RAONI ENTROU DA SALA de Yebá e não tinha ninguém por lá.
Ele correu e ao chegar na entrada da caverna de quartzo no meio da tribo, estava tendo uma festa, e no meio dela estava Pequena Princesa, atrás dele estava um trono em que Anhangá estava assentado segurando a Flauta de Akuanduba.
— Enfim, nosso convidado chegou.
— Seu desgraçado, solte-a.
Anhangá fez sinal e uma amazona trouxe a pequena criança da qual se desfez como fumaça.
— Vocêêêê acrediiiiiiita em tuuuuudo o que vê, graaaaaaaande guerreeeeeeiro, um ser superiooooooor como eeeeu, que t
OS TRÊS CHEGARAM ATÉ A ÁRVORE e Raoni tocou a flauta de Akuanduba e as nuvens começaram a se mover rapidamente e eles regressaram sete dias, após as nuvens se aquietarem, seu pai disse: — Você tem duas escolhas filho, pode comer o fruto e ter a vida eterna, ou pode levar o fruto para sua mãe e ela sobreviverá. — Ela sobreviverá. Tupã sorriu satisfeito. E o fruto flutuou suavemente até assentar-se em sua mão. — Tenho orgulho de chamá-lo de filho, vocês serão muito felizes. Um trov&at
RAONI TEVE EXATOS SETE DIAS para descansar depois de sua primeira grande aventura na floresta, quando o xamã o chamou em sua tenda. Ele entrou e viu Pequena Princesa ajoelhada ao lado do pai. — Sente-se, Grande Guerreiro. Raoni assentiu. — Sabe que o casamento é uma celebração sagrada para nós, entendo perfeitamente que ainda não está à par de todas as nossas tradições e costumes, mas você e minha filha já concretizaram alguns pontos, é do desejo dela — ela deu um leve sorriso para ele – então, devemos dar à ela um presente digno da esposa do
AONI E PEQUENA PRINCESA estavam no centro do círculo com toda a tribo ao redor, os tambores rufando de alegria, todas as pessoas gritavam os cânticos cerimoniais que há centenas de anos seus ancestrais entoavam para celebrar a união entre duas pessoas. — Parece até um sonho, sabia? Raoni sorriu de volta, pois era um sonho compartilhado. — Eu que o diga... Foi então que algo completamente inesperado aconteceu, uma atmosfera diferente se formou ao redor de Raoni. — Droga... mas o que diabos está acontecendo? – Disse Raoni percebendo que o clima estava completamente diferente, mas ele já
- MAS O QUE DIABOS você está querendo agora, seu desgraçado? Anhangá sorriu. — Digamos que temos algumas "coisiiiinhas em comum para acertaaaaaaarmos. — Não tenho nada a acertar contigo, na minha opinião isso ainda é obra sua, o que quer que tenha acontecido. — Que indelicadeza da sua parte, isso foi muuuuuuuuito deselegante... Se fosse você, não diriiiiiiiia isso... posso salvar a sua pele uma hora ou outra se trabalharmos juuuuuuntos. Raoni olhou para o deus trapaceiro que lhe voltou num sorriso diabólico, era sem sombra de dúvidas a pessoa menos confiável de t
RAONI ESTAVA CAÇANDO quando conseguiu abater um veado. "Desgraçado... – pensou Raoni – esse maldito parece o Anhangá, vai ser difícil de engolir isso..." — Talvez... é porque "sou" o Anhangá... – disse o veado ganhando temporariamente vida. Raoni deu um pulo para trás. — Mas que inferno!!! — Alguns me chaaaaamam de reeeeeeeei do infeeeeerno também. — Cara, dá o fora daqui. 
- BASICAMEEEEEEENTE, A MISSÃO de vocês é resgatar o Boitatá, Curupira, Caipora e Saci, como podem percebeeeeeer, já sentimos na prática que o desmatamento, queimadas e caças aumentaram, isso ééééééé reflexo da prisão deles. Uaiuara sentou-se perto de Raoni e disse: — Posso só pedir um favorzinho, Anhangá. — Claaaaaro!!! — Sai desse veado que estou com fome, e ver a tua cara feia nele está deixando tudo pior do que já é. Anhangá olhou para Raoni que assentiu com o porco.<
OS DOIS ESTAVAM EMPANTURRADOS e vendo as estrelas enquanto o fogo crepitava. — Você sabe o porquê que isso tudo está acontecendo, Uai? — Oinc... Ganância... o poder corrompe as pessoas. — Mesmo os deuses? — Principalmente os deuses... Oinc... no fim, tudo gira em torno do que eles querem ou deixam de querer. — Para mim é muito estranho tudo isso, alguém querer destruir as florestas e os animais somente por poder. — Oinc... Provavelmente você foi o escolhido menos gana
- PELO JEITO, ENFIM CHEGOU a ajuda do Anhangá – disse Uaiuara. — Quem é você? – Disseram o porco e Raoni juntos, mas o porco acrescentou o oinc na frase. O ser que fingia ser o porco de Curupira olhou para a lua e percebeu que já era muito próximo da meia-noite. — Meu nome vocês já conhecem. Ele pulou por cima de Raoni e pousou em um galho, suas feições suínas se transformaram em feições caninas misturadas com humana. — Uaiuara!!! – Rosnou o porco.&nbs