Poeira e Memoria

Havia um quartinho nos fundos que Melody logo descobriu se tratar de um depósito. Era um cômodo poeirento.

Não por negligência, mas por pouco uso. Era ali que se guardavam as coisas que não serviam mais, mas que também não se jogavam fora. Ferramentas, tecidos, botas gastas. Memória compactada em caixas.

Melody foi enviada ali por Ida, com uma instrução prática:

— Veja o que ainda serve... vou buscar uma vassoura.

Obedeceu.

Não porque gostasse de poeira, mas porque a tarefa dava ao corpo algo pra fazer — e, à cabeça, algum silêncio.

Estava se conectando rápido demais com as pessoas ao redor dela, e isso realmente tinha que parar.

Sentou-se no chão com as pernas cruzadas sobre um tapete enrolado. Começou a abrir os pacotes com cuidado.

A primeira pilha era de panos de prato — alguns novos, outros gastos até a transparência.

Alguns tinham bordados: flores simples, iniciais, um ou outro com manchas que não sairiam mais.

Feitos à mão por alguém que bordava até o que seria usado para secar
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