Por um instante tudo ficou parado, as próprias garotas não sabiam como reagir perante a cena. Até mesmo Zoya perdeu sua incorporação com o choque ao ver Lucy em toda sua forma vampiresca. O sangue subia visivelmente pelas presas ofídicas. Allix finalmente reagiu e chutou Lucy para longe e caiu com seu pescoço inchado com o resultado da mordida. Lucy se levantou triunfante e colocou sua mandíbula deformada no lugar, levou um tempo até seus olhos ficarem sem o sangue injetado.
- Você... Você... - Mayara mal podia falar. É uma vampira de verdade?
- Eu pensei que ela bebia o sangue pela garganta, não pelo dente. - Observou Lumina um tanto enojada.
- Isso está longe de me deter. - Allix passou a mão no pescoço e sua magia a recuperou completamente.
- Estás equivocada! - Anunciou Lucy! - Há muito pouco tempo esse corpo que possuíste
Com um estrondo a torre se partiu em duas grandes partes, uma das máquinas subiu para o céu com Janus e Lumina. Alguns assistentes se seguravam, mas as mudanças tanto no cenário como neles fazia com que caíssem no céu. - Não existe mais máquina. - Gritou Thomas. Outra parte do castelo se foi com o resto dos assistentes, Thomas e Allix estavam isolados, completamente desesperados. Algumas das copias de Cassandra apareceram acordadas, todas sorridentes e alegres. - Não precisa se preocupar Allix. - As Cassandras disseram da mesma forma desarmonizada que Nicole. - Tudo vai ficar bem. - É lindo! - Thomas sorriu enquanto sua fisionomia mudava rapidamente por tudo o que ele poderia ter sido enquanto Soleil ficou maravilhada. - Agora tudo faz sentido. Tudo está ficando tão claro. Uma lufada levou Thomas e Soleil pra longe junto com as máquinas. O vento aumentava e as coisas continuavam a mudar cada vez mais, já não se sabia aonde era em cima e em bai
Ciclo quatro Na Área externa Sul. O diretor Dietrich e a prof. Divina se dirigiam para a estação de trem na carruagem. Uma visão muito pouco comum, já que eles não tinham muita afinidade. - Você não deveria estar em casa com seu filho? – Divina perguntou. – Madison não saiu do lado dele. - Madison se afeiçoou pelo garoto e é naturalmente preocupada. – Respondeu o diretor. – Ele não vai acordar nas próximas horas e eu vou estar lá. - Muito interesse em nosso visitante? – Divina ironizou. - Você também está interessada em recebê-la. - Todos nós estamos interessados. Maddox e Jones não vieram porque acham prioritário se livrar do vínculo de vida com Kazan. Eu mesma já disse que ele deveria ter feito isso antes. - Maddox não disse nada por que ele estava com medo. Ele não foi apenas mortalmente ferido, ele foi cortado ao meio literalmente. O feitiço que Rembrandt fez não é apenas milag
Prologo Aquamarina era uma linda cidade litorânea repleta de belas construções, cercada de um mar cristalino, colinas verdejantes e bosques frondosos, suas construções eram clássicas, de diferentes períodos e lugares criando um conjunto arquitetônico com uma beleza que lambia os olhos. Um verdadeiro paraíso caribenho que vivia basicamente do turismo, onde residia a paz e para seus habitantes a guerra havia sido apenas um conceito vago, uma coisa de tempos remotos e lugares distantes, dos quais mal se ouvia falar. O lugar perfeito para se passar férias tranquilas e relaxantes. Após a magia ter sido revelada para o mundo e as antigas sociedades secreta de magia expostas; se iniciou uma guerra entre a união dos países mais desenvolvidos, chamados informalmente de governo mundial e os Noza, chamados informalmente de império da magia, que vi
002° O vento assobiava uma triste e melancólica melodia para o rapaz de longos cabelos negros vagando com sua mochila cargueira, calça cargo e jaqueta. Era alto, limpo e bonito demais. Contrastava com a paisagem triste e desolada do porto. As pessoas caminhavam com a cabeça baixa com poucas esperanças de uma vida melhor, apesar da tristeza no ar trabalhavam duro, e todo o lugar estava movimentado. Rembrandt Kazan caminhou observando tudo a volta como se fosse um turista, passou pelo mercado de peixes que estava repleto de gente trabalhando, e deu uma olhada nas barraquinhas próximas vendendo churrasco e estranhas frutas e legumes que nunca vira. “Isso é uma laranja azul?” Ele pegou a fruta e girou na mão. “Não come isso.” Uma garota com olhos esbugalhados que parecia ter fugido de uma adaptação de Olive
004° Allix não morava exatamente na Alameda das Laranjeiras 740, apesar de ser seu endereço postal. Morava logo ao lado de uma casa na esquina com a Alamede dos Pessegueiro e para sua irritação geralmente as encomendas eram entregues na casa da esquina ao lado. Mas como era onde morava sua grande amiga Elena, nunca foi um grande empecilho. Sua casa era bem antiga, da época em que o país de Mineralia era um local de fazendas, antes dos hotéis e cassinos. Originalmente nem mesmo tinha encanamento e eletricidade; foi reformada inúmeras vezes com o passar dos anos e ironicamente sua ultima grande reforma foi para restaurar a aparência colonial original, com o apoio da prefeitura em uma iniciativa para tornar a cidade de Aquamarina, mais pitoresca e atrativa para os turistas. Não foi difícil dar a impressão de que o lugar estava abandonada como o resto do quarteirão; a mur
006° Lucia Mircalla Karnstein era a pessoa que Alexandra menos suportava na face da terra; ambas eram melhores amigas desde o jardim de infância. Tinha uma pele bem branca, cabelos platinados, claros olhos azuis e feições belas e delicadas. Como ninguém é perfeito tinha orelhas grandes e pontudas, dentes um pouco desalinhados e por falta de outra palavra seus caninos eram enormes e afiados. Ela era muito sensível sobre isso então sempre usava um penteado que cobria suas orelhas e tapava a boca com a mão quando falava. Quando pequena, os meninos a chamavam de vampira, gritavam e saiam correndo. Algumas vezes ela os perseguia de raiva, e fingia que lavava na brincadeira, mas sempre teve certa magoa. Ela morava na maior casa da alameda das laranjeiras no alto de um morro com vista para o mar, na outra ponta do quarteirão
008° Lucinha e sua família tinham muito medo de feiticeiros e mágicos, principalmente sua mãe que considerava qualquer tipo de mágica maligna. Agora algo como mágica não seria nenhum problema com os amuletos que ganhara do pai. Como não sabia se deveria usar um de cada vez ou todos por via das dúvidas. Lucinha escutou uma batida na porta do seu quarto, era a capitã Mabel Volonaki. “Eu pensei que talvez você quisesse me acompanhar para o café da manhã.” A capitã falou em um tom doce. “Temos muitos cadetes da sua idade.” “Eu adoraria.” Lucinha abriu a gaveta da escrivaninha e tirou um livrinho bem colorido. “Aqui está o livro do olho das bruxas, explica todas as cartas e estratégias para jogar.” “Que ótimo!” A capitã Mabel Volonaki colocou a mão no peito e respirou aliviada. “Eu vou ler com muito gosto.”
010° Caminhando no meio da paisagem devastada e silenciosa. Allix e Kazan se sentiam as únicas pessoas que restaram no mundo. Rembrandt Kazan levava Hamlet o gato no colo enquanto o acariciava, e Allix comia. Conforme atravessavam o topo da colina em direção a área dos hotéis, o cenário mudava a cada passo, ia ficando mais sujo, com brinquedos quebrados espalhados, roupas rasgadas e mobílias deixavam bem claro que as pessoas fugiram desesperadas. “As pessoas abandonaram suas casas deixando as portas e janelas abertas, sem intenção de voltar?” Kazan perguntou. “Aqui é uma zona residencial de luxo e área dos grandes hotéis.” Allix gesticulava com o braço livre. “E dai?” Kazan perguntou. “Como muitas cidades que são polos turísticos existe uma área pros hotéis, cassinos e os bairr