— O que fazia dirigindo sozinha por essas bandas? É muito perigoso. Se torna mais perigoso quando se trata de uma mulher tão jovem e bonita. O som grave da voz daquele estranho me fazia arrepiar, e o rosto arder. Fixei os olhos no queixo bem delineado enquanto pensava no que responder a ele.— Nem eu sei! Funguei passando o dedo nas laterais dos olhos. A maquiagem deveria ter se espalhado pelo rosto junto às lágrimas. Um vento repentino soprou em meus cabelos, fazendo os fios dançarem conforme a ventania se intensificava.— Mas eu não iria pular da ponte! Sorri timidamente voltando a encará-lo, sem me importar em estar dialogando com um estranho. Entretanto, a sensação que eu tinha era como se o conhecesse há décadas. Isso é um fato bastante curioso!— Bem, — pigarreou com um ar divertido — foi isso que pareceu, mas é bom estar errado. Venha comigo! Encolhi os ombros instintivamente, o vento gelado estava começando a me incomodar. Andrew, ao perceber aquilo, se prontificou a me p
Andrew, logo percebeu a inquietação nos meus dedos que apertavam inconscientemente a beirada do vestido, enquanto eu olhava a escuridão através da janela um tanto amedrontada. De um lado era apenas montanhas, o outro, havia um abismo sem fim!Por um momento, fiquei arrependida por aceitar sair com um homem que acabei de conhecer. O coração se afundava num poço de ressentimentos, no entanto, quando o encarei de soslaio, senti a tensão se abrandar com a sensação de estabilidade que me transmitia. Ele segurou minha mão e a beijou sem tirar os olhos da estrada escura.— Você não confia em mim. O silêncio foi tomado por sua voz rouca, Andrew não escondeu a tristeza nos olhos quando notou minha reação duvidosa sobre ele.— Entendo que esteja com medo, eu também ficaria. — Deu uma risada para quebrar o gelo — minhas intenções são as melhores, senhorita! — Para onde estamos indo? — Estou nos levando para um lugar muito especial e tenho certeza que você vai gostar muito! Ele disse em um t
O clima transmitia uma sensação agradável de acolhimento, envolvendo-nos ao o calor suave da lareira permeado aos sons de estalidos da lenha queimando. Podíamos sentir o aroma sutil de madeira queimada e ouvir nossas respirações descompassadas, criando uma atmosfera íntima para o momento.— Você deve estar pensando que aquele carro é meu, estou certo?Deu um sorriso desajeitado, parecendo tenso. Eu, por outro lado, permaneci em um silêncio sugestivo.— Não é meu, é do meu chefe.— Não é só pelo carro luxuoso, Andrew.— Então, é pelo quê?Seus lábios distorceram, demonstrando uma expressão um tanto desfavorável ao assunto.— Você se comporta com nobreza e elegância a todo momento. Parece ser um homem muito inteligente, então, naturalmente, age como um anfitrião da alta sociedade e com bons status. Há outras coisas, mas deixa para lá. — Estou impressionado com sua observação, Lauren!— Além disso, sua capacidade de lidar com situações complexas com calma, é notável.— Você realmente n
A cena chocante diante dos meus olhos me arrancou mais um suspiro, entre outras sensações pecaminosas. Fiquei extasiada naquele momento que ele me olhava com tanto fervor, admiração e desejo.— Você não faz ideia o quanto é linda, desejável e deliciosa, Lauren...Sussurrou com sua voz rouca, seu hálito quente soprando em um lado do meu rosto, próximo ao ouvido. Instintivamente arqueei as costas, ansiosa para senti-lo dentro de mim, causando-me sensações magníficas.— Também não faz ideia o quanto quero você!Suas mãos foram para debaixo do meu vestido e posteriormente ele tirou minha calcinha com facilidade. Andrew sabe como enlouquecer uma mulher.Também não é de admirar tanto, pois um homem como este, certamente deveria ser um mestre em seduzir e dar prazer a uma mulher. — Oh, caramba! Andrew. Isso é muito bom!Aquele movimento que seu membro fazia em volta do meu sexo latejante, me faria gozar sem muito esforço.— Está tão molhada, Lauren... Meu nome nunca havia sido mencionado de
Peguei a aliança que estava na bolsa e a coloquei no dedo, antes de sair do carro. Imediatamente subi as escadas em direção ao quarto, peguei umas roupas de malha que costumo usar na academia e as joguei perto da cama. Feito isso, entrei para o banheiro tomada pelo nervosismo.O vestido que eu havia usado ontem, o escondi no fundo do cesto de roupas sujas.Todas às vezes que Filippo chega em casa, principalmente de uma viagem longa, costuma demorar mais de dez minutos para subir ao quarto. Primeiro, ele dedica algum tempo tirando as malas do carro, dá atenção às nossas filhas, interroga nossa babá e só depois, é que vem falar comigo. Hoje não foi diferente, meu marido supostamente estava agindo como de costume, como se nada tivesse acontecido. Após alguns minutos embaixo do chuveiro ponderando, ouvi seus passos dando voltas no quarto. — Poderia pelo menos colocar suas roupas suadas no cesto. Começou a resmungar. O plano parecia ter dado certo. Filippo pensou que eu estava praticand
— Queria que eu sentisse desejos por você depois de tudo? Ri secamente para ele. Seu rosto era uma performance de raiva e culpa. — Deveria pensar em me dar o divórcio e deixar minhas filhas comigo. — Nunca! Compreenda de uma vez por todas, seu lugar é ao meu lado! Sentia uma onda de raiva percorrer meu corpo ao ouvir aquelas palavras, uma vontade avassaladora de pular em seu pescoço e ampliar a cicatriz que eu havia deixado um mês atrás, quando cravei minhas unhas em sua pele.— Você dormiu na casa de Charlotte mesmo? Ou conheceu alguém? Ele estreitou os olhos e se aproximou de mim, seus passos eram cautelosos e sua expressão era repleta de dúvidas. Respirei profundamente e mantive-me atenta a cada um de seus movimentos. — Passei a noite na casa de Charlotte, acredite você ou não. O respondi duramente, qualquer indício de mentira que passasse em minhas palavras poderia pôr tudo a perder. Pois, Filippo nem sequer pestanejou enquanto me interrogava. — Ouça bem, Lauren. Se eu sou
— Trouxe um presente para você, espero que goste Margareth! Filippo cumprimentou a irmã entregando-lhe o presente que ele havia comprado durante a suposta viagem de negócios. No entanto, notei que o presente era uma sacola da grife de bolsas e calçados, a mesma em que ele estava com a amante. — Vou ver o senhor Lorenzo, tudo bem?Avisei ao meu marido, queria desaparecer daquele salão principal pelo simples motivo de evitar uma briga com algum membro da família Duarte. Pois, eu sentia seus olhares cheios de julgamentos me acompanhando a cada passo que eu dava.— Leve as meninas para o jardim, as crianças estão lá. Disse Margareth, seus lábios formaram uma curva sarcástica. Era evidente que a mulher mal podia suportar minha presença. Se ela ao menos soubesse o quanto eu queria ter vindo para este aniversário, provavelmente se sentiria pior. Margareth também tem duas meninas. Ambas têm praticamente as mesmas idades de Cassandra e Carmélia. Às vezes tenho um pressentimento que até pa
Adriel Lobo.Verifico o horário no relógio pela milésima vez, sem um pingo de paciência. Essas pessoas que se atrasam deveriam entender que, trinta minutos do meu tempo custa uma pequena fortuna e alguém vai ter que pagar por este prejuízo.Tic-tac, tic-tac o barulho daquela velha relíquia emoldurado na parede, estava me dando dor de cabeça. Era o único som que se ouvia naquele restaurante, onde eu aguardava meu sócio, meu advogado e a minha futura esposa chegarem, para uma rodada de negócios.— Sr. Adriel! — a voz rouca, me traz a sensação de alívio. Odeio ter que esperar. — Desculpe o atraso é que tive que pegar um táxi, porque meu carro quebrou.— Então? Onde estão? — analisei o ambiente — não estou nem aí que seu carro quebrou. — Não vai mais acontecer, eu juro!— Sabia que eu tive que desmarcar duas reuniões, para estar aqui hoje?Faço a pergunta despendo toda minha raiva em cima dele, sem piedade.— Boa noite Sr. Adriel Lobo.Finalmente ouço a voz do meu sócio.— Ia lhe falar, m