7. Blindada pela Fé

Alice

Nunca senti tanto medo como agora. Eu não sabia o que fazer, se gritava, chorava, corria ou ficava aguardando até aquele homem fazer o mesmo ou pior comigo. O desgraçado do Filadelfio era um verme maldito, mas não deixava de ser um ser humano e quem somos nós para ceifar a vida do nosso semelhante? Aquele homem com seu olhar frio e seu modo duro de agir me fez sentir como um grão de areia, um nada... Naquele momento tudo o que eu desejava era que um buraco fosse aberto debaixo de mim e me tragasse para sempre. Eu sequer conseguia gritar ou esboçar qualquer tipo de reação...

Simplesmente paralisei.

Aquela cena ficará gravada para sempre dentro da minha cabeça, o Filadelfio sendo castrado como um bicho e se debatendo enquanto o outro homem que mais parecia um justiceiro, sem esboçar nenhum tipo de remorso apertava cada vez mais o nó da corda que estava em torno do seu pescoço, deixando mínima a possibilidade daquele sujeito que a pouco tempo atrás eu chamava de pai escapar.

E tud
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