Ária DuarteApós uma tarde e noite de folga, cheguei a Parlato me sentindo renovada, mal desci do carro revirei os olhos ao perceber que o karma parece me seguir, o homem a alguns metros de distância veio em minha direção ainda me conferindo com os olhos.- Só eu acho que você deveria ter feito isso a muito... Rodrigo? Espera ele está vindo pra cá?- Não respondi a Carol que não parou de falar, apenas peguei a minha bolsa, saindo do carro. - Ária por que...Ela não terminou de falar tampouco eu pude explicar. - Bom dia, bom dia meninas! - Virei pra ele após abrir a porta de trás do carro, pegando as minhas coisas, vendo que o homem sem terno, apenas de camisa social cinza aberta havia chegado até nós.- Bom dia Rodrigo, como está?- Carol o cumprimentou sendo educada, porque sei tanto quanto ela que ele é suportado, mas não querido pela minha amiga. Damos uma troca de olhares, o meu olhar sendo brusco que lhe dei, enquanto os seus olhos azuis fixados no meu corte de cabelo acima dos seio
Rodrigo PalartoNão seria novidade alguma despertar interesse em uma mulher, em três anos muitas me despertaram, interesse, curiosidade, com seus joguinhos que logo foram ficando sem graça, entrei no elevador vendo Ária e Carol no estacionamento, alguns dos funcionários evitaram cochichos na minha presença, mas eu bem sei que falarão.Cheguei a Parlato voltando ao mesmo problema, preocupação, mas a vantagem é que agora posso ir e vir de qualquer lugar já que os meus pais estão em casa, ao menos a minha mãe está, após ter prometido que irá até a jovem que diz está com um filho meu na barriga, deixando o meu avô mais sossegado.Comecei a manhã entre me organizar para ficar uma semana fora, recusando novos trabalhos e clientes, Danilo sentado me olhando. - Você não acha que a Gilda sofreu demais com a perda do Antônio?- Lhe olho entre a leitura de uma planta, me perguntando se ele não tem trabalho a fazer. - Hum rum.- Não digo pela menina porque ela ainda era muito nova, e a Gilda não
Ária Duarte O meu dia não havia começado bem, ao chegar e encontrar a minha chefe sentada na sua mesa amparada por seus demônios ao redor.- Refaça isso, está uma porcaria!- Seu humor de longe estava ruim, de perto uma desgraça! Olhei para Carol lamentei enquanto a minha amiga olhou atentamente a tabela, sabendo que ninguém daquele departamento é tão exigente quanto ela consigo mesmo, ainda saiu conferindo da sala.- Geremias Batista tome isto, por favor não me faça perder meu tempo, se não sabe escrever por favor nem tente!- As folhas foram arremessadas na sua direção, ele nem havia chegado a mesa.- Mas... mas... - Sai da minha mesa lhe ajudando a recolher os papéis pelo chão, era por fim tão triste e lamentável um estagiário passar por isso, a conduta dela está ultrapassada, eu na condição de presidente jamais permitiria que alguém visando ser um profissional fosse tratado desta maneira.- Desculpe.- Ele apenas lamentou segurando as folhas em desordem total, a manhã era certa o ca
Rodrigo Palarto- Então parece que está tudo bem por aqui não é?- Afirmo ainda olhando para o meu pai, que olha em volta em busca de algo.- O senhor deveria parar de aborrecer tanto o vovô, já pensou que agora estou precisando viajar para resolver algumas pendências, o senhor deveria estar aqui para...- Levantando ajeitando a sua blusa, o meu pai me interrompe.- Seu avô não me vê como alguém capaz de ser presidente, Rodrigo, como acha que eu Diogo Parlato me sentirei sendo qualquer outra coisa aqui? Sendo um funcionário seu? Sou seu pai.- Mas pai, eu fui apenas engenheiro, fui diretor de execução, o vovô não me deu está cadeira, se o senhor...- Não me venha com sermões, passei aqui para ver como você está, não para ouvir suas queixas Rodrigo, o que o seu avô está fazendo comigo é imperdoável! - Lamento ao escuta-lo, a verdade é que entendo o meu avô, não tem como alguém que se recusa a crescer dentro da empresa, assumi a cadeira de presidente de uma hora para outra, mas mesmo que
Ária DuarteArrumei as minhas coisas vendo Rodrigo de pé me olhando, meu sangue ainda fervia nas veias, o pai dele é um canalha, e pelo visto o filho também. - Então já que não quer dinheiro o que você quer?- Perguntou sério, me fazendo ri entre lábios, o avaliei de pé no seu costumeiro jeito de ficar, de pé como senhor perfeitinho qualquer.- Que suma da minha frente!- Joguei tudo dentro da caixa, indo em direção a porta em seguida, mas segurou o meu braço, me fazendo odiar perder todo o trabalho ao ver que tudo foi ao chão. - Hum nervosinha demais, pensei que fosse apenas na cama.Respiro fundo ao ouvir, já era o suficiente me lembrar que tinha feito essa burrada com ele. Ouvir dizer era fim, as minhas bochechas queimaram por lembrar de ter ido além do que já tinha ido com Yan que durou mais tempo.Agachei pegando tudo no chão, Rodrigo também fez o mesmo. - Não precisa se preocupar, eu pego sozinha.- Eu que derrubei, teria como não falar o que aconteceu com a sua amiga?- O olho a
Rodrigo PalartoApós a saída de Ária, liguei para casa meu pai não tinha chegado, minha mãe ainda estava com as suas amigas falando sobre a viagem. Adiantei o trabalho sem pausas, devo mesmo sair resolvendo os problemas como posso.Sai da empresa no anoitecer, jantei ouvindo minha mãe comovida com o meu pai, enquanto ele narrou como foi agredido, olhei para cima, notando que a ausência do meu avô após o retorno deles já dizia muito.Subi os degraus, arrumei as malas para no máximo duas semanas, cheguei a seu quarto um tempo depois. - Já soube que ela nem mesmo estar grávida, deveria avaliar as pessoas antes de cair na besteira de se envolver, está manchando junto com o seu pai o que levei anos para construir.- Vô!- Reagi surpreso as suas palavras, embora não se importasse. - Há tempos que lhe cobro atitudes, Rodrigo, arrume uma mulher para ter suas fantasias, já que não quer se casar, ao menos uma que não planeje levar a nossa carteira com golpes antigos.Sai de casa após apenas ouvi
Ária DuarteChegamos a cidadezinha pacata, terra de café percebi pelas plantações no chegar da cidade, mas logo mais desenvolvida que campo belo. - Onde fica o lugar que nós vamos ficar?- Pergunto a Rodrigo deitado no banco de passageiro a frente do computador sem se quer levantar a cabeça submerso no trabalho.- O Elias não te passou o nome?- Dou de ombros, mas não interromper mais, pego a minha bolsa procuro com a mão a agenda dentro dela. - Poderia pedir. - O homem me dá a agenda o que presumi está embaixo do banco.- Está ocupado não quis atrapalhar. - Sorrio vago, pegando a agenda, mas sou surpreendida quando me puxa pela nuca beijando a minha boca, eu sabia que era cilada, mas se escapei uma vez, a segunda seria moleza, caso contrário o ombro de Caroline servirá como abrigo.Senti o seu beijo em meus lábios até que me afastei devido a estrada. - Não quero matar ninguém. - O homem a meu lado apenas ri fraco, o que me fez ter certeza que sinto uma forte atração por ele, não saberi
Rodrigo PalartoAs gotas caiam sem parar, molhando o meu corpo a caminho do grande galpão, aumentando a cada passo ao correr, a chuva também se apressava em entregar cada gota, era só mais um galpão para avaliar entre seis, logo fazer as modificações solicitadas pelos lousado, que marcaram tantas dificuldades, implicaram com a execução, e diferente de Campo Belo, está cidade é fria, chuvosa, o cheiro de chuva misturando-se a terra, para os poetas ou para a louça mulher que trouxe comigo, isso até poderia ser bom, mas pra mim era apenas terra virando lama.Ainda não saberia lidar com a maneira que ela respirou fundo inalando o máximo que poderia de ar deste lugar frio, gélido e lamacento ao sair, passei a tarde inteira na obra acompanhando e avaliando, os Lousado são clientes importantes e com eles vem um bom quantitativo de pessoas tão importantes quanto eles, Ária saiu antes de mim do hotel, ela não parecia ter impedimento algum, nada contra ao tempo frio, e como se foi, demorou bas