- O QUE VOCÊ ESTÁ QUERENDO AGORA, seu desgraçado?
— Euuuuuuuu? Só vim fazer uma visitiiiiiiiiiinha aos amigos.
— Está no lugar errado.
— Ummmm deus nunca estáááááááá no lugar errado, amiguiiiiiinho – disse dando uma piscadinha – pelo jeito levaaaaaram a princesiiiiiiinha.
Raoni assentiu, virou as costas e começou a andar.
— Aonde você peeeeeensa que vai?
— Tenho que salvar minha noiva.
— Com esseeeee braço quebraaaaaado?
O XAMÃ COMEÇOU O RITUAL e uma infinidade de cores começaram a dançar sobre eles. — Ele já está aqui, se ajoelhe – disse Anhangá seriamente – não somos dignos de estarmos em sua presença. — Que merda você está fazendo? Anhangá, sem esperar, jogou o garoto no chão que caiu sobre o braço quebrado e urrou de dor. — Não é necessário estas formalidades com meu neto, Anhangá. — O senhor é o deus dos deuses, merece toda a nossa veneração, até mesmo deste pirralho que teve
RAONI OLHOU PARA A LUA, respirou fundo e apontou seu arco para uma nuvem na esperança que que algo acontecesse. Ao ser acertada pela flecha, uma nuvem desceu até ele e viu um homem com asas sentada nela. — Quanto tempo, grande guerreiro. — É verdade que pode me guiar até Pequena Princesa? — Depende. — Depende de que? — Se você a ama de verdade. — Mas que pergunta estúpida.
RAONI ESTAVA ANDANDO pela mata adentro sendo acompanhado por Anhangá. — É a primeira vez que fazemos uma caminhada juntos. — Nãoooo é que euuuu gosteeeee. — Que merda, hein... poderia não falar cantando? — Claroooo, mas é imposííííível ouvir uma bela canção e não cantaaaaar. De repente, Raoni também ouviu a canção. — Não é algo muito comum ouvir algo assim por aqui. &
RAONI OLHOU E RECONHECERIA aquela flauta em qualquer lugar do mundo, era a sua primeira aventura naquele lugar. — Akuanduba? O deus sorriu. — Prazer em conhecê-lo, e gostaria de te agradecer por ter me devolvido a flauta. — Aquilo não foi nada. — Para mim foi muito. — Então foi você que me ajudou? — Sim... minha missão é ajudar as pessoas boas, quando algo de ruim e fora da ordem acontece, tenho a obrigação de tocar minha flauta e aj
CAPELOBO TENTOU NOVAMENTE avançar sobre Raoni quando foi interceptado por uma criatura metade mulher metade onça. — Ah! Não, você não garota, deixa eu comê-lo em paz. A mulher olhou para Raoni e começou a ronronar e passar o rosto dela em seu rosto como um gato faz quando quer carinho. — Miau... deixa que eu me viro com ele. — Desculpa... acho que seria injusto deixá-la sozinha com ele. — Ah!!! Miau, além de lindo é um cavalheiro. Raoni se sentiu um pouquinho sem graça.&n
— AINDA BEM QUE ME LIVREI daquela doida. Foi então que Raoni ouviu um barulho de água escorrendo e percebeu que estava com sede depois de horas andando mata adentro. — Deve ter alguma nascente por aqui. Mas um filete de água azul cristalino caia de sobre a árvore. Mas que porra é essa? — Ah! Meu são Tupã... – disse uma voz aguda e grasnada – tirar água do joelho deveria ser uma das novas maravilhas do mundo. Quando Raoni deu por si, estava cercado por caititus, foi então que ele ouviu a risada mais f
RAONI ESTAVA SENDO GUIADO pelo muiraquitã quando chegaram às margens do rio. — Temos que achar um jeito de atravessar. — Se encontrássemos Honorato, provavelmente nos ajudaria. — Honorato? — Sim... é também conhecido como Boiúna, a cobra preta gigante, só há um porém, dois na verdade. — Como assim? — Honorato tem uma irmã gêmea chamada Maria, um ser do mal que quebra embarcações para os devorar, mas hoje é noite de lua cheia, então ele est&aacut
- ACHO QUE ESTAMOS perto da Andirá. — Miau, aquele lugar me dá arrepios. — Que tipo de lugar é aquele? — Miau!!! É o Altar da deusa da lua, Arasy. — Mas eu já passei pelo altar dela. — Não... miau, o altar dela que toca todos os lugares do mundo. — Que merda, hein. — Dizem que o fogo que emana daquela árvore durante a noite vem diretamente do submundo. —