O sol começava a pintar o céu com tons alaranjados quando Rolf cruzou os portões do Reino do Norte. Filho de Magnus Gormsson e representante do Reino do Vento, ele trazia consigo não apenas uma missão diplomática, mas também o peso de um segredo poderoso: a habilidade oculta de controlar os movimentos de seus oponentes, transformando-os em meros fantoches em suas mãos. Apesar de habilidoso no campo de batalha, Rolf preferia a estratégia à violência, mantendo seu dom nas sombras, onde ninguém poderia prever sua força.
À medida que se aproximava das muralhas imponentes do castelo, uma mistura de rusticidade e engenhosidade chamou sua atenção. Eram selvagens, sim, mas não meros bárbaros. Havia sabedoria em suas construções, um eco dos renegados das cinco nações que haviam se juntado a eles ao longo dos anos, trazendo conhecimentos que moldaram a cultura do Norte.
Montado em seu cavalo branco, Rolf avistou a guardiã da entrada: uma mulher impressionante, de beleza feroz e presença magnética. Ela se destacava, usando apenas uma pele que cobria os seios e uma saia de couro que realçava suas pernas torneadas. Seus olhos carregavam uma mistura de desafio e curiosidade.
— Bom dia, venho falar com o rei Ragnar — anunciou ele, desmontando do cavalo com uma reverência educada.
A mulher, que mais tarde ele descobriria ser chamada Thyra, lançou-lhe um sorriso provocador, percorrendo-o com um olhar que parecia despir sua alma.
— Você parece um daqueles almofadinhas da realeza… — disse ela, mordendo os lábios. — Mas, confesso, até que não é de se jogar fora.
Antes que Rolf pudesse responder, o som de cascos ecoou atrás dele. Um homem de cabelos escuros e expressão astuta surgiu montado em um cavalo negro.
— Vejo que já conheceu a nossa querida Thyra — disse Erik, um dos homens de confiança de Ragnar, com um sorriso divertido.
Rolf apenas assentiu, ainda tentando processar o impacto que a guardiã causara nele. Erik o guiou até o interior do castelo, mas não sem antes lançar uma provocação:
— Cuidado, homem do Sul. Thyra não é para os fracos. Poucos saem inteiros depois de cruzar o caminho dela.
O comentário arrancou uma gargalhada de Erik, enquanto Rolf, tentando manter a compostura, desviava os pensamentos que insistiam em voltar à selvagem.
Quando finalmente chegaram à sala do trono, Rolf foi recebido por uma figura que personificava o poder bruto: Ragnar, o Rei do Norte. Vestido apenas com uma calça de couro e uma pele de lobo sobre os ombros, ele emanava autoridade. Seus olhos azuis, frios como o gelo, perfuraram Rolf, que se adiantou com uma reverência.
— Fale, homem do Sul. O que o traz ao meu reino? — perguntou Ragnar com uma voz que reverberava pelo salão.
— Venho pedir seu auxílio e o de seus homens para proteger as terras do Sul contra o Reino da Terra. Em troca, oferecemos a mão da princesa Astrid. — disse Rolf, mantendo o tom firme.
Ragnar gargalhou, um som estrondoso que ecoou pelas paredes de pedra.
— Eu deveria entrar em uma guerra por causa de uma mulher? — zombou. — Não costumo me interessar por “negócios matrimoniais”.
— Talvez seja interessante saber que ela é cobiçada pelo príncipe Einar, do Reino das Águas — disse Rolf, cuidadosamente.
A menção do nome de Einar fez a expressão de Ragnar endurecer. Ele nunca suportara o herdeiro do Reino das Águas. Após alguns segundos de silêncio, Ragnar finalmente se pronunciou:
— Se ela for tão especial quanto dizem, talvez valha a pena considerar. Amanhã partiremos para conhecê-la. Por enquanto, aproveite a hospitalidade do meu reino. Escolha uma mulher para sua diversão, homem do Sul.
Rolf agradeceu, mas mal teve tempo de pensar em descanso. Ao chegar aos aposentos designados, encontrou uma visão inesperada: Thyra estava deitada em sua cama, completamente nua. Seus cabelos loiros caíam sobre os ombros, e seus olhos brilhavam com um desejo inegável.
— Achei que talvez quisesse começar a aproveitar sua estadia agora — disse ela, em um tom provocador.
Rolf, surpreso, mas fascinado, fechou a porta atrás de si e se aproximou lentamente. O sorriso de Thyra se alargou enquanto ela se levantava, revelando cada curva de seu corpo escultural.
Sem esperar mais, ela agarrou Rolf com uma intensidade selvagem, sussurrando em seu ouvido:
— Quero ver se os homens do Sul sabem mesmo o que fazer com uma mulher do Norte.
Rolf não hesitou. Com um olhar cheio de desejo e determinação, ele respondeu:
— Vou te mostrar que o Sul tem mais a oferecer do que você imagina.
E, naquela noite, o confronto entre o homem do Sul e a mulher selvagem foi tão explosivo quanto as batalhas que os esperavam.
O sol já estava alto quando Ragnar, Erik, Sigurd e Rolf deixaram os portões do Reino do Norte para trás, cavalgando em direção ao Reino da Terra. Sob a liderança de Ragnar, os bárbaros tinham pressa: a jornada, que deveria durar dois dias, seria encurtada pela determinação do rei em não parar para descansar.O Reino do Norte ficava agora sob os cuidados de Arne, braço direito de Ragnar e um homem de confiança. Enquanto isso, o grupo seguia em frente, sua presença carregada de uma força que parecia abalar o próprio ar ao redor. Ragnar, montado em seu cavalo negro, era a própria personificação do poder bruto. Vestia calças de couro espessas e peles que simbolizavam sua natureza indomável. Seu peito tatuado com símbolos tribais permanecia à mostra, e suas longas tranças, junto com a barba imponente, conferiam-lhe um ar de realeza selvagem. Presas às costas, suas duas espadas eram um lembrete silencioso de que ele nunca se afastava do campo de batalha.No Reino da Terra, a princesa Astrid
No Reino da Terra— Com a morte do rei Vidar e o fato dele não ter escolhido um pretendente para a princesa Astrid, seu primo assumiu o trono temporariamente. Foi isso que aconteceu, Tyr? — perguntou Gudrun, olhando para seu general.— Sim, majestade. Existem rumores que Einar Hjalmarsson, herdeiro do Reino das Águas, tem interesse em se casar com a princesa Astrid.— Se esse casamento acontecer, o cetro passaria para as mãos de Eldrid, seu pai, até que Einar assuma o reino?— Majestade, isso pode ser solicitado por Eldrid, uma vez que envolve a princesa, mas a decisão é do conselho. — confirmou Tyr.— E se a mesma febre que atingiu o rei levar a princesa? — perguntou Gudrun, com um sorriso malicioso surgindo em seus lábios.— Nesse caso, o cetro seria seu como programado, majestade. O senhor assumiria a posição de Guardião dos Reinos. — respondeu Tyr.O rei sorriu amplamente.— Tyr, por favor, chame meu conselheiro, Senhor Verner. Tenho um pequeno serviço para ele.No Reino dos Vent
“Uma rainha que não confia em ninguém é tão tola quanto uma rainha que confia em todo mundo.”Mais tarde, Astrid estava sendo preparada por Sigrid. Após um banho relaxante com pétalas de rosas, se banhava com óleos afrodisíacos, sentindo suas propriedades aquecendo sua pele. Estava nervosa, nunca havia estado sozinha em intimidade com um homem antes. Algo sobre Ragnar a deixava inquieta. O cheiro dele, a intensidade de seus olhos, o calor que emanava de seu corpo a faziam estremecer.Ela sabia que precisava conversar com Sigrid sobre a sua primeira noite, mesmo que a vergonha a fizesse hesitar. Era um assunto que não poderia deixar de lado, pois sua vida estava prestes a mudar de maneira irrevogável. Com um olhar determinado, ela respirou fundo e se preparou para abrir seu coração para a amiga.— Sigrid… a sua primeira vez… foi com alguém que você amava? — a morena encarou os olhos verdes da amiga que parou de pentear os cabelos de Astrid e sorriu para ela respondendo: — Foi com o an
“Nunca se esqueça de quem você é, porque é certo que o resto do mundo nunca se esquecerá. Use isso como uma armadura, assim isso nunca poderá ser usado para feri-lo."Inga saiu dos aposentos da princesa e se dirigiu ao quarto do rei, que estava desfrutando de um banho relaxante. A atmosfera era densa e o vapor envolvia o ambiente, criando uma aura de intimidade. Com uma determinação audaciosa, ela entrou no banheiro e começou a despir-se, deixando suas roupas caírem ao chão. Ragnar a olhou de cima a baixo, sua expressão tornando-se séria enquanto observava a mulher diante de si.— Inga… — ele disse, com a voz carregada de irritação. — Estarei me casando daqui a algumas horas. O que você quer aqui?— Calma, meu senhor. Quero apenas deixá-lo relaxado. — respondeu Inga, aproximando-se dele, deslizando suas mãos pelo corpo musculoso de Ragnar, que já começava a responder ao toque feminino, mas rapidamente segurou seu braço com firmeza, impedindo que ela continuasse, encarou os olhos azuis
“A verdadeira coragem não está em saber quando tirar uma vida e sim em quando poupar uma.”Siv, a anciã que conduzia a cerimônia, ergueu a voz com um tom solene que reverberou pelo grande salão, preenchendo o ambiente com uma aura de reverência. — A partir de hoje, uma aliança eterna está sendo feita entre este homem e esta mulher. Que sejam uma só alma e um só corpo. Que os desejos de ambos sejam os mesmos e que o amor esteja presente todos os dias até que a morte os separe.A cada palavra, a tensão aumentava e os convidados se inclinavam para frente, absorvendo a intensidade e a importância do momento. Siv continuou, com sua voz firme e clara:— Que o homem a respeite, ouça-a e que a mulher seja sua companheira, abençoando-o com herdeiros. Assim como a palavra de um rei jamais voltará atrás, em decorrência e em concordância disto, Ragnar Meishu, primeiro de seu nome, rei do norte, líder dos bárbaros, aceita Astrid Jotunsson, princesa do Reino dos Ventos, como esposa e rainha de su
“ Cada ferida é uma lição, e cada lição nos torna melhores.”Ao chegarem ao quarto, Ragnar a segurou por trás, suas mãos firmes em sua cintura e sem demora, começou a beijá-la. Os lábios se encontraram com uma paixão que quase o consumia. Com um movimento ágil, baixou as alças do vestido fino de Astrid, revelando sua pele suave. Ele desatou os laços que prendiam o tecido, expondo suas costas nuas. O calor do desejo se intensificava e Ragnar começou a beijar e mordiscar seu pescoço lentamente, enquanto seus lábios deslizavam por suas costas agora expostas.Astrid fechou os olhos, tentando processar a avalanche de emoções que a invadia. Ragnar abaixou a parte de cima de seu vestido, expondo seu tronco nu. Ela, tomada pelo nervosismo, tentou cobrir os seios expostos com as mãos. No entanto, ele, em um gesto mais brutal do que pretendia, afastou seus braços, revelando sua beleza total diante dele, o deixando maravilhado. Sem esperar mais, agarrou ambos os seios com firmeza e mordiscou o
“Nunca esqueça quem você é, o resto do mundo não vai esquecer. Vista isso como armadura, nunca poderá ser usado para o machucar.”O dia amanheceu, os primeiros raios de sol infiltrando-se pelas janelas, iluminavam o ambiente com uma luz suave. Astrid, exausta após horas de choro, despertou no chão do quarto, seu corpo dolorido e sua mente ainda confusa. Ao abrir os olhos, a realidade a atingiu como uma onda. Ela olhou para a cama e percebeu que Ragnar não havia dormido lá. Seu coração apertou ao recordar os eventos da noite anterior, a dor e a humilhação voltando com força.Lentamente, sentindo os músculos ainda pesados, dirigiu-se ao banheiro para fazer suas higienes matinais. A água fria no rosto parecia revigorá-la, mas não conseguia afastar a tristeza que a envolvia. Após se arrumar, vestiu um vestido lilás simples, que contrastava com a opulência do que poderia ter usado em sua noite de núpcias. A cor suave era um lembrete de sua inocência e ao olhar-se no espelho, desejou que a
Depois do tumulto da manhã, Ragnar partiu com seu exército em direção às terras vizinhas, deixando Astrid com um vazio doloroso no coração. Já fazia quinze dias que ele estava ausente e a angústia dela crescia a cada dia. Os rumores pelos corredores não eram promissores. Havia sussurros sobre um líder cruel da aldeia vizinha, que supostamente estava abusando de mulheres e crianças. A inquietude se instalou em seu peito, uma preocupação que, embora soubesse que não deveria sentir, se apegava a ela. Ela estava sentada à mesa do castelo e tentava absorver as conversas ao seu redor, mas sua mente estava longe, perdida em preocupações. Não tinha notícias de Ragnar ou de seu exército e a ansiedade a consumia. Com um gesto decidido, Astrid se levantou da mesa e dirigiu-se à parte externa do castelo, a noite já havia chegado e a lua estava alta no céu, lançando um brilho prateado sobre o mundo ao seu redor. Enquanto observava o céu estrelado, o som de cascos de cavalos a fez virar-se rapid