Rodrigo Palarto- Então parece que está tudo bem por aqui não é?- Afirmo ainda olhando para o meu pai, que olha em volta em busca de algo.- O senhor deveria parar de aborrecer tanto o vovô, já pensou que agora estou precisando viajar para resolver algumas pendências, o senhor deveria estar aqui para...- Levantando ajeitando a sua blusa, o meu pai me interrompe.- Seu avô não me vê como alguém capaz de ser presidente, Rodrigo, como acha que eu Diogo Parlato me sentirei sendo qualquer outra coisa aqui? Sendo um funcionário seu? Sou seu pai.- Mas pai, eu fui apenas engenheiro, fui diretor de execução, o vovô não me deu está cadeira, se o senhor...- Não me venha com sermões, passei aqui para ver como você está, não para ouvir suas queixas Rodrigo, o que o seu avô está fazendo comigo é imperdoável! - Lamento ao escuta-lo, a verdade é que entendo o meu avô, não tem como alguém que se recusa a crescer dentro da empresa, assumi a cadeira de presidente de uma hora para outra, mas mesmo que
Ária DuarteArrumei as minhas coisas vendo Rodrigo de pé me olhando, meu sangue ainda fervia nas veias, o pai dele é um canalha, e pelo visto o filho também. - Então já que não quer dinheiro o que você quer?- Perguntou sério, me fazendo ri entre lábios, o avaliei de pé no seu costumeiro jeito de ficar, de pé como senhor perfeitinho qualquer.- Que suma da minha frente!- Joguei tudo dentro da caixa, indo em direção a porta em seguida, mas segurou o meu braço, me fazendo odiar perder todo o trabalho ao ver que tudo foi ao chão. - Hum nervosinha demais, pensei que fosse apenas na cama.Respiro fundo ao ouvir, já era o suficiente me lembrar que tinha feito essa burrada com ele. Ouvir dizer era fim, as minhas bochechas queimaram por lembrar de ter ido além do que já tinha ido com Yan que durou mais tempo.Agachei pegando tudo no chão, Rodrigo também fez o mesmo. - Não precisa se preocupar, eu pego sozinha.- Eu que derrubei, teria como não falar o que aconteceu com a sua amiga?- O olho a
Rodrigo PalartoApós a saída de Ária, liguei para casa meu pai não tinha chegado, minha mãe ainda estava com as suas amigas falando sobre a viagem. Adiantei o trabalho sem pausas, devo mesmo sair resolvendo os problemas como posso.Sai da empresa no anoitecer, jantei ouvindo minha mãe comovida com o meu pai, enquanto ele narrou como foi agredido, olhei para cima, notando que a ausência do meu avô após o retorno deles já dizia muito.Subi os degraus, arrumei as malas para no máximo duas semanas, cheguei a seu quarto um tempo depois. - Já soube que ela nem mesmo estar grávida, deveria avaliar as pessoas antes de cair na besteira de se envolver, está manchando junto com o seu pai o que levei anos para construir.- Vô!- Reagi surpreso as suas palavras, embora não se importasse. - Há tempos que lhe cobro atitudes, Rodrigo, arrume uma mulher para ter suas fantasias, já que não quer se casar, ao menos uma que não planeje levar a nossa carteira com golpes antigos.Sai de casa após apenas ouvi
Ária DuarteChegamos a cidadezinha pacata, terra de café percebi pelas plantações no chegar da cidade, mas logo mais desenvolvida que campo belo. - Onde fica o lugar que nós vamos ficar?- Pergunto a Rodrigo deitado no banco de passageiro a frente do computador sem se quer levantar a cabeça submerso no trabalho.- O Elias não te passou o nome?- Dou de ombros, mas não interromper mais, pego a minha bolsa procuro com a mão a agenda dentro dela. - Poderia pedir. - O homem me dá a agenda o que presumi está embaixo do banco.- Está ocupado não quis atrapalhar. - Sorrio vago, pegando a agenda, mas sou surpreendida quando me puxa pela nuca beijando a minha boca, eu sabia que era cilada, mas se escapei uma vez, a segunda seria moleza, caso contrário o ombro de Caroline servirá como abrigo.Senti o seu beijo em meus lábios até que me afastei devido a estrada. - Não quero matar ninguém. - O homem a meu lado apenas ri fraco, o que me fez ter certeza que sinto uma forte atração por ele, não saberi
Rodrigo PalartoAs gotas caiam sem parar, molhando o meu corpo a caminho do grande galpão, aumentando a cada passo ao correr, a chuva também se apressava em entregar cada gota, era só mais um galpão para avaliar entre seis, logo fazer as modificações solicitadas pelos lousado, que marcaram tantas dificuldades, implicaram com a execução, e diferente de Campo Belo, está cidade é fria, chuvosa, o cheiro de chuva misturando-se a terra, para os poetas ou para a louça mulher que trouxe comigo, isso até poderia ser bom, mas pra mim era apenas terra virando lama.Ainda não saberia lidar com a maneira que ela respirou fundo inalando o máximo que poderia de ar deste lugar frio, gélido e lamacento ao sair, passei a tarde inteira na obra acompanhando e avaliando, os Lousado são clientes importantes e com eles vem um bom quantitativo de pessoas tão importantes quanto eles, Ária saiu antes de mim do hotel, ela não parecia ter impedimento algum, nada contra ao tempo frio, e como se foi, demorou bas
Ária DuarteToda a graça se perdeu, sempre fui e sou uma pessoa exigente com responsabilidade, confiança e respeito não seria algo tão complexo, já que foi algo implantado desde cedo na minha criação, meu pai sempre foi exemplo, exigente quanto a isso. Em anos de vida, nunca vi ou ouvir alguém critica-lo ou julga-lo por uma postura indevida, para mim tornou-se lei, ser leal, honesto, por isto a vergonha nunca fez parte de nossas vidas, e saber que a Parlato age de má fé com os seus clientes não me agradou em nada. O desejo era ir embora deixando toda a sujeira para trás, mas era quebrar com a palavra que havia dado, passei a tarde inteira tentando entender, até acreditar que Elias estava desviando a verba, o julguei mal, o corrupto estando a meu lado.A corrupção vem da presidência da empresa, com um rosto belo, um físico apresentável, além de um sexo quente, delicioso, de um jeito nunca antes feito, sem machucar, sem dor, apenas o prazer, Rodrigo Palarto sempre soube que jamais seri
Rodrigo PalartoDuas semanas longe de Paraíso do Vale, talvez melhor ir para todas as obras pessoalmente, concluir isto após ver que o trabalho avança melhor comigo estando presente, o trabalho duro, árduo e pesado não me fez recuar.Apesar que apesar de pesado, me senti bem acompanhado durante todo o trajeto, nunca havia imaginado que os dias numa cidade rural seriam bons, o apreciar da chuva nos dias frios.Até mesmo notar como o clima fica fresco, mas não era apenas isso que me mostraram vantagens, acordar pela manhã vendo Ária dormindo a meu lado, me fazendo apreciar a calma de dias corriqueiros porém tranquilos.Sem estresse, sem correria e trânsito intenso, não nego que me apeguei a ela de maneira apressada, desde o desejo incontrolável de beijar a sua pele ainda a dormir, espalhar beijos por todo o seu corpo, acabou se tornando um vício, vê-la correndo da cama como uma criança, por saber perfeitamente que eu a desejo, a quero, a explorei de diversas maneiras possíveis e ainda a
Ária DuarteEntrei em casa chateada, Yan não tinha direito algum de me cobrar nada, tudo que eu queria era aproveitar um pouco mais a vida, e ao lado de Rodrigo, o sonho com essa liberdade parecia tão possível, mesmo sabendo que nós dois não daria em nada, e isso me prendia mais ou não, eu tenho medo também.Entrei em casa deixando a pistola de Yan de lado, mas parei perto do aparador olhando para a mesma, até que ponto está arma seria uma ameaça apenas para Rodrigo? A cena daquela noite veio a minha mente fortemente, como um aviso, talvez a arma sobre o meu aparador não fosse uma ameaça apenas para Rodrigo.Incrível como o homem que até a um tempo atrás era visto como o meu parceiro, tornava-se uma ameaça, o meu pai se enganou e pelo visto eu muito mais, ou não, neguei a tais possibilidades, eu posso estar vendo Yan deste jeito porque me decepcionei com ele.- Strrram! - O som alto vindo do lado de fora, invadiu toda a casa com um barulho estridente, olhei para fora, vendo o portão d