Ária DuarteChegamos a cidadezinha pacata, terra de café percebi pelas plantações no chegar da cidade, mas logo mais desenvolvida que campo belo. - Onde fica o lugar que nós vamos ficar?- Pergunto a Rodrigo deitado no banco de passageiro a frente do computador sem se quer levantar a cabeça submerso no trabalho.- O Elias não te passou o nome?- Dou de ombros, mas não interromper mais, pego a minha bolsa procuro com a mão a agenda dentro dela. - Poderia pedir. - O homem me dá a agenda o que presumi está embaixo do banco.- Está ocupado não quis atrapalhar. - Sorrio vago, pegando a agenda, mas sou surpreendida quando me puxa pela nuca beijando a minha boca, eu sabia que era cilada, mas se escapei uma vez, a segunda seria moleza, caso contrário o ombro de Caroline servirá como abrigo.Senti o seu beijo em meus lábios até que me afastei devido a estrada. - Não quero matar ninguém. - O homem a meu lado apenas ri fraco, o que me fez ter certeza que sinto uma forte atração por ele, não saberi
Rodrigo PalartoAs gotas caiam sem parar, molhando o meu corpo a caminho do grande galpão, aumentando a cada passo ao correr, a chuva também se apressava em entregar cada gota, era só mais um galpão para avaliar entre seis, logo fazer as modificações solicitadas pelos lousado, que marcaram tantas dificuldades, implicaram com a execução, e diferente de Campo Belo, está cidade é fria, chuvosa, o cheiro de chuva misturando-se a terra, para os poetas ou para a louça mulher que trouxe comigo, isso até poderia ser bom, mas pra mim era apenas terra virando lama.Ainda não saberia lidar com a maneira que ela respirou fundo inalando o máximo que poderia de ar deste lugar frio, gélido e lamacento ao sair, passei a tarde inteira na obra acompanhando e avaliando, os Lousado são clientes importantes e com eles vem um bom quantitativo de pessoas tão importantes quanto eles, Ária saiu antes de mim do hotel, ela não parecia ter impedimento algum, nada contra ao tempo frio, e como se foi, demorou bas
Ária DuarteToda a graça se perdeu, sempre fui e sou uma pessoa exigente com responsabilidade, confiança e respeito não seria algo tão complexo, já que foi algo implantado desde cedo na minha criação, meu pai sempre foi exemplo, exigente quanto a isso. Em anos de vida, nunca vi ou ouvir alguém critica-lo ou julga-lo por uma postura indevida, para mim tornou-se lei, ser leal, honesto, por isto a vergonha nunca fez parte de nossas vidas, e saber que a Parlato age de má fé com os seus clientes não me agradou em nada. O desejo era ir embora deixando toda a sujeira para trás, mas era quebrar com a palavra que havia dado, passei a tarde inteira tentando entender, até acreditar que Elias estava desviando a verba, o julguei mal, o corrupto estando a meu lado.A corrupção vem da presidência da empresa, com um rosto belo, um físico apresentável, além de um sexo quente, delicioso, de um jeito nunca antes feito, sem machucar, sem dor, apenas o prazer, Rodrigo Palarto sempre soube que jamais seri
Rodrigo PalartoDuas semanas longe de Paraíso do Vale, talvez melhor ir para todas as obras pessoalmente, concluir isto após ver que o trabalho avança melhor comigo estando presente, o trabalho duro, árduo e pesado não me fez recuar.Apesar que apesar de pesado, me senti bem acompanhado durante todo o trajeto, nunca havia imaginado que os dias numa cidade rural seriam bons, o apreciar da chuva nos dias frios.Até mesmo notar como o clima fica fresco, mas não era apenas isso que me mostraram vantagens, acordar pela manhã vendo Ária dormindo a meu lado, me fazendo apreciar a calma de dias corriqueiros porém tranquilos.Sem estresse, sem correria e trânsito intenso, não nego que me apeguei a ela de maneira apressada, desde o desejo incontrolável de beijar a sua pele ainda a dormir, espalhar beijos por todo o seu corpo, acabou se tornando um vício, vê-la correndo da cama como uma criança, por saber perfeitamente que eu a desejo, a quero, a explorei de diversas maneiras possíveis e ainda a
Ária DuarteEntrei em casa chateada, Yan não tinha direito algum de me cobrar nada, tudo que eu queria era aproveitar um pouco mais a vida, e ao lado de Rodrigo, o sonho com essa liberdade parecia tão possível, mesmo sabendo que nós dois não daria em nada, e isso me prendia mais ou não, eu tenho medo também.Entrei em casa deixando a pistola de Yan de lado, mas parei perto do aparador olhando para a mesma, até que ponto está arma seria uma ameaça apenas para Rodrigo? A cena daquela noite veio a minha mente fortemente, como um aviso, talvez a arma sobre o meu aparador não fosse uma ameaça apenas para Rodrigo.Incrível como o homem que até a um tempo atrás era visto como o meu parceiro, tornava-se uma ameaça, o meu pai se enganou e pelo visto eu muito mais, ou não, neguei a tais possibilidades, eu posso estar vendo Yan deste jeito porque me decepcionei com ele.- Strrram! - O som alto vindo do lado de fora, invadiu toda a casa com um barulho estridente, olhei para fora, vendo o portão d
Rodrigo PalartoDepois de toda confusão com o ex de Ária, sai da sua casa escoltado, a pequena de olhos verdes não parecia ser tão ameaçadora, não antes, no momento com um cara enfezada, talvez não fosse opção duvidar após vê -la ameaçar o homem que saiu sem dizer uma palavra se quer.- Por favor esqueça o nome, o endereço, o telefone, tudo que tiver da Ária!- Ela segurou o portão falando, o que me fez parar para olhá-la.- Não entendi.- Digo lhe vendo afirmar. - Aria não é o tipo de mulher que você quer, que você costuma brincar, a minha amiga não é um brinquedo, uma marionete, e se você vier outra vez...- Não deveria está dizendo tais palavras, você não me conhece, eu e Ária sabemos perfeitamente o que está acontecendo, e isso só diz...- Se a procurar outra vez, acredite eu não vou medir esforço para acabar com a sua raça, não me importo se você é um herdeirinho, um netinho do vovô, o Ceo daquela empresa ou filho daquele abusador, eu acabo com você sem sair de casa.- O que você e
Ária DuarteApós uma semana buscando me recuperar de um tapa no rosto que parece ter atingido a minha alma, juntamente as reclamações de Carol por não concordar que eu tenha ido para o fim do mundo, assim como ela nomeia junto com Rodrigo, aos poucos fui organizando a minha vida devagar.Eu esperei um telefonema dela, escutar a sua voz do outro lado me chamando para voltar a Parlato, talvez eu fosse capaz de esquecer o que houve, já que a vítima parece ter esquecido e alegar que o estágio na Parlato fará bem ao seu currículo, havia enorme diferencial entre o meu currículo e o de Caroline, isso se tornou nítido, pela forma que a mesma demonstra aproveitar bem a oportunidade naquela empresa.Mas não, de todas as vezes que eu esperei o meu celular tocar, a sua voz invadir os meus tímpanos chamando o meu nome, a voz rude, tampouco sem emoções de Gilda Albuquerque não veio uma vez se quer, mas isso não me incomodou tanto, era como um martírio para mim, sempre está em busca de qualquer site
Rodrigo PalartoUma semana cheia, mas nada a reclamar, a crise de funcionários aos poucos sendo deixada para depois, com a abertura das inscrições para terceirizados isso logo se resolveria, dependendo apenas ter cautela, controle e não me encher de obras outra vez.Pensava eu que seria tudo tão fácil, mas na terça feira pela manhã meu pai surgia na minha sala antes do almoço. - Pai?- A maneira que adentrou nos pegando desprevenido, Danilo praticamente saltou da cadeira deixando os papéis de lado.- Qual o problema? Não posso vir aqui? Já tomou posse da empresa é isso?- O seu olhar tão irado, parecendo chateado com todos, até que olhando de mim para Danilo que não disse nada.- E você moleque? Já está se achando homem o bastante para não me cumprimentar mais?- Danilo não respondeu, apenas recolheu as suas coisas de repente. - Ah qual é? É isso mesmo?Meu pai decidiu se tornar o meu rival de repente. - Danilo, cara espera, não terminamos ainda. - Falei vendo o meu amigo vermelho e bola