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Aquelas seis pessoas debaixo do aguaceiro não pareciam demônios lutando. Eles eram mesmo e os pobres sapos não tinham a mínima chance além de cansa-los com o sacrifício de dúzias deles.
E estavam conseguindo, pois, os soldados estavam ficando sem munição e começando a receber arranhões.
“Que tal uma cobertura de mágica por aqui?” A garota de cabelo rosa pediu.
“Rápido Allix!” Nicole segurou sua cabeça e apontou para a outra Allix.” Faça o que ela está fazendo.”
“O que?” Allix tentou olhar para Nicole, mas ela girou sua cabeça com força, o corpo de Allix estava forte, mas a amiga ainda era muito mais forte. “Mas não entendo.”
“Apenas faça e não tire os olhos dela.” Nicole falou em seus ouvidos.
“Lembre-se.” Nicole sussurrou. “Este corpo se lembra e quando voltar vai se lembrar”
Allix obedeceu e tentou imitar a dança que a outra Allix fazia.
“Não usem mais o tanque de Mana
112° O furgão entrou em um túnel relativamente longo e escuro até uma área com luzes onde ela pode ver que as paredes eram cobertas de armas apontando para quem tentasse atravessar o túnel ee no final pode ver uma grande quantidade de soldados e um grande portão se abrindo. O furgãoo atravessou o portão e seguiu uma subida para a superfície. Até aquele momento Allix experimentou o que chamaria de um futuro apocalíptico, e agora experimentava o que chamaria de um futuro de ficção cientifica. Do outro lado do túnel havia uma cidade futurística tirada de historias de ficção e fantasia, na opinião dela só faltavam dirigíveis e carros voadores. “Isso é dentro da Zona Espiral?” “Exatamente.” Janus apontou para o céu que era uma massa de nuvens meio que amarelada e esverdeada girando. “Esse lugar não se parece nada com a Zona espiral que eu conheço.” Allix respirou o ar puro e andou pela alameda
Capitulo antes do cento quatorze Pela primeira vez em muito tempo Allix não acordou sem se lembrar do seu sonho. Mas pela primeira vez não tinha ideia de onde estava. “Acordou bela adormecida?” Zoya estava com seu rosto redondo bem perto de Allix, estava vestia com pele de coelho acinzentado desde seu chapéu ushanka felpudo até suas botas. Ela não mudou nada desde a última vez que se viram. Allix estava deitada em uma pequena cama com muitos cobertores em cima do seu corpo e um tubo de soro em seu braço. Ela havia dormido? Desmaiado? “Eu não morri?” “O que?” Zoya fez uma cara brava. “Claro que não. Eu sei que sou um anjo, mas voc&e ainda esta bem aqui na terra.” Não sabia como fora parar ali ou quanto tempo se passou e temeu que pudesse deixar sua mãe enferma preocupada. De um alto-falante ao longe podia se ouvir algo sobre um registro e ajuda medica. “Zoya?” Allix olhou a sua volta. Estavam
114° A capitã Laura Leite, conhecida como a Duquesa da gangue das maravilhas, contemplava a rua do seu Jipe. Nunca ninguém viu o lugar tão movimentado, os membros das gangues guardaram tiraram suas roupas normais do baú e estavam como simples cidadãos normais. Alguns desmontavam suas barracas, outros estavam nervosos e tristes, mas não faltou quem comemorasse. Por toda parte se encontravam bêbados celebrando a chegada do exército ou a morte de Boris o urso. Havia um grande caminhão na frente do restaurante e pilhas de coisas de valor na área a céu aberto do restaurante. “Ainda bem que você chegou com o jipe como pedi.” O coelho branco, um homem musculoso de quase dois metros a cumprimentou. “Sabe qual é o motivo dessa algazarra?” “Culpa sua.” Laura sorriu. “Todos acham que debandou a gangue por causa do massacre da turma do Boris. Estão apavorados. Não ajuda o fato de que muitos de nós que eramos do exército e
115° Enquanto Allix e Zoya vagavam pela escola o restaurante das maravilhas ia sendo desmontado e abandonado o ponto quente estava mais agitado do que nunca, aquela seria a última noite dele e todos trabalhavam duro para que fosse uma partida memorável, a maior festa de todas. “Elena, preciso falar com você.” Cassandra estava triste. “É sobre o tio Bloom pegando nossas coisas?” Elena pegava uma cortina para a festa. “Não precisa se preocupar, vamos conseguir coisa melhor depois.” “Não é isso.” Cassandra abaixou a cabeça. “Eu falei com o Kazan.” “Kazan?” Elena fez uma careta com uma lembrança desagradável. “E como é que ele esta?” “Alto... Bonito...” Cassandra pensou um pouco. “Mais bonito que o Caique. Mais bonito do que qualquer um que eu já vi.” “Mesmo?” Elena olhou surpresa. “Bom, você sempre teve uma quedinha por ele. Mas era muito deprimido.” “Não! Ele Não é mais, ele esta feliz, ri
116° No hotel Holiday a sede da gangue das maravilhas, Folken o Jaguadarte e Marilyn a Rainha Branca fizeram um ótimo trabalho, limpando o lugar. “Eu não acredito que tudo isso foi acumulado por aquela menina.” Monteiro arrumou seus óculos. “Elena e eu também ajudamos.” Cassandra se manifestou. “As vezes o Caíque também.” “Esta se manifestando agora.” Lumina deu um tapinha nas costas. “Gostei de ver.” “Então é verdade mesmo que antigamente os militares faziam experiências com crianças?” Amara se aproximou oferecendo chocolates. Cassandra concordou com a cabeça e pegou um chocolate. “Então você é mesmo uma das crianças fantásticas do lendário doutor Fausto?” Amara perguntou comendo um bombom. “O doutor Fausto era legal, sinto falta dele.” Cassandra olhou para o céu. “Mesmo?” Lumina levantou uma sobrancelha. “Ouvi dizer que ele era um monstro que gostava de matar com requintes de c
Ciclo três Todas as manhãs a sra. Gleba levava seu belo basset hound August para passear, enquanto o céu ainda estava um pouco escuro. As pessoas andavam dizendo que depois da guerra aquele bairro já não era tão seguro para se andar sozinha pelas ruas. Mesmo depois dos vizinhos irem embora, mesmo depois do bombardeio, a sra. Gleba não fugiu. - Podemos não ser um país muito rico, mas temos um povo muito forte. Logo a guerra terminará. – Gleba era muito patriota e sempre conversava com seu cachorrinho enquanto passeava. – Muitos fugiram com medo e as ruas andam cheias de pedintes. Só para confirmar suas expectativas, encontrou uma das piores desclassificadas chafurdando em seu lixo. - Olhe para isso August. – O cachorrinho fungou concordando. - Aqueles marginais jamais me expulsarão de minha própria casa. Além disso, já estou velha demais para sentir medo, não é mesmo? August concordou. Gleba se aproximou e começo
Ciclo sete Mayara Pitanga olhava desanimada pela janela fazendo desenhos com sua respiração. Em meio aos comportados jovens cadetes da improvisada central dos Arcanos[1] ela se destacava como uma rosa vermelha em um buquê de lírios. Era uma bela caboclinha com cabelos meio descoloridos e pele morena, além de sua aparência exótica, o que mais chamava a atenção era sua falta de porte militar. Quem visse acreditaria que não passava de uma bagunceira fantasiada debruçada no sofá. - Mas que frio! – Resmungou. – Eu pensei que Aquamarina fosse o balneário da Eslávia[2]. Nem parece que estamos no final do verão. - São as consequências do ataque do Império Noza. – Origami Ogami a comportada cadete e não menos exótica japonesinha que sentava ao seu lado explicou. – Existe uma camada de partículas magnéticas bloqueando o sol e as transmissões. - Se eu soubesse disso não teria vind
Ciclo dois De um alto-falante ao longe podia se ouvir algo sobre um registro e ajuda medica. Allix estava deitada em uma pequena cama com cobertores em cima do seu corpo e um tubo de soro em seu braço. Ela havia dormido? Desmaiado? Não sabia como fora parar ali ou quanto tempo se passou e temeu que pudesse deixar sua mãe enferma preocupada, mas a gentil enfermeira não deixou que se levantasse. - O doutor disse que você está anêmica, por isso precisa comer um pouco mais antes de poder te deixar sair. - Têm camas vazias por aqui... – Ela olhou a sua volta, o posto sempre estava cheio de gente. – Por que este lugar está vazio? - Estamos nos mudando. – A enfermeira respondeu entregando um prato de sopa de legumes. – O governo finalmente enviou ajuda. Estamos mandando todos para o novo hospital que montaram, só atendemos os casos mais urgentes como sua mão. - O governo? - Sim! Os soldados estão por to