Após um longo banho frio, Ares saiu do banheiro com uma toalha branca em volta da cintura. Ele caminhou lentamente até a mesa onde ficava o notebook, tablet, ipad e três celulares. O mafioso pegou o cigarro de maconha dentro da caixa de metal, e acendeu com o isqueiro Zippo que tinha uma caveira em alto relevo.
Soltando a fumaça lentamente, observou a praia com suas ondas constantes e rítmicas. Além de Miami ser o palco de maior venda de drogas, também tinha as mais belas praias do mundo com águas de cor azul-turquesa, areias brancas, hotéis e casas noturnas famosas. Ares era dono de tudo. Praias, hotéis, bares e restaurantes. Ao assumir os negócios do pai há cinco anos atrás, ele não precisou começar do zero, já era um herdeiro bilionário que expandiu os negócios para além da bela Miami, tendo conquistado territórios em Nova York, Los Angeles (Califórnia), Chicago (Illinois), Houston (Texas), Phoenix (Arizona), Filadélfia (Pensilvânia), Columbus (Ohio) e Seattle (Washington). Crime organizado, alto escalão da polícia, políticos influentes, líderes religiosos que vestiam batina para cometer as maiores atrocidades, emissoras de tv e fundadores de aplicativos; tudo estava conectado para manter o povo na ignorância, e o poder nas mãos de homens que acreditavam ser o próprio Deus. No caso de Ares, seu treinamento teve início no seu aniversário de sete anos. Ele era fluente em Italiano, Francês, Espanhol, Alemão, Russo, Japonês e Português. Ele conhecia e sabia usar todas as armas existentes no mundo, assim como também conhecia todas as drogas e suas finalidades. Entendia de carros e aviões, e sabia o código de todas as máfias. A Cosa Nostra Americana, a Máfia Italiana, a Máfia Russa, a Yakuza, a Camorra, a Ndrangheta, entre outras. O conhecimento foi chegando na sua vida como aquelas ondas constantes e ele se tornou o que era: Dono de uma mente brilhante sempre engatilhada. Ascender ao poder foi fácil. Se manter nele que era difícil com tantos inimigos ao redor do mundo. Por isso, era imprescindível ter Lucas como o seu braço direito. O que estava prestes a fazer, deixou Ares apático. Ele respirou fundo, deu um último trago no cigarro e apagou com a ponta dos dedos. A decisão estava tomada, e ele apenas ligou para o Conselheiro para notificá-lo. - Minha paciência com o Lucas acabou. O homem de cinquenta anos observou a cela onde esteve preso nos últimos anos e deu um suspiro pesaroso. Apesar de estar entre quatro paredes, ele tinha todos os aparelhos de última geração, que lhe permitiam monitorar os passos dos mais de 600 mafiosos que estavam sob o comando de Ares em várias partes do mundo. - Você quer extrair o pior dele. É algo muito arriscado porque ele também tem o seu sangue. - Eu cansei da insolência dele. - E se ele se voltar contra você? Ares já tinha pensado nas consequências. - Eu não terei misericórdia. O Conselheiro observou o telão na parede em frente a cama onde ele estava em pé apesar das dores físicas. - Qual a minha função, Ares? Esse título não serve para mim. Você não precisa de mim. Me tira desse sofrimento. Ares sorriu torto para a câmera do notebook. - Eu gosto de ver você morrendo aos poucos. Eu gosto de saber que todo o meu sofrimento está tendo uma espécie de compensação. O Conselheiro esboçou um sorriso triste com os dentes amarelos pelos compostos tóxicos presentes no cigarro que era a sua única companhia. - Isso não faz de você um líder. Isso faz de você um menino mimado. Quanto ao Lucas, ele pode ser o seu aliado, ou o seu pior inimigo. Ele conhece as suas fraquezas. Ares riu divertido. - Eu não tenho fraquezas. - Cinco homens vigiando uma garota, isso é novidade para mim. Boa sorte com o seu irmão. Assim que você tirar sangue dele, a homossexualidade dele, será a última das suas preocupações. - Ele vai aprender pela dor. Assim como eu aprendi. Eu nunca vi algo selvagem ter pena de si mesmo. Lucas vai me agradecer algum dia por fazer dele um homem. A transmissão foi encerrada. Lucas estava apreensivo. Aquela noite parecia estar mais silenciosa do que as outras, exceto pelo barulho das ondas do mar, algo maior parecia estar à espreita. Todos seus erros inadmissíveis pareciam estar expostos por todos os lados. Ele pulou na cama de casal quando a porta do quarto foi aberta, e puxou o edredom preto até o queixo como se aquilo pudesse protegê-lo da ira do Diabo. No entanto, era Dominic, com a mesma feição sombria no rosto negro e lindo. - Cadê a minha cueca? - Eu não vi. O Chefe de segurança foi até os pés da cama e colocou as mãos na cintura. A luminária acesa lhe deu uma forma fantasmagórica. - O fato de eu interceder por você, não significa que eu vou te comer um dia. O meu trabalho aqui, às vezes, é evitar uma guerra entre irmãos. Quando o Ares surta, é o meu rabo que está na reta. E acredite em mim, não é tarefa fácil acalmar a fera. Lucas engoliu em seco após o milésimo fora de Dominic. Inadmissível era ele morrer sem jamais sentar naquele homem. Há mais de dez anos na família, cinco como Chefe de segurança, Dominic ainda o via como um garotinho mimado e pirracento. - Por que ele não pode entender e aceitar que eu não quero fazer parte dessa podridão? - Porque ele é o seu irmão mais velho. Você apenas obedece. Você não pode questionar as ordens do seu Chefe. Fazer isso é colocar a autoridade dele em jogo. Além de ser um erro, só deixa Ares mais furioso do que ele já é. Lucas revirou os olhos azuis. - A sua lealdade ao meu irmão é tocante. - O pai de vocês me treinou para protegê-los até mesmo um do outro. Eu fiz o melhor que pude, mas receio não poder fazer mais nada diante do inevitável. Lucas ponderou por alguns segundos enquanto Dominic procurava e achava meia dúzia das suas cuecas. Como um cavaleiro do apocalipse, Ares entrou no quarto com um pijama de seda preto, acendeu a luz e fechou a porta. Dominic viu a bandeja de metal com os objetos pontiagudos e perfurantes. O seu coração errou a batida. Ele fez menção de abrir a boca. Um olhar o fuzilou. Lucas não implorou por misericórdia. Todos os seus erros tinham o levado exatamente para aquele momento. O embate que faria as trevas se abater sobre a Família Potter. - Que espécie de Don eu seria se não disciplinasse o meu próprio irmãozinho? A pergunta em tom de deboche foi acompanhada de um sorriso sádico. Suando muito, Sara deu um pulo na cama. Um sonho erótico e selvagem a fez constatar que estava com a calcinha molhada. Vestindo uma fina camisola de algodão branca, ela esperou as batidas do seu coração diminuírem para ir atrás de um copo de água gelada. Anna Galtier era uma médica neurologista que teve a sua licença suspensa por tratar pacientes com Alzheimer com doses de Canabidiol. Ela morava em uma colina nos arredores de Nova York, e atendia a domicílio pessoas que acreditavam que seus entes queridos deveriam fazer o tratamento experimental ainda não autorizado. Canabidiol (CBD) era um componente da maconha, que era ilegal nos Estados Unidos em nível federal. No entanto, alguns estados permitiam o uso medicinal da maconha. Sara sabia que seu pai e a médica de 40 anos, a mesma idade dele, eram mais do que grandes amigos. Anna sorriu ao vê-la entrando na cozinha às cinco horas da manhã. - Noite difícil, querida? - Um pouco. Eu lamento ter envolvido você nisso. A médica riu sorvendo um gole de café quente, forte e sem açúcar. - Bobagem. O seu pai só precisava de uma desculpa para se enfiar na minha cama. Sara sorriu de volta pegando a água, e sentando na mesa de frente para a médica alta, magra, de pele escura, cabelo Chanel, olhos negros e sorriso gentil. Anna era linda e não aparentava já ter feito 40 anos. - Os homens do Ares estão aí fora. Seu pai quer usar a passagem secreta por baixo das colinas para te levar para Long Beach. Sara revirou os olhos negros. - Exagero do meu pai. A essa hora, Ares nem deve se lembrar de mim e da minha língua solta. Anna respirou fundo e inalou a brisa marítima. Em seguida, suspirou com pesar antes de dizer resignada: - Fugir não é uma opção. Ares Potter tem soldados em todos os lugares. A merda já foi feita. O que ele não podia era ter te visto. Sara franziu a testa ainda suada. - E que raios ele iria querer com uma garota como eu?! - Homens poderosos têm tudo o que querem em um estalar de dedos. Ao meu ver, é uma vida bem sem graça. A diversão só acontece para eles quando encontram alguém que não se submete às suas ordens. E quando uma afronta surge de uma bonequinha igual a você, o inferno faz festa. Sara debochou de volta. - Obrigada. Isso foi muito reconfortante. Anna sorriu, porém, disse séria: - O seu pai te mantém debaixo das asas dele igual a um gavião e ele não está errado. Só que agora, vocês não estão mais em um lindo jardim florido. Sara respirou fundo olhando pela janela. Em volta da Dark Shadow, os homens riam e fumavam enquanto o sol nascia. - Estamos na selva? - Exatamente. O perigo agora é real. Pensativa, Sara perguntou: - Que tal oferecer um café da manhã com um pouco das suas ervas medicinais? De preferência, as sedativas? Anna riu. - Boa garota. Eu já tentei e eles disseram que não tem permissão nem mesmo para beberem um copo de água. E se o seu pai solicitar reforços, vão executar o plano B que eu não quero nem saber o que significa. Confusa, Sara negou com a cabeça. - O que levam homens a seguirem Ares tão cegamente? Dinheiro? Privilégios? Medo da morte? O quê? A médica neurologista respondeu o óbvio: - Fanatismo, querida. O sobrenome Potter é para o mundo o que a igreja é para os cristãos: A cegueira. Sara viu que o pai ainda dormia após ficar acordado até tarde e voltou para o quarto. Um iPhone rosa tinha aparecido sobre a cama. Ela correu para trancar a janela e sentou em meio aos lençóis. O papel de parede era um brasão de um leão rugindo em preto e dourado. Uma mensagem. "Coloque uma roupa decente. Eu não gosto da forma como os seus mamilos salientes marcam a sua camisola." Outra mensagem. "Depois que o seu pai fizer um serviço para mim, e ele vai fazer, você vai me pagar pela sua insolência. Eu espero que você aprecie a minha coleção de algemas e chicotes." Em pânico, Sara jogou o iPhone sobre a cama. Então, ela descobriu que a vida toda esteve no paraíso. Os portões do inferno estavam prestes a se abrirem para ela.Morto por dentro após a sessão brutal de tortura física e psicológica, Lucas liderou a invasão ao galpão da polícia de Nova Jersey, onde estava apreendida meia tonelada de cocaína pertencente a um traficante rival chamado Snake (Cobra).Três vigilantes noturnos que não ofereceram resistência a invasão, foram rendidos, algemados, amordaçados e vendados. Mesmo com as câmeras desligadas, a equipe de seis homens incluindo Gabriel, usava preto da cabeça aos pés, capuz e fuzis. Dois vigilantes que dispararam foram mortos por Lucas com tiros na cabeça. A sua expressão era serena enquanto os homens levavam a droga do galpão para o furgão. Uma fina garoa caía na madrugada, e o mafioso acendeu um cigarro enquanto mantinha os olhos atentos na operação.Gabriel se aproximou com sangue nos olhos e uma mala de couro preto.- Ele vai armar para mim, não é?Impassível, Lucas manteve os olhos azuis na entrada e saída do depósito onde o portão eletrônico estava parcialmente aberto. Ele disse secamente
Fragilizada, Sara não deu importância para o assédio que ela estava sofrendo. Sentada sobre as coxas musculosas de Ares, ela manteve os braços abaixados e as mãos em concha sobre o colo. O vestido rosa bebê estava todo amassado, ela precisava de um banho e não tinha roupas.Virgem aos dezoito anos, Sara não tinha muita noção das reações que o toque físico de um homem poderia despertar em uma mulher. Ela respirou fundo, sentindo a brisa fresca que entrava pela varanda com as portas corrediças de vidro abertas. O lugar parecia o paraíso com sol, céu azul, mar azul turquesa, areia branca e um cheiro agradável de maresia.Ares continuava com um braço em volta da sua cintura para mantê-la no lugar, e sob o seu domínio impiedoso. Com a mão direita, ele a acariciava no braço e na coxa com movimentos firmes. Seus lábios carnudos e quentes, a beijavam no rosto e pescoço. Vez ou outra, ele soltava um rosnado baixo e rouco.Em baixo dela, Sara sentia a ereção dele que pulsava e parecia cada vez
No fim da tarde, ao pôr do sol exuberante, Sara viu a quantidade de carros de luxo que começaram a chegar na mansão com homens de terno, gravata e óculos escuros. Todos exalando riqueza, poder e influência.Perdida em um mundo novo e desconhecido que ela não entendia, exceto por Ares ser a autoridade suprema, e suas ordens por mais nojentas que fossem, não serem questionadas, Sara ficou no canto, observando a movimentação.Um buffet extravagante foi servido após a cerimônia de casamento civil e religiosa. Garçons uniformizados de preto e branco andavam pelo salão de festas que ficava no terraço com vista para o mar. Os convidados pareciam muito felizes com a união de Lucas e um ex-policial veterano, condecorado por atos heróicos durante os anos em que trabalhou nas ruas de Nova York. Para Ares foi uma espécie de troféu casar o irmão com um policial. O pedido de demissão do seu pai já tinha sido enviado para o Departamento de Polícia, e foi prontamente atendido por ter sido um pedido
Dominic tinha um olhar vazio e distante em pé no salão de festas, olhando para o que tinha sobrado do bolo de casamento de cinco andares de Lucas. Passava das três horas da manhã, e ele apenas ficou lá sozinho, e perdido em pensamentos. Ele teve tantas oportunidades, e deixou todas elas passarem. Desde que foi dado para Dante Potter para saldar uma dívida de drogas do seu pai, Dominic soube que teria um futuro melhor se tornando uma peça fundamental dentro da organização criminosa. Treinado até a exaustão física e mental, ele conseguiu o tão cobiçado cargo de Chefe de segurança de Ares. Dinheiro e bens materiais não eram mais problemas para um garoto negro de origem pobre, nascido e criado no Bronx, e com várias passagens pela cadeia por assalto a mão armada.Na Família Potter, Dominic teve a sua chance de ter coisas que a pobreza e a falta de oportunidade nunca lhe dariam, como casas e carros de luxo que ele podia usufruir nas férias uma vez por ano. Por isso, ele manteve seus sen
A noite de núpcias...Lucas entrou no seu quarto que ficava de frente para a praia, esperou Gabriel entrar e fechou a porta. Bêbado, ele zombou:- Você deveria ter me pego no colo.- Nós não somos um casal.- Ah, nós somos sim, Gabe. E a certidão de casamento prova isso.O quarto grande estava parcialmente iluminado pela lua, e um vento ameno entrava pela porta de vidro aberta para a varanda, agitando as cortinas brancas. Sobre a cama de casal forrada com um edredom branco, havia uma garrafa de champanhe dentro de um balde com gelo. Conhecendo o irmão, Lucas sabia que a bebida mesmo lacrada, estava batizada. Gabriel tirou a gravata borboleta, jogou na cama e abriu os primeiros botões da camisa social branca. Ele usou os pés para tirar os sapatos, e foi até a varanda, colocando as mãos nos bolsos frontais da calça social preta, respirou profundamente. Anna estava morta e aquilo ainda não parecia real. Na verdade, tudo aquilo parecia ser um pesadelo sem fim e devastador. Um único home
De banho tomado, cabelos soltos e úmidos, com um vestido Louis Vuitton preto básico e curto, Sara passou gloss nos lábios, sorriu e pegou um perfume Dior que ela borrifou atrás das orelhas e nos pulsos. Com cheiro de rica, ela deu uma última olhada no espelho e foi até a porta.- No momento eu não me sinto segura para abrir essa porta. Por favor, se acalme primeiro.Furioso, Ares cerrou os punhos.- Eu não quero me acalmar, caralho! Abre essa porta sua pirralha filha da puta!Revirando os olhos, Sara constatou que ela precisava fazer as unhas. As aulas também iriam começar em breve, e ela tinha que ir até Nova York pegar alguns materiais que iria aproveitar no último ano da escola. Com tantas coisas para fazer, e ela presa ali por causa de um idiota que se achava dono dela e do resto do mundo.Objetivo: Desprezar Ares Potter.Dificuldade: A beleza surreal dele.- Eu falo isso para o seu próprio bem, Ares. Você não vai querer me machucar em um momento de fraqueza.O mafioso ficou céti
Luther sabia que não poderia voltar sem a gata que ele não perguntou o nome. Mas ele também não precisava de um nome, ele era um exímio rastreador, e começou as buscas pelas redondezas com uma equipe de seis homens naquela tarde fria e cinzenta em Nova York. Sara era aluna da Trinity School, uma escola cristã particular e uma das melhores da cidade. Trabalhando para Ares em Nova York, o mafioso viu a sua chance de subir de nível. Sair dos pontos de venda de drogas, e integrar a equipe de segurança da garota que mais parecia uma bonequinha de tão linda e perfeita. Aquela era a chance da sua vida. Olhando pela janela e tomando um chá de erva cidreira para acalmar os ânimos, Sara fechou os olhos negros ao ser abraçada por trás. Do lado de fora da casa haviam três Dark Shadow e dez homens armados com fuzis. Ela descobriu que todos os seguranças tinham que usar terno e gravata obrigatoriamente. Ares prezava pela aparência e postura altiva dos seus homens. Era um exército de elite. -
O depósito com ar condicionado tinha dezenas de prateleiras que se erguiam do chão de porcelanato preto até o teto de gesso branco. O estoque era composto por bebidas fermentadas, fermento-destiladas e misturadas. Incluindo Whisky, Gin, Vodka, Cerveja, Vinho, Tequila e Energéticos. Também tinha os acompanhamentos para os coquetéis; água, suco e refrigerante, além de drogas e armas de última geração.No centro havia uma mesa de madeira no formato retangular com tampo de vidro e cadeiras de couro preto. A luz estava baixa, dando ao ambiente um aspecto agradável e ao mesmo tempo aconchegante. Se Lucas tinha em mente que Gabriel era um soca fofo, sua primeira impressão começou a se dissipar enquanto os dois se beijavam, se esfregavam e trocavam carícias.O marido estava com vontade, o puxando pela cintura com força, se entregando ao beijo úmido e quente, e soltando gemidos quase igual a um animal enjaulado. Lucas espalmou as mãos no rosto de Gabriel e disse ofegante com os lábios úmido