Central Minneapolis HotelNa sala da gerência Marisa estava sentada em uma poltrona de couro, bastante aconchegante, com o ar condicionado ligado no máximo, o que deixava à temperatura muito agradável e sem dizer na sala, que era bastante bonita e até muito bem decorada para a gerência de um hotel. Mas não tinha como ser diferente, se por todo Minneapolis o que se respirava era luxo e glamour, seria praticamente impossível as outras acomodações serem mal cuidadas. Pelo visto, caso fosse contratada, ela não teria grandes contratempos, e quem sabe no Minneapolis Hotel, Marisa enfim, teria a grande oportunidade de se estabilizar profissionalmente. O que nunca conseguiu nas empresas Marshall, já que Liz, a gerente, fazia de tudo para afastar qualquer possibilidade de crescimento de todos os funcionários, principalmente de Marisa, que era a pedra no seu salto de grife.Apesar do ambiente estar agradável, Marisa sentia seu coração a ponto de saltar dentro do peito, as mãos suarem frio, o n
Suíte ParkerO dia, o mês e até mesmo o ano para Cristhian haviam terminado no exato momento que leu aquele maldito testamento. Ainda não acreditava, que o seu próprio pai, queria destruir a sua vida com tamanha loucura. Se existia algo que estava fora de cogitação em sua vida, eram os sentimentos. Desde a morte terrível da sua noiva no prédio Marshall, Cristhian se sentia culpado por não tê-la protegido e chegado à tempo de Beatriz cometer suicídio, e por essa culpa que o consumia, desde então ele se fechou em seu mundo obscuro, jurando amor eterno àquela que ele acreditava ser a mulher perfeita. Depois de passar algumas horas no seu refúgio, uma floresta bem no centro de Minessota, Cristhian decide retornar ao hotel e sua decisão era uma só: desaparecer por um longo tempo.— Aguarde aqui Fredéric, vou apenas pegar algumas coisas importantes e logo em seguida sairemos dessa cidade infernal. — Cristhian fala firme, enquanto descia do carro observando os abutres dos jornalistas avança
Só após alguns instantes e ao perceber que não era dessa vez que conseguiria tirar satisfações com o grosseirão do carro, que a ficha cai e Marisa nota o que havia acabado de acontecer. Max estava diante do seu novo trabalho, mas a maneira como ele chegou até ali que era a questão. Marisa sempre cuidou demasiadamente do filho, que nunca andou sozinho pela cidade, ainda mais usando vários meios de transportes, já que a localização do Minneapolis Hotel era do outro lado de Minessota, muito distante do colégio onde Max estudava. Então, Marisa olha fixamente para o filho, flexiona seu corpo ficando praticamente na mesma altura que ele, e olhando diretamente nos seus olhos pergunta:— Max? Como conseguiu chegar até aqui filho? Você não deve andar sozinho pela cidade, é muito perigoso. — Max ouve atentamente cada palavra de sua mãe, mas quando estava prestes à responder é interrompido e uma voz firme é ouvida bem atrás de Marisa— Eu o trouxe! — Marisa olha assustada ouvindo a voz de Soled
Após usufruir durante duas semanas de uma paz inigualável no Resort Green, Cristhian retorna para o local, onde pagaria por todos os seus pecados cometidos e os que ainda cometeria nessa vida, o Minneapolis Hotel. Para sua surpresa, Adam não tentou ligar ou enviar detetives em busca da sua localização, como sempre fazia todas as vezes que ele se ausentava sem dar satisfações ou deixar rastros. Talvez ele devesse ter ocupado bem o seu tempo com suas orgias, e até mesmo cuidando do Ruffle ou quem sabe, tentando fugir do mesmo para sobreviver. "Só espero que nada de errado tenha acontecido na minha ausência, ou Adam pagaria caro por isso." — Cristhian pensa enquanto descia do carro Ele ajusta sua camisa de linho impecável como sempre, na cor branca, olha para Fréderic e diz num tom descontraído:— Pode tomar um café Fréderic, caso precise de seus serviços eu lhe aviso. — Sim senhor! Fréderic responde firme e se afasta somente quando tem a certeza de que seu chefe já estava dentro do
Apressadamente Marisa vai até a suíte Lady, conhecendo enfim a socialite Caroline Ventura. Que por sinal, era uma frivolidade em forma de mulher. Ela havia feito um pedido urgente, necessitava que uma de suas roupas ficasse pronta o quanto antes e como os hóspedes do Minneapolis sempre tinham razão, o desejo da deusa se tornou uma ordem. Ao entrar na suíte, Marisa vê o ascensorista parado ao lado da porta com um olhar perdido e ao vê-la chegar ergue as mãos agradecendo aos céus, por poder voltar ao trabalho e desaparecer daquela suíte o quanto antes.— Te devo uma Marisa! — o ascensorista sai apressado e Marisa sorri Enquanto isso a "deusa" falava sem parar ao celular, o que fazia Marisa revirar os olhos e imaginar de onde sai tanta futilidade de uma única pessoa."Por isso eu digo, tudo tem limites!""Você é tão má. É mesmo, Rachel.""Espere um segundo."— Ei, mocinha! Eu preciso que passe esse Dolce.Marisa ergue o terninho na cor castanho e ela apenas assente. Com rapidez, Maris
Enquanto isso no Monticello Public Schools— Já chegaram, Max?A professora de Max pergunta, ao ver a aflição em seu olhar. Estalando os lábios e com tristeza, Max fala:— Ainda não!Max estava no auditório, exatamente atrás das cortinas do palco onde seria a apresentação e seu olhar se entristece ao notar que sua mãe não havia chegado. Ela nunca havia se atrasado à nenhuma de suas apresentações ou festividades escolares, mas pelo visto, essa seria a primeira vez.O tempo passa e chega a vez da apresentação de Max. Seu corpo estava trêmulo e suas mãos suavam, mas ele sabia que precisava seguir em frente. Como sua mãe sempre diz: a vida não para e precisamos continuar, mesmo que isso pareça difícil. Não podemos desistir."E nosso próximo orador será Max Hernández." — a professora o apresenta e ele sente seu rosto corarMax olha novamente para platéia e sorri ao ver Marisa entrando apressadamente. Ela olha para o filho, sorrindo dá um leve aceno com as pontas dos dedos e se acomoda em u
No dia seguinte...Era um sábado frio e chuvoso. Marisa faz o seu trajeto de sempre, mas com uma diferença, Soledad não quis ficar com Max e ela foi obrigada novamente à levar seu filho para o local de trabalho. Por sorte todos ali gostavam dela e em pouco tempo se afeiçoaram à Max, assim as coisas seriam um pouco mais tranquilas para o longo dia que aguardava Marisa.Durante o caminho até chegar ao hotel, Marisa cumprimenta todos que conhecia, as primeiras foram as irmãs vendedoras de uma boutique de grife que havia ao lado do hotel, chamadas Janine e Michelle. Que por sinal eram um amor de pessoa, totalmente o oposto daquela recepcionista asquerosa do dia anterior.— E aí, Janine, Michelle? Bom Dia!— Bom Dia, Marisa! — Ambas respondem em uníssono — Oi, Max, como vai? — Michelle cumprimenta Max e Janine faz o mesmo— Tudo bem, Max?Max não responde à nenhum dos cumprimentos, por ainda estava chateado e triste pelo que houve na escola. Marisa olha para as meninas e sorri, como um p
Minnesota/Estados Unidos Mineapolis HotelAlgum tempo depois...Já vestindo seu uniforme, Marisa arruma o seu carrinho de camareira para iniciar mais um longo e exaustivo dia de trabalho. Jodie fazia o mesmo e ao observar o silêncio da amiga, a cutuca com o cotovelo e a questiona de imediato:— Que cara é essa? Sorria. Max é uma criança, tem o hotel inteiro para ele brincar e se distrair. Vai ver, como muito em breve, tudo o que houve no colégio já terá sido esquecido. — Jodie fala arrumando os lenços de papel no seu carrinho e Marisa solta um ar pesado pela boca, continuando o seu trabalho— Nós estamos aqui todo dia e até que às vezes é divertido. Imagine para uma criança. — Rose, uma das camareiras do setor fala— Ele vai se esbaldar. — Jodie completa— Você é que diz. — Marisa fala sem motivação, ainda organizando seu carrinho— Você precisa relaxar um pouco Marisa. — Jodie fala arqueando a sobrancelha esquerda deixando bastante claro as suas intenções — Não estou interessada, e