Apressadamente Marisa vai até a suíte Lady, conhecendo enfim a socialite Caroline Ventura. Que por sinal, era uma frivolidade em forma de mulher. Ela havia feito um pedido urgente, necessitava que uma de suas roupas ficasse pronta o quanto antes e como os hóspedes do Minneapolis sempre tinham razão, o desejo da deusa se tornou uma ordem. Ao entrar na suíte, Marisa vê o ascensorista parado ao lado da porta com um olhar perdido e ao vê-la chegar ergue as mãos agradecendo aos céus, por poder voltar ao trabalho e desaparecer daquela suíte o quanto antes.— Te devo uma Marisa! — o ascensorista sai apressado e Marisa sorri Enquanto isso a "deusa" falava sem parar ao celular, o que fazia Marisa revirar os olhos e imaginar de onde sai tanta futilidade de uma única pessoa."Por isso eu digo, tudo tem limites!""Você é tão má. É mesmo, Rachel.""Espere um segundo."— Ei, mocinha! Eu preciso que passe esse Dolce.Marisa ergue o terninho na cor castanho e ela apenas assente. Com rapidez, Maris
Enquanto isso no Monticello Public Schools— Já chegaram, Max?A professora de Max pergunta, ao ver a aflição em seu olhar. Estalando os lábios e com tristeza, Max fala:— Ainda não!Max estava no auditório, exatamente atrás das cortinas do palco onde seria a apresentação e seu olhar se entristece ao notar que sua mãe não havia chegado. Ela nunca havia se atrasado à nenhuma de suas apresentações ou festividades escolares, mas pelo visto, essa seria a primeira vez.O tempo passa e chega a vez da apresentação de Max. Seu corpo estava trêmulo e suas mãos suavam, mas ele sabia que precisava seguir em frente. Como sua mãe sempre diz: a vida não para e precisamos continuar, mesmo que isso pareça difícil. Não podemos desistir."E nosso próximo orador será Max Hernández." — a professora o apresenta e ele sente seu rosto corarMax olha novamente para platéia e sorri ao ver Marisa entrando apressadamente. Ela olha para o filho, sorrindo dá um leve aceno com as pontas dos dedos e se acomoda em u
No dia seguinte...Era um sábado frio e chuvoso. Marisa faz o seu trajeto de sempre, mas com uma diferença, Soledad não quis ficar com Max e ela foi obrigada novamente à levar seu filho para o local de trabalho. Por sorte todos ali gostavam dela e em pouco tempo se afeiçoaram à Max, assim as coisas seriam um pouco mais tranquilas para o longo dia que aguardava Marisa.Durante o caminho até chegar ao hotel, Marisa cumprimenta todos que conhecia, as primeiras foram as irmãs vendedoras de uma boutique de grife que havia ao lado do hotel, chamadas Janine e Michelle. Que por sinal eram um amor de pessoa, totalmente o oposto daquela recepcionista asquerosa do dia anterior.— E aí, Janine, Michelle? Bom Dia!— Bom Dia, Marisa! — Ambas respondem em uníssono — Oi, Max, como vai? — Michelle cumprimenta Max e Janine faz o mesmo— Tudo bem, Max?Max não responde à nenhum dos cumprimentos, por ainda estava chateado e triste pelo que houve na escola. Marisa olha para as meninas e sorri, como um p
Minnesota/Estados Unidos Mineapolis HotelAlgum tempo depois...Já vestindo seu uniforme, Marisa arruma o seu carrinho de camareira para iniciar mais um longo e exaustivo dia de trabalho. Jodie fazia o mesmo e ao observar o silêncio da amiga, a cutuca com o cotovelo e a questiona de imediato:— Que cara é essa? Sorria. Max é uma criança, tem o hotel inteiro para ele brincar e se distrair. Vai ver, como muito em breve, tudo o que houve no colégio já terá sido esquecido. — Jodie fala arrumando os lenços de papel no seu carrinho e Marisa solta um ar pesado pela boca, continuando o seu trabalho— Nós estamos aqui todo dia e até que às vezes é divertido. Imagine para uma criança. — Rose, uma das camareiras do setor fala— Ele vai se esbaldar. — Jodie completa— Você é que diz. — Marisa fala sem motivação, ainda organizando seu carrinho— Você precisa relaxar um pouco Marisa. — Jodie fala arqueando a sobrancelha esquerda deixando bastante claro as suas intenções — Não estou interessada, e
Ainda na Suíte Lady...— Tá legal, sabe qual é a diferença entre a deusa e eu? Ela deve estar fazendo joguinho para o cara gostar dela. — Jodie diz enquanto borrifa o perfume francês — E você faz o que? — Marisa pergunta enquanto arruma a cama— Eu dou duro para ganhar dinheiro. — Jodie responde passando um pouco de hidratante na palma da mão e espalhando pelos braços — Por falar nisso, entregou sua ficha? Para a sub gerência? Caminhando para o closet e mexendo em tudo o que havia por lá, ouve a resposta de Marisa.— Ainda não, mas... — Marisa titubeia para responder e ao ficar de frente com Jodie se assusta por vê-la dentro do closet examinando cada peça que havia ali dentro — Ei, o que você está fazendo? Não mexe aí!Marisa questiona com as mãos na cintura e Jodie sequer lhe dá ouvidos, e continua boquiaberta ao ver um modelo mais maravilhoso do que o outro, e o pior, tudo era praticamente novo, pois a maioria das peças estavam com etiquetas. — Ai meu Deus! Que lindos! — Jodie so
Enquanto isso no setor de costura...Max já havia desenhado, ouvido música, lido, montado quebra cabeças de cinco mil peças e feito tudo o que estava ao seu alcance para se distrair. Mas parecia que o tempo não passava e ele já estava começando a ficar inquieto, por falta de algo que pudesse realmente prender à sua atenção. Ele desde sempre, foi criado em local aberto, e ficar muito tempo em ambientes fechados não ajudava em absolutamente nada e o deixava ainda mais angustiado. — Max, está tudo bem? — Lily pergunta ao ver seu jeito inquieto observando cada detalhe do setor de costura — Vai ficar Lily. — Max responde tristonho e em seguida abre a sua mochila retirando seus fones de ouvido — O que você está fazendo? — ele pergunta ao notar Lily concentrada com algo em suas mãos — Pregando o botão dessa camisa. — Lily responde sem tirar os olhos da agulha— Que horas sai o almoço? — Max pergunta e se levanta da cadeira— Daqui à uma hora. Já está com fome? — Lily pergunta enquanto ter
Havana | CubaO silêncio impera dentro daquele escritório gigantesco, cuidadosamente planejado e todo decorado com detalhes em vermelho, a cor que remete a paixão, ao sangue e também a morte, as três principais palavras que sempre fizeram parte da vida de Héctor Martínez, o Dragón. Sem parar um instante sequer de observar cada gesto de Consuelo, Dragón continua na mesma posição, sentado na sua confortável poltrona e fumando o seu inseparável charuto.Notando que Consuelo não abriria a boca, Dragón decide quebrar o silêncio e iniciar o assunto.— E então Consuelo, o que te fez sair do teu castelo, para vir na minha fortaleza e ainda tentar me enfrentar?Sem tirar os olhos do seu alvo, Soledad dá passos largos e firmes em direção à Dragón, posiciona as duas mãos com força em cima da mesa de madeira maciça e com o olhar furioso e uma voz carregada de raiva diz:— Já estou sabendo que a encontrou, Héctor. — Dragón a olha de sosleio, dá outra tragada no seu charuto e permanece em completo
Minnesota | E.U.AEnquanto isso na Suíte Parker — Isso é mesmo real, Jorge? — Cristhian fala alterado olhando diretamente para Jorge, seu advogado, que estava sentado em uma poltrona fechando pacientemente a sua maleta de couro e com toda tranquilidade do mundo olha para Cristhian e diz:— Mais real, seria impossível, Cristhian. Tudo o que consta nesse documento é verídico e intransferível. Jorge fala tranquilamente e Cristhian fica fora de si, tentando encontrar alguma maneira de se livrar desse peso que seu pai colocou em suas costas. Como se já não bastasse ter que cuidar dos gastos da destrambelhada da Margareth, ainda seria obrigado a se casar sabe lá com quem para conseguir o que era seu por direito. Cristhian não conseguia parar quieto no lugar, a sua mente estava a mil por hora e tudo o que ele queria, era despertar desse pesadelo que tem vivido durante essas semanas. Mas ao que tudo indicava, isso não seria nada fácil de conseguir.— Tem que haver uma maneira de impugnar es