — Parece nome de comida. — Se já acabou o estoque de piadas, podemos começar, já. Raoni deu o primeiro passo, mas então jogaram uma rede nele. — Hey! Pensei que iríamos lutar. — Pensou errado, garoto, s&
A MENTE DE RAONI voltou lentamente. — Bom dia, bela adormecida. — Que bom que você está bem. — Poderia estar melhor – disse Pequena Princesa. O fogo, apesar de estar muito próximo a eles, não emitia calor algum. Arasy chegou perto deles e disse: — Estão prontos, crianças intrometidas? Gostaria de conhecessem uma amiga. Pequena Princesa não estava acreditando, ela era a última pessoa no mundo que gostaria de ver.&
RAONI FECHOU OS OLHOS quando viu a flecha sair do arco nas mãos de Arasy e aquele instante pareceu eterno. — Raoni, abra os olhos e veja... aconteceu um milagre. Raoni abriu os olhou e viu um homem branco, idoso, barba branca comprida, com roupas de hippie segurando a flecha em suas mãos. — Ô moça, esse troço é perigoso, viu!! — Sumé desgraçado, o que faz aqui depois de mais de quinhentos anos sumido? — Dando uns rolês... estava com saudades do matinho. Ele chegou bem perto dela, deu uma bela olhada como se fos