Depois de mais uma madrugada conturbada, causada pelos constantes pesadelos que tinha desde o dia daquela terrível tragédia, Cristhian Marshall chega ao escritório com a mesma postura rígida e sua indiferença de sempre. Usando seus óculos escuros, vestindo seu impecável terno de três partes na cor azul escuro, feito sob medida para seu porte inconfundívelmente sexy, digno de um lord inglês, ele apenas fala o básico e em seguida toma posse da sua mesa, que era tão vazia e só tinha brilho quando seu dono estava presente.
— Bom Dia senhores!Christian chega ao local onde está sendo o seu gabinete eleitoral e ao entrar se depara com seu amigo Adam Smith sentado na sua poltrona, mesmo sabendo o quanto ele detestava essas atitudes abusivas.— Bom Dia nosso futuro governador! — Adam levanta com um sorriso sarcástico no rosto, caminhando até Cristhian e lhe estendendo à mão, mas o mesmo sequer retribui e logo toma posse do lugar que lhe pertencia.Enquanto se servia de uma boa xícara de café sem açúcar, que sua secretária Nice deixará em sua mesa, Cristhian coloca a sua pasta de couro marrom sobre a mesma, abre e retira alguns papéis importantes que precisaria revisar sem falta.Adam era seu vice na chapa, seu amigo de décadas, mas no fundo Cristhian não confiava cem por cento nele. Aliás desde sua adolescência e a morte repentina de seu pai, ele desconfiava até mesmo da sua própria sombra, quem dirá em um homem volúvel e fanfarrão como Adam, que tinha como objetivo de vida decidir entre qual seria a vítima do dia: loira, morena, ruiva, asiática, negra, e por aí vai.Cristhian continua na sua postura habitual, enquamto Adam inicia seu fatídico relatório matinal. Tudo o que ele desejava era deparecer e mandar para o inferno tudo e todos que o cercavam e isso incluia as idiotices de Adam. Contudo não conseguia fazer isso, tinha feito uma promessa ao pai de dar continuidade à dinastia política da família e assim manter vivo o legado dos Marshall. Mesmo se sentindo vazio e sem alegria, Cristhian continuaria fazendo o que deveria ser feito, apesar de não acreditar que algo mudaria em nenhum lugar do mundo através da política.— Ainda não temos confirmação de nada Adam! Tudo é incerto e sabe que odeio viver ou me apegar à suposições. — Cristian fala iniciando sua maratona diária, assinar papéis e mais papéis— Sei bem disso Christian. Mas, não há como negar a sua vitória no primeiro turno. Há mais de três semanas os percentuais de eleitores ao seu favor só vem crescendo. Você tem 70% da quantidade de votos legíveis, contra 30% do candidato da chapa concorrente. Meu caro, essa eleição está mais do que garantida. — Adam fala olhando para Cristhian e sorri de uma maneira triunfante, como se naquele exato momento já tivesse em mãos os resultados eleitorais— Isso seria magnífico! Mas gosto de comemorar quando já estou com algo concreto nas mãos. Não sou sonhador como meu pai e você sabe bem disso.— Sei bem. Seu pai estaria orgulhoso de você nesse momento. É uma pena que já não esteja entre nós. — Cristhian sente uma pontada no peito de saudades misturada com tristeza, sempre que ouvia falar de seu pai.Mas, sendo ele um Marshall, não poderia se dar ao luxo de fraquejar e menos ainda dar lugar à sentimentos tão banais quanto esses. Agora mais do que nunca ele necessitava seguir em frente, nem que para isso tivesse que passar por cima de tudo que acreditava ser o certo, mas não permitiria que ninguém o visse fraquejar e sentisse por ele o pior dos sentimentos: piedade.— É... realmente é uma pena ele não estar aqui. Aquele acidente devastou toda a nossa família, minha mãe não suportou e acabou falecendo pouco tempo depois. A vida tem dessas coisas. — Cristhian estala a boca e se levanta observando à vista privilegiada do Minnehaha Park, que ficava no centro de Minneapolis, capital de Minnesota, onde sua campanha estava. E ainda de costas com uma mão no bolso e a outra segurando a xícara com café, ouve Adam falar algo que o deixou surpreso.— Infelizmente existem males que vem para o bem Cris. Se seu pai estivesse entre nós tenho certeza de que jamais concordaria com a venda das empresas Marshall e principalmente com a demissão de mais da metade dos funcionários. — Adam fala com um tom despreocupado e isso fez Cristhian o observar por alguns instantesComo assim, existem males que vem para o bem?Como Adam foi capaz de se referir ao meu pai dessa maneira tão nojenta?Cristhian fecha o punho e volta a ficar frente à frente para o até então amigo. Pensa por alguns instante em esmurra-lo por tal insanidade, mas respirava fundo e compreende que escândalos nessa altura do campeonato não seria uma boa opção.Adam sempre foi um boa vidas, nasceu em berço de ouro e sempre se preocupou apenas em decidir a sua vítima da vez ou onde curtiria as próximas férias no fim do ano. Diferente de Cristhian, Adam nunca se preocupou com nada além dele mesmo e de saciar as suas vontades. E esse modo dele de ser, a cada dia tem incomodado e muito.— Meu pai era um grande homem e sua memória é irrefutável. Contudo, a verdade é que aquela empresa nunca me interessou e menos ainda depois do que aconteceu. Sem tirar o fato que de alguns anos para cá, não deu lucros, e sim dívidas.— Seu pai sempre foi muito complacente com os funcionários, principalmente com os estrangeiros. Nos negócios precisamos ser frios e audaciosos. Mas ao invés disso, ele sempre usou o coração e por essa razão a empresa não ia tão bem assim.— Por sorte consegui enxergar isso à tempo. Assim consegui me desfazer das ações com um preço justo, antes que caíssem de valor na bolsa de ações e aí sim, eu teria um grande prejuízo. — Cristhian volta para sua mesa impaciente— Por certo meu amigo. Agiu na hora correta e passou essa bomba para as mãos de algum otário por sobrenome Martinez. Agora ele quem terá que arcar com o prejuízo de mais de dois milhões de dólares. — Adam fala sentando na poltrona à frente da mesa de Cristhian mexendo em seu iPhone — Tenho dó desse pobre coitado, ele não consegue imaginar na grande enrascada que se meteu ao comprar ações da Marshall Tecnology.— Isso pouco me importa Adam, tudo o que eu sempre desejei, acabei de conseguir, me livrar desse estorvo e peso que meu pai colocou nas minhas costas. Eu nunca gostei dessa empresa e ele sabia muito bem as minhas razões. — Cristhian altera levemente a voz e Adam percebe a mudança repentina do amigo e tenta intervir— Você precisa esquecer isso Cristhian. Aquilo faz parte do passado e o seu presente e futuro são o que importa. Logo você ocupará o segundo maior cargo do governo e depois disso ficará a um passo da presidência do nosso país.— Eu sei. Mas continuo sentindo um vazio que eu imaginava que pudesse ser preenchido com o poder, mas não é assim Adam. Tenho quase quarenta anos e olhe pra mim: solitário. Não acredito no amor, nas pessoas e tudo o que tenho feito é pisar em todos para alcançar os meus objetivos.— Deixe de bobagens Cris... Esse vazio poderá ser preenchido com uma boa noitada na boate e numa orgia.— Você não compreende nada. Tudo a sua volta se resume em sexo e fodas com mulheres diferentes. Bastardo!— Posso ser um bastardo como diz, mas satisfeito com a vida que tenho. Porque de amargo meu amigo, já bastam os limões que lambemos depois das doses de tequila. — Adam fala irônico e Cristhian o fuzila com o olhar— Filho da mãe! Sai daqui! Me deixa sozinho! Preciso colocar minhas ideias no lugar.— Tá certo! Como vossa excelência desejar! — Adam faz sua irônia de sempre e levanta, guarda o celular no bolso da sua calça de linho, encara Cristhian e diz:— Há... fica ciente que já coloquei anúncio no jornal.— Anúncio? De que está falando maluco? — Cristhian franze o cenho demonstrando que estava totalmente indiferente à nova loucura do amigo— O anúncio para encontrar o par perfeito para o comitê de campanha. Você precisa ter uma primeira dama e sozinho como está, é complicado. Mas NÃO se preocupe, que para isso tem o seu vice aqui e dou a minha palavra que vou arrumar uma acompanhante bem gostosa para aparecer ao seu lado nas colunas sociais. E quem sabe até role uns beijinhos e um encontro amoroso. Porque você está precisando de uma boa foda para melhorar essa cara de defunto.— Vai se fu...— Epa! Olha a boca governador! Precisa dar exemplo para as criancinhas do nosso estado!Cristhian j**a o grampeador na direção de Adam, que corre abrindo a porta e deixando o amigo sozinho e pensativo na gigantesca sala de reuniões, que tem sido a sua única companhia há muito tempo desde o dia em que sofreu a pior dor da sua vida, a perda do seu único amor e juntamente com seu filho que ainda nem tinha vindo ao mundo. A dor o fez se fechar completamente para o amor e o tornou frio, distante e totalmente diferente do Cristhian Marshall que já foi algum dia.[...]Entre papéis, telefonemas e uma reunião com toda a equipe da campanha, o dia passou como um foguete. Tudo o que Cristhian queria era entrar no seu quarto, tomar um bom banho quente e relaxar. Mas no fundo sentia medo de fechar os olhos e recordar através dos malditos pesadelos toda àquela terrível noite em que tudo mudou.Adam desapareceu o resto da tarde, o deixando sozinho com todos os envolvidos na campanha. Com certeza deve estar em mais alguma de suas loucuras, que uma hora ou outra acabariam muito mal.Cristhian estava no estacionamento, quando seu telefone toca e ao perceber de quem se tratava simplesmente fez algo que já era de seu costume, ignorar. Depois de um dia exaustivo tudo o que ele menos desejava era ouvir conversas sem sentido de Margareth, sua irmã, que tudo o que mais sabia fazer na vida era conferir quantos gramas havia perdido ou ganho. Após guardar o aparelho no seu paletó, enfim entra no carro e segue para o Central Minneapolis Hotel, onde estava hospedado até a reforma do seu flat ficar pronta.Ao se aproximar do carro, Frédéric, seu segurança abre a porta e como de costume apenas acena com a cabeça.— Para o Hotel Frédéric! — Cristhian fala com sua autoridade de sempre— Sim senhor! — Frédéric responde iniciando seu trajeto, seguido por mais dois carros da escolta, que havia sido cedido pelo próprio presidente do partido, após Cristhian sofrer um atentado há exatamente um mês atrás.Todo o percurso é tranquilo, há não ser pela chuva que começa à cair na capital de Minnesota, que aumentava drasticamente o mal humor de Cristhian. Pois foi exatamente em um dia chuvoso que tudo aconteceu.— Apresse-se Frédéric! Não quero permanecer nas ruas por muito tempo. Odeio dias chuvosos! — Frédéric o observa pelo retrovisor e nota seu desconforto no assento— Senhor, estou fazendo o possível para chegarmos ao destino rapidamente, mas preciso ter cautela. É um dia chuvoso.— Desde quando você é pago para fazer o possível? Faça o que tiver que ser feito, mas me leve o mais rápido possível ao hotel. — Cristhian se exauta e Frédéric apenas assente com a cabeça, já conhecendo o perfil e o humor ácido do seu patrão.Frédéric trabalhava há mais de cinco anos para os Marshall e sabia exatamente porque o chefe havia mudado tanto em tão pouco tempo. E por essa razão compreendia suas atitudes e tentava relevar o máximo que podia as suas grosserias.A viagem permanece em silêncio, até que o carro passa por uma poça enorme d'água, e em seguida Cristhian ouve gritos que vão diminuindo a intensidade conforme o carro ganha velocidade. Com certeza alguém deve ter sido prejudicado com um bom banho e por isso os gritos. Mas isso não era tão importante quanto chegar no seu destino e enfim tentar ter uns instantes de silêncio e paz consigo mesmo.Continua...♡♡♡♡♡♡♡♡♡♡Dia seguinteMarisa não conseguia acreditar que tudo o que imaginava estar perdido, pudesse mudar assim de repente, como num passe de mágica. Após receber a ligação da sua amiga Jodie, dizendo que haviam duas vagas para camareiras disponíveis no maior hotel da cidade, o Central Minneapolis Hotel, Marisa sentiu que seu corpo havia recebido uma injeção de ânimo, que encheu seu coração de esperança e lhe dando forças para prosseguir.Ela não tinha nenhuma experiência com a função, mas por sorte Jodie já havia trabalhado nessa área, assim daria toda a ajuda que Marisa necessitasse. O que realmente importava para Marisa, é que diante dela uma nova porta havia sido aberta e por nada nesse mundo perderia essa oportunidade que a vida estava lhe oferecendo. Após acordar Max e saírem da casa da árvore, a qual passaram a noite, Marisa tratou logo de se organizar para a entrevista que seria exatamente no mesmo horário que deixaria o filho no colégio. Como ela não queria nenhum tipo de contato co
Longe dali— Mamãe... Semana que vem é a apresentação do recital. Você vai, não é? — Max pergunta enquanto subiam no ônibus que os levariam até o Monticello Public Schools— Claro que vou, meu amor! — Marisa responde abrindo sua bolsa e retirando seu porta níquel na cor anil— E minha vó, também vai? — Max indaga enquanto fechava sua mochila, após retirar seus inseparáveis fones de ouvido — Acredito que sim, ela nunca perdeu uma apresentação sua no colégio. Marisa fala contando as moedas e pagando as passagens de ônibus do Max e dela.— Pensei que ela não fosse, já que vocês estão brigadas. — uma voz de desapontamento e uma ruguinha de dúvida surge no rosto do pequeno Max e Marisa percebendo, logo intervém para que desapareça. Se tinha algo que ela evitava à todo custo, era que o filho sofresse ou se preocupasse com assuntos como esse, que eram somente de adultos. Para ela, o filho, tinha que ocupar seus pensamentos apenas com seus estudos e todo o resto deveria ser deixado de la
Central Minneapolis HotelNa sala da gerência Marisa estava sentada em uma poltrona de couro, bastante aconchegante, com o ar condicionado ligado no máximo, o que deixava à temperatura muito agradável e sem dizer na sala, que era bastante bonita e até muito bem decorada para a gerência de um hotel. Mas não tinha como ser diferente, se por todo Minneapolis o que se respirava era luxo e glamour, seria praticamente impossível as outras acomodações serem mal cuidadas. Pelo visto, caso fosse contratada, ela não teria grandes contratempos, e quem sabe no Minneapolis Hotel, Marisa enfim, teria a grande oportunidade de se estabilizar profissionalmente. O que nunca conseguiu nas empresas Marshall, já que Liz, a gerente, fazia de tudo para afastar qualquer possibilidade de crescimento de todos os funcionários, principalmente de Marisa, que era a pedra no seu salto de grife.Apesar do ambiente estar agradável, Marisa sentia seu coração a ponto de saltar dentro do peito, as mãos suarem frio, o n
Suíte ParkerO dia, o mês e até mesmo o ano para Cristhian haviam terminado no exato momento que leu aquele maldito testamento. Ainda não acreditava, que o seu próprio pai, queria destruir a sua vida com tamanha loucura. Se existia algo que estava fora de cogitação em sua vida, eram os sentimentos. Desde a morte terrível da sua noiva no prédio Marshall, Cristhian se sentia culpado por não tê-la protegido e chegado à tempo de Beatriz cometer suicídio, e por essa culpa que o consumia, desde então ele se fechou em seu mundo obscuro, jurando amor eterno àquela que ele acreditava ser a mulher perfeita. Depois de passar algumas horas no seu refúgio, uma floresta bem no centro de Minessota, Cristhian decide retornar ao hotel e sua decisão era uma só: desaparecer por um longo tempo.— Aguarde aqui Fredéric, vou apenas pegar algumas coisas importantes e logo em seguida sairemos dessa cidade infernal. — Cristhian fala firme, enquanto descia do carro observando os abutres dos jornalistas avança
Só após alguns instantes e ao perceber que não era dessa vez que conseguiria tirar satisfações com o grosseirão do carro, que a ficha cai e Marisa nota o que havia acabado de acontecer. Max estava diante do seu novo trabalho, mas a maneira como ele chegou até ali que era a questão. Marisa sempre cuidou demasiadamente do filho, que nunca andou sozinho pela cidade, ainda mais usando vários meios de transportes, já que a localização do Minneapolis Hotel era do outro lado de Minessota, muito distante do colégio onde Max estudava. Então, Marisa olha fixamente para o filho, flexiona seu corpo ficando praticamente na mesma altura que ele, e olhando diretamente nos seus olhos pergunta:— Max? Como conseguiu chegar até aqui filho? Você não deve andar sozinho pela cidade, é muito perigoso. — Max ouve atentamente cada palavra de sua mãe, mas quando estava prestes à responder é interrompido e uma voz firme é ouvida bem atrás de Marisa— Eu o trouxe! — Marisa olha assustada ouvindo a voz de Soled
Após usufruir durante duas semanas de uma paz inigualável no Resort Green, Cristhian retorna para o local, onde pagaria por todos os seus pecados cometidos e os que ainda cometeria nessa vida, o Minneapolis Hotel. Para sua surpresa, Adam não tentou ligar ou enviar detetives em busca da sua localização, como sempre fazia todas as vezes que ele se ausentava sem dar satisfações ou deixar rastros. Talvez ele devesse ter ocupado bem o seu tempo com suas orgias, e até mesmo cuidando do Ruffle ou quem sabe, tentando fugir do mesmo para sobreviver. "Só espero que nada de errado tenha acontecido na minha ausência, ou Adam pagaria caro por isso." — Cristhian pensa enquanto descia do carro Ele ajusta sua camisa de linho impecável como sempre, na cor branca, olha para Fréderic e diz num tom descontraído:— Pode tomar um café Fréderic, caso precise de seus serviços eu lhe aviso. — Sim senhor! Fréderic responde firme e se afasta somente quando tem a certeza de que seu chefe já estava dentro do
Apressadamente Marisa vai até a suíte Lady, conhecendo enfim a socialite Caroline Ventura. Que por sinal, era uma frivolidade em forma de mulher. Ela havia feito um pedido urgente, necessitava que uma de suas roupas ficasse pronta o quanto antes e como os hóspedes do Minneapolis sempre tinham razão, o desejo da deusa se tornou uma ordem. Ao entrar na suíte, Marisa vê o ascensorista parado ao lado da porta com um olhar perdido e ao vê-la chegar ergue as mãos agradecendo aos céus, por poder voltar ao trabalho e desaparecer daquela suíte o quanto antes.— Te devo uma Marisa! — o ascensorista sai apressado e Marisa sorri Enquanto isso a "deusa" falava sem parar ao celular, o que fazia Marisa revirar os olhos e imaginar de onde sai tanta futilidade de uma única pessoa."Por isso eu digo, tudo tem limites!""Você é tão má. É mesmo, Rachel.""Espere um segundo."— Ei, mocinha! Eu preciso que passe esse Dolce.Marisa ergue o terninho na cor castanho e ela apenas assente. Com rapidez, Maris
Enquanto isso no Monticello Public Schools— Já chegaram, Max?A professora de Max pergunta, ao ver a aflição em seu olhar. Estalando os lábios e com tristeza, Max fala:— Ainda não!Max estava no auditório, exatamente atrás das cortinas do palco onde seria a apresentação e seu olhar se entristece ao notar que sua mãe não havia chegado. Ela nunca havia se atrasado à nenhuma de suas apresentações ou festividades escolares, mas pelo visto, essa seria a primeira vez.O tempo passa e chega a vez da apresentação de Max. Seu corpo estava trêmulo e suas mãos suavam, mas ele sabia que precisava seguir em frente. Como sua mãe sempre diz: a vida não para e precisamos continuar, mesmo que isso pareça difícil. Não podemos desistir."E nosso próximo orador será Max Hernández." — a professora o apresenta e ele sente seu rosto corarMax olha novamente para platéia e sorri ao ver Marisa entrando apressadamente. Ela olha para o filho, sorrindo dá um leve aceno com as pontas dos dedos e se acomoda em u