PGDepois de finalizar aquela situação parti direto para o hospital, só queria pegar minha família e meter o pé desse inferno. Nocaute tentou desviar o caminho seguindo pra casa onde nós tava, mas não dei chance, minha ordem vai ser cumprida e a partir de agora vou ser pior do que antes. Essa porra# de afrouxar as rédeas só deu merda, me desloquei da minha paz e fui parar direto no inferno sem escala. Tudo porque dei oportunidade, confiei e olha a merda que deu... só me fodi. E isso não vai mais acontecer!Fiquei cabreiro de deixar aquela garota pra trás e ainda respirando depois de filmar a nossa cara. Mas sei lá o que me deu, aqueles olhos de anjo dela me deixou em transe por algum tempo e eu já estava tão neurótico com toda aquela merda que deixei ela pra trás. Só que algo me diz que isso não foi uma boa ideia e eu preciso resolver essa porra# antes que traga problema pra minha cabeça, que já tá a prêmio há muito tempo.Chego no hospital e vou logo ter notícia da Emilie. A coroa a
AliceSem olhar para trás comecei a caminhar sem rumo pela estradinha de terra que me levaria direto ao centro da cidade. Não sabia o que aconteceria comigo a partir daquele momento, mas no fundo, eu tinha a única certeza que deveria fugir, andar, correr e chegar o mais longe que eu conseguisse. Pois essa era a minha única oportunidade de recomeçar.Já era madrugada e a estrada estava deserta. Como sempre ali não passava sequer um filho de Deus que pudesse me ajudar. Mas, por outro lado, era melhor assim, pois depois de tudo o que passei eu não confiaria em ninguém, nem mesmo na minha própria sombra.O mal havia ficado para trás e junto à ele o corpo daquele demônio maldito. Eu deveria me sentir feliz, mas tudo acontecia exatamente o contrário, estava morrendo de medo do meu futuro e principalmente de esbarrar com aqueles sujeitos, pois com toda certeza ainda deveriam estar muito perto. Com esses pensamentos aperto o passo e ao longe avisto uma iluminação. Sigo em direção ao reflexo
PGDepois de todo aquele sufoco, enfim a situação tinha sido resolvida e as parada voltado as normalidade de sempre. Tratei de seguir pra casa, fiz toque de mão com Nocaute que ainda tinha umas ligação pra fazer para o morro e eu segui pro banheiro tomando um banho arrumado. Caralho#! Como eu estava precisando disso, sentia meu corpo pesadão e um banho demorado ajuda muito a aliviar a tensão e diminuir a adrenalina que eu estava sentindo. Fiquei uma cota de tempo debaixo daquele chuveiro, mas bastou eu fechar os olhos pra imagem daquela garota junto com o barraco incendiado surgir na minha cabeça. Que porra#! Por que eu ainda pensava naquilo?Essa não era a primeira vez que eu eliminava um desafeto ou um otário# que tentou me passar a perna. Bagulho estranho esse parceiro. Pelo jeito vou ter que ir fazer mesmo um descarrego e tomar um banho de ervas com sal grosso pra jogar essa urucubaca para bem longe. Não vejo a hora de voltar para o meu lugar e dar um guenta numa gostosa pra jo
PGHoras depois...No Hospital Três Marias— Valeu chefia, tu foi firmeza com minha sobrinha e sei valorizar quem me fortalece. Um dia nós se esbarra e se tu precisar PG vai está ali pra te ajudar. — já com a cachinhos no meu colo arregada no meu pescoço agradeço ao doutor que foi sujeito homem do início ao fim e como disse tava liberando minha sobrinha no horário combinado Patricia não me encarava de jeito nenhum e eu tava era me fodendo# pra aquilo. Tudo o que me importava já estava nos meus braços e isso era o suficiente pra mim. — "Quelo" "sovete"! — a cachinhos fala fazendo carinho no meu rosto— O tio vai comprar pirralha, nós já vamos voltar pra casa. — falo colando minha testa na dela— É muito bom saber que vocês se dão bem. Depois do que ela sofreu, o amor da família é muito importante. — o doutor fala e mais uma vez agradeço — A partir de agora todo cuidado e atenção é pra ela. Se depender de mim nunca mais ela vota pra um hospital. — falo encarando sério pra Patricia qu
AliceFiquei pensativa e confesso que meu medo só aumentou ainda mais depois que assisti aquela reportagem. Por mais que eu tentasse fugir parecia que tudo me levava direto para as mãos daqueles homens. Meu Deus, quando eu conseguirei respirar e ter paz? Uma paz que a cada momento fica mais distante.Solto um longo suspiro, e com a certeza de que me preocupar não era a melhor opção, então volto a comer o meu lanche, pois de agora em diante precisaria de muita energia e força para enfrentar todos os obstáculos que surgissem em meu caminho. Mas no fundo, bem lá no fundo, eu ainda tinha a sensação de que em algum momento minha vida se cruzaria com a do homem de olhos sombrios. Nao saberia explicar o motivo, mas algo me dizua que issi seria muito mais rápido do que imaginava.Porém, só agora eu aprendi que devemos viver um dia de cada vez, e ao invés de sofrer antes do tempo eu preciso aproveitar a oportunidade que Deus estava me oferecendo. Pois somente Ele para preparar todas as coisas
PGDepois de passar aquele nervoso do caralho#, seguimos nosso caminho de volta para casa. Eu só poderia estar louco por ir atrás do papo do Nocaute e ter deixado aquela garota viva. Isso nunca aconteceu comigo e no nosso mundo deixar evidência no meio do caminho é fatal. Eu estava era fodido# e sabia muito bem disso. Mas essa porra# não iria me paralisar, eu precisava seguir o fluxo e continuar com meus corre, só que agora consciente de que esse erro nunca mais poderia acontecer. Depois de tomar o bendito sorvete, por fim, a cachinhos dormiu. Deitei ela no meu colo e aproveitei pra fazer uma ligação importante. Tinha uma nova carga de haxixe pra chegar e eu precisava saber se tava tudo no esquema. Nós ia começar a transportar mercadoria para outros países da América do Sul por mar e esse lance tinha que dar certo, ou já era a minha cabeça. Um erro nesse tipo de negócio era fatal e esse risco eu não podia correr.— Fala aí Jamal, tudo certo. — falo com o fechamento da segurança do mo
AliceAssim que cheguei na Rodoviária Novo Rio tratei logo de procurar um telefone público para que eu pudesse entrar em contato com a Damares. Mas cadê que consegui? Parecia que todos nessa cidade tem aparelho celular, menos a pobretona aqui e por isso aboliram todos os telefones públicos do Rio de Janeiro. Sabia que as coisas não seriam tão fáceis como eu imaginava, mas sou dura na queda e não vou desistir.Caminho até uma lanchonete que tinha logo na entrada da rodoviária e pergunto a atendente onde consigo fazer uma ligação. Ela na hora me lança um olhar incrédulo como se dissesse: — Telefone público em pleno ano de 2023? De onde tu saiu garota? De alguma nave extra terrestre? Depois que eu expliquei por alto a minha situação, enfim ela me indicou um lugar onde eu conseguiria fazer a bendita ligação, mas deixou claro que eu teria que pagar por isso. Na hora eu agradeço em pensamento ao Jorge por ter me emprestado aquele dinheiro, pois se não tivesse isso, eu estaria perdida. Pelo
PGEstava exausto e sempre que eu saia do morro sentia que uma tonelada tinha sido jogada nas minhas costas, mas dessa vez tudo foi mais intenso, o que me deixava mais cabreiro ainda. Terminei de comer e subi pra buscar uma camisa no meu quarto. Visto, dou um chega no quarto da cachinhos pra ver se estava tudo na paz e logo meto o pé. Eu precisava tirar esse peso do corpo e já sabia o que tinha que fazer. Desço ligeiro e já estava perto da porta quando Nocaute fala:— Vai aonde PG? Nós tem um desenrolo pra resolver lá na boca parceiro. — Nocaute fala me encarando e eu de costas mesmo respondo— Isso vai ter que esperar parceiro, tenho uma situação urgente pra resolver e tem que ser agora.Nocaute levanta ainda com um pedaço de pizza na mão e me segue.— Mas e a pirralha, vai ficar aqui sozinha com a tua irmã?Paro e coloco a mão na cabeça pensando no que fazer. De jeito nenhum a Emilie pode ficar sozinha com a Patricia, eu não posso arriscar, vai que essa sequelada faz merda outra ve