Adriel Lobo.
Verifico o horário no relógio pela milésima vez, sem um pingo de paciência. Essas pessoas que se atrasam deveriam entender que, trinta minutos do meu tempo custa uma pequena fortuna e alguém vai ter que pagar por este prejuízo.Tic-tac, tic-tac o barulho daquela velha relíquia emoldurado na parede, estava me dando dor de cabeça. Era o único som que se ouvia naquele restaurante, onde eu aguardava meu sócio, meu advogado e a minha futura esposa chegarem, para uma rodada de negócios.— Sr. Adriel! — a voz rouca, me traz a sensação de alívio. Odeio ter que esperar. — Desculpe o atraso é que tive que pegar um táxi, porque meu carro quebrou.— Então? Onde estão? — analisei o ambiente — não estou nem aí que seu carro quebrou.— Não vai mais acontecer, eu juro!— Sabia que eu tive que desmarcar duas reuniões, para estar aqui hoje?Faço a pergunta despendo toda minha raiva em cima dele, sem piedade.— Boa noite Sr. Adriel Lobo.Finalmente ouço a voz do meu sócio.— Ia lhe falar, mas você não me deu tempo. — meu advogado se explica.Meus olhos estreitaram em reprovação quando vi uma garota se aproximar, logo atrás do Sr. Filippo. Ela trajava uma roupa ridícula e tão larga, que caberiam três dela ali dentro.Foi de propósito? Talvez sim.Tudo bem que é uma jovem pura e devota a sua igreja, mas poderia ao menos se vestir como uma dama, se portar como a verdadeira filha de um homem do mundo de negócios, já que ela é exatamente isso. O fato de terem falido não elimina ou define o bom senso, nem o bom gosto.Os fios loiros de seus cabelos despenteados, cobriam boa parte do seu lindo rosto envergonhado.Nem em sonho, que ela vai assim na casa dos meus pais.— Sr. Lobo, esta é Ana Lis, minha filha mais nova.Levantei da cadeira para cumprimentá-los, minha futura noiva nem se deu ao trabalho de me olhar nos olhos. Cabisbaixa, ela rapidamente apertou minha mão e depois soltou a sua, como se a minha mão fosse brasa queimando sua pele macia e delicada.— Bem... Sentem-se. — sinalizei em direção às cadeiras. — Vamos ser rápidos, pois tenho alguns assuntos a serem resolvidos ainda hoje. — os avisei.— Sim. Vamos ao que interessa. — meu advogado retirou o contrato da sua pasta preta — Sr. Filippo, quer rever o documento antes de assiná-lo?O velho parece tenso. Ele analisa sua filha ao lado, depois olha para o papel, estava muito pensativo. Inspira e aspira o ar, suando excessivamente.— Não, não, eu já li tudo e minha filha concorda. Não é mesmo, Lis?— Sim, senhor. — ela respondeu com a voz pesada.Percebi que, no fundo, ela não estava concordando com nada.Reservei o restaurante esta noite para que somente nós estivéssemos aqui, tratando de um assunto tão íntimo como esse... Assim eu também teria mais privacidade com a jovem. Preciso analisá-la melhor, também verificar seu comportamento, para saber se ela está à minha altura!— Me tirem uma dúvida. Ela já completou dezoito anos? — perguntei ao observar a aparência jovem da minha noiva.— Na semana que vem, ela será maior de idade, senhor Adriel.— Vocês poderiam parar de falar como se eu não estivesse aqui? E mais — finalmente ela me olhou nos olhos. — eu não sou nenhuma mercadoria, para ser tratada desta forma.— Ana Lis! — seu pai a repreendeu, rígido, ao chamar seu nome.— Eu já aceitei tudo que me pediu, pai. Peço que pelo menos me tratem como um ser humano de verdade, pois é isso que sou. — ela o desafia.— Não me faça perder a paciência, Lis. — seu pai comprimiu os lábios prestes a explodir.— Já chega! — encerro a discussão entre os dois. — Você. — a encarei firme. — Acho melhor se acostumar rápido, a receber ordens.A expressão dura da mulher, logo amenizou.A garotinha tremeu as pálpebras e seus olhos amedrontados encheram-se de lágrimas. A intenção não era assustá-la logo no início, mas não tive escolha. Mediante aquela situação desagradável, me vi obrigado a interromper a briga, antes que fugisse do controle.Esta era a primeira vez que a via pessoalmente. Meu advogado, me mostrou algumas fotos dela, no I*******m. Nas imagens a garota parecia corpulenta, mais madura e desejável. Talvez o vestido horrível que ela usa, esteja escondendo a mulher que eu vi nas fotos.O que aguçou uma curiosidade absurda dentro de mim, em descobrir o que aquele monte de trapo velho, estava escondendo.— Pronto. Tudo está assinado! Sua vez, Adriel.Pego a caneta e assino às duas folhas, nas quais estão redigidas tudo que eu havia prometido antes, ao seu pai.Filippo agora terá uma boa quantia para reerguer suas fábricas de vinho. E eu vou ter uma boa esposa, para me representar daqui para frente em todos os meus compromissos sociais e financeiros. Pelo menos por um tempo.— O casamento será daqui a oito dias, após o aniversário da Ana Lis.sorri para ela ao falar, mas a minha noiva endureceu a expressão quando me viu sorrir satisfeito. Quer saber? Eu não ligo para ela, afinal são apenas negócios.Mais tarde, depois do nosso jantar, entrei em meu carro e voltei à empresa novamente, para falar com Igor sobre uns negócios voltados à exportação.Ao chegar no segundo andar cumprimentei alguns funcionários que estavam de saída. No terceiro piso encontro uma figura, é a minha secretária. Ela estava empenhada atrás daquela mesa, mexia em seu computador, quando me viu entrar sobressaltou da sua cadeira, esboçou um sorriso e veio ao meu encontro.— O Igor ainda está aqui? — pergunto.— Está lhe aguardando em sua sala, Sr. Lobo. — brincou ao me chamar de "Sr. Lobo"Quando estamos a sós na empresa, minha secretária não precisa me chamar de senhor, pois tínhamos intimidade suficiente, para sermos tratados normalmente, sem nenhuma formalidade. No entanto, agora, ela terá que se acostumar em me tratar como seu chefe.— É bom mesmo que vá treinando, senhorita Baumer. De hoje em diante seremos chefe e secretária, ou seja, tudo profissionalmente.Folgo minha gravata e respiro fundo. A temperatura naquela noite parecia estar a quarenta graus.— Por que isso agora, Adriel? — ela entristeceu. — Você está terminando tudo comigo?— Eu vou me casar na semana que vem. — ela riu muito alto. — Eu não estou brincando. — desfiz seu riso.— Você? Casado? — duvidou.— Sim! Eu vou me casar. Agora se me der licença, eu tenho um assunto para resolver. Ah! E vá para casa porque depois eu não quero a justiça do trabalho no meu pé, pensando que estou a explorar meus funcionários com horas extras.— Adriel Lobo, casado? Essa eu pago para ver, pois, você não é homem de uma só mulher — diz zombeteira, dando as costas para mim e sai desfilando.Segui meu caminho diretamente para minha sala sem me importar com o que ela dizia, sem dar atenção ao que minha secretária pensa ou fala sobre o meu casamento.Igor estava lá sentado, ele verificava alguns papéis, enquanto aguardava minha chegada.— Por onde andou, Adriel? Se bem te conheço, eu poderia apostar que, você estava se divertindo com alguma puta por aí, estou certo?— Errado! Na verdade, eu estava mesmo com uma mulher, mas esta não qualquer uma. Era a minha noiva. — falei sério, ele riu igual a minha secretária.— É sério, Adriel? Você vai mesmo levar isso adiante? Eu não estou te entendendo. Alguns dias atrás você glorificava o fato de ser solteiro e agora quer casar a todo custo. O pior disso tudo, é que você nem conhece a mulher.— Em breve você vai saber!Sirvo dois copos de uísque e me sento ao seu lado.— Mas, porque tinha que ser uma jovem santa? Tem tantas mulheres experientes por aí, todas aos seus pés. — ele começa o seu sermão.— Porque esta mulher será minha esposa e mãe dos meus herdeiros. Acha mesmo que eu ia pegar qualquer uma, para ser minha esposa? Essa categoria de mulher é para diversão, apenas isso.— E a Giulia? Ela também é jovem, bonita e de boa família.— Eu sei que é bonita, de família rica, muito gostosa, entretanto eu não gosto dela. Já imaginou aquela desmiolada sendo a senhora Lobo, esposa do CEO da empresa "Lobo'M&G?" E a… — calei minha boca antes que eu revele o segredo.— E tinha quer ser a filha mais nova de Filippo? — reclama.— Não posso fazer nada quanto a isso. Eu quero algo novo, entende? Para ser minha esposa eu não quero mulher que já passou nas mãos de vários homens, entre outras coisas, antes de chegar a mim. Sem falar que todas que já estiveram comigo, se mostraram ser interesseiras. — explico paciente.— Bom... então está decidido, você vai mesmo perdoar as dívidas dele? Aquele velho é muito filho da mãe, só sendo um desgraçado assim, para entregar sua filha em troca de dívidas e um pouco mais de dinheiro — fala indignado com a atitude do meu futuro sogro.— Concordo plenamente com você. Não esqueça também, que ele tem 2% das ações da minha empresa.Esvaziei o copo de uísque e o coloquei sobre mesa.— Vamos deixar minha vida pessoal de lado e focar nos negócios?— OK. Aqui está o orçamento com o valor total da venda para a construtora Carrara & Cia.Pguei a folha da sua mão e sorri totalmente feliz, por mais uma venda concluída com sucesso.— Este valor já cobriu a dívida do Sr. Filippo Duarte. Por isso não me importei em perdoar o que ele me devia, pois, para mim, isso não é nada que eu não consiga repor em poucos dias. — digo vitorioso.— Uma vez que você faz isso para os Duartes, não tem mais volta. — continuou tentando me dar lição de moral. — eles acabaram falindo e não foi por outra coisa a não ser divididas e mais dívidas.— E você quer falar isso para mim? Igor, Igor... parece que não está me reconhecendo. Pensa que estou sendo bobo? Não... não entro em um negócio para perder. Ou eu ganho, ou… eu ganho. — rio.— Assim eu espero meu caro amigo! E a garota? É formosa mesmo? — sorriu ao perguntar.— Ela é um mistério. No fundo, eu sei que tem coisa boa escondida debaixo daquele monte de tecidos velhos, que ela usava.Um sorriso brota em meus lábios, ao lembrar do vestido de mangas compridas e com o comprimento até os calcanhares, que minha noiva usou no nosso primeiro encontro.— Você não presta — gargalhou — ela se interessou por você? Como foi com ela?— Ah, ela me odeia! Não me encarou mais que quinze segundos, mas eu vou domar aquela fera. Ela tem um olhar sagaz, o rosto dela é perfeito, angelical e, ao mesmo tempo muito selvagem, isso me causa muita curiosidade.— Eu ainda não acredito que você está fazendo isso. Não vai mesmo me contar os verdadeiros motivos desse casamento repentino? Revela detalhes para mim.— insiste.— Ainda não, Igor, ainda não! Tenha paciência, na hora certa você vai saber. Pode apostar.Capítulo 2Ana Lis Duarte.Alguns dias depois....As aulas haviam acabado e eu tinha tudo planejado para fazer minha faculdade antes de me casar com alguém, pois não queria ser como minha mãe que dependeu sempre do meu pai para tudo. Eu nunca me imaginei ter a mesma vida que minha mãe leva, ela não tem uma profissão, nem um diploma ela tem. Na verdade, minha mãe não tem nada que não seja fruto da nossa fábrica.Todos os meus planos desmoronaram quando meus pais me informaram que nossa fábrica iria fechar por ir à falência.Avisaram-me de uma hora para outra que nossa família estava falida, assim, do nada! Eles me disseram que papai não tinha mais de onde tirar dinheiro para reerguer a família.Também fui informada que nós estávamos devendo muito para a única fonte que nos emprestava dinheiro e os juros eram altos, na verdade, eram muitíssimo altos e mal conseguimos pagar os empréstimos. Situação esta, que acarretou até na hipoteca da nossa mansão. Resumindo, estávamos todos arruinado
— Você é muito bonita, Ana Lis.Senti seu polegar fazer um contorno, ao redor dos meus lábios. — Essa boca é tão convidativa... — Sussurrou — aposto que beija bem...Sua mão se fechou em meu maxilar e seu dedo abriu minha boca de forma lenta.— Eu não ando beijando ninguém, seu pervertido.Mordi seu dedo com força. O homem rosnou entredentes, aborrecido.— Você é maluca! — vociferou, — nunca mais faça isso. Garotinha mimada!O homem afundou seu dedo no balde de gelo, aparentemente furioso. — Desculpa Sr. Adriel.Arrependi-me no mesmo instante, pelo menos eu havia o afastado de mim. Porém, eu não podia e nem tinha direito algum de contrariar meu noivo, se eu quebrar o contrato, meu pai pode até ir para a cadeia e minha família será jogada na rua, sem nada.— Não se preocupe, pequena Lis. Você vai aprender a ter bons modos rápido. — senti firmeza em sua ameaça.“Oh! Deus." Onde fui me meter?Alguns minutos depois, o carro parou e eu suspirei aliviada, pois a tensão estava pesada entre
Adriel Lobo.Na igreja todos estavam apreensivos com a demora da noiva, meus pais não paravam de sussurrar em meu ouvido, perguntando sobre a garota que estava a trinta minutos, atrasada. Depois de ela ter me feito passar aquela vergonha no baile, agora me deixa plantado no altar e tendo que lidar com toda situação, sozinho.— Graças a Deus! — o padrinho diz ao meu lado.A música calma começa a tocar e, finalmente, Ana Lis passa por aquela enorme porta ao lado de seu pai.Seus passos parecem hesitantes, obviamente está nervosa. Ao se aproximar um pouco mais, tirei aquele véu que cobria seu rosto, ela me olhou nos olhos, assustada, dei um sorriso e ela fez o mesmo. Diante do público temos que ser um casal apaixonado, portanto, ela terá que seguir todas as regras.Após a cerimônia ter ocorrido como esperávamos, levei Ana para o nosso carro e fomos para o buffet, onde a festa vai acontecer.Não demos uma única palavra um com o outro durante a viagem de curto período, eu ainda estava ch
Ana Lis. “Eu só queria acordar daquele pesadelo, e que tudo voltasse a ser como era antes.” Aquilo que ele guarda como algo sagrado, nada mais é que um escapulário de nossa senhora do Carmo. Eu tinha um do mesmo modelo em ouro maciço. O meu, era personalizado, tinha as abas dobráveis e dentro, havia uma pequena frase que dizia “Fé inabalável” eu ganhei do meu avô quando era criança.O entreguei a um garoto mais velho desacordado, pois, algo em mim, dizia que ele precisava daquele escapulário, muito mais do que eu. Senti algo forte em meu peito que me compeliu a dar de presente para aquele rapaz bonito.Após aquela data marcante, a figura não me saía da cabeça e até hoje ele aparece em meus sonhos, porém, não consigo ver seu rosto.Mas não era Adriel, tenho certeza que não. Eu saberia se fosse ele.— Como se sente agora?— Eu poderia estar bem, mas estou em um hospital.Desejei toda a culpa nele.— Desculpe-me, Ana. Por eu ter lhe tratado daquela maneira, eu não queria ter feito aqui
Ana Lis.Quando saímos do edifício em seu carro, olhei através do vidro da janela e percebi que a noite havia chegado, uma linda noite tempestuosa. As gotas de água batiam nos vidros, agressivamente.— Meu celular? Onde está?Quebrei meu próprio silêncio que estava deixando-o inquieto.— Está na minha casa — me olhou rápido e voltou a sua atenção para a estrada — Gostou da chuva?Percebeu minha satisfação ao me ver com os olhos fixos na janela. — Sinto paz, tenho uma conexão com ela, que não sei explicar. É uma sensação boa... — digo pensativa passando as mãos em meus ombros.O silêncio se refez e ficamos assim o resto do trajeto. Alguns minutos depois, entramos no jardim da mansão do Sr. Lobo. Quando vi que o carro ia diretamente para a garagem, pedi-lhe que parasse o veículo e tirei meus sapatos.— O que está fazendo, Ana?Antes que ele me impedisse segurando-me pelo braço, saí imediatamente do carro.— Isso é tão bom!Olho para o céu chuvoso, adorando cada gota que caía fortemente
Poderia vê-los perfeitamente através dos vidros das falsas e enormes janelas, que deixavam o local ainda mais sutil. Os dois conversavam e riam enquanto faziam a refeição acompanhada de vinho.Foi como se ela tivesse sentindo minha presença ali, às suas costas. A jovem misteriosa olhou para trás sorrindo, seus olhos pousaram nos meus, seu sorriso já não era o mesmo, ela arqueou uma das suas sobrancelhas bem desenhadas e sorriu de lado.Era a mulher da foto.Adriel estava almoçando com a mulher que ele ama, deve ser a mesma que faz sexo do jeito que ele gosta, segundo o que me dissera ontem a noite.Dei as costas para eles, saí do restaurante e entrei no carro. Eu só queria ir para casa.***Quinze dias depois...Coloquei um vestido básico, porém elegante. Fiquei na sala de visitas aguardando impaciente Adriel chegar, para irmos à clínica fazer o bendito exame de gravidez.O medo me assola no momento, tanto que minhas mãos suam frio e minhas pernas bambeiam.Eu orei muito para que este
As lágrimas desciam por minha face, o homem olhou-me impassivo. No entanto, mantive minha fé na torcida para que ainda restasse uma ponta de compaixão, ali dentro daquela capa inacessível.— Está disposta a repetir a fertilização? — arqueou uma de suas sobrancelhas escuras.Seu olhar sobre mim era morno. Contudo, consegui extrair um pouco de dignidade nele.— Sim! — me apressei a dizer, com uma imensa vontade de sair dali. — Eu só lhe peço uma coisa.— Depende! Do que se trata?— Exija que me mantenham desacordada novamente. Eu não quero sentir dor além da vergonha, por estar desnuda para vários profissionais.Olhou-me confuso, seus olhos curiosos me cercavam de uma maneira que não sei descrever.Se ele fosse um sistema de computador, eu poderia tirar tudo que eu precisava ou até mesmo manipulá-lo. Entretanto, estou lidando com um ser humano muito difícil.— Como quiser, Ana Lis, mas quero deixar claro que só tenho mais uma tentativa, e se não der certo, faremos este filho de outro je
Não pude aguentar ficar ali dentro, pisei forte no freio, com isso fiz nossos corpos irem para frente de uma vez.— Maluca! — xinga enquanto organiza seu terno caro.Desci do Mercedes e esperei o portão se abrir, não ia mais ficar dentro daquele carro ouvindo os insultos de Adriel. Assim que os seguranças liberaram a entrada, entrei a passos largos e decididos.Caminhei para dentro de casa e subi as escadas apressadamente. Ao chegar no quarto, fui até o closet, peguei uma camisola e fui para um quarto de hóspedes, levando apenas o celular.— Para onde você vai? — Adriel gritou às minhas costas.— Estou indo dormir bem longe de você. — respondi abrindo a porta.Após tomar banho e me secar, me troquei e fui para cama com o celular. Disquei o número do Tomás, liguei para ele e marquei um encontro no horário de intervalo da faculdade. Preciso reverter esta situação o mais rápido possível, antes da inseminação.Quando eu estava pegando no sono, senti o colchão se mover e sacolejar meu corp