Ária Duarte — A decisão é totalmente e inteiramente sua, apesar de seu pai ter nos confiado este segredo, eu e Gregor não podemos dizer a você o que pode ou não fazer, Ária, namorar ou não com o Rodrigo, escutar ou não a sua mãe, eu, Erick amo você, considero... - O homem com a mão apoiada a porta do banheiro falava seriamente após ter me contado uma série de palavras sobre o passado do meu pai, e talvez o meu — Eu também, a amo e respeitarei as suas decisões, estarei aqui, claro que não presente tanto quanto o meu amigo gostaria, Ária, infelizmente esta conversa deveria ter acontecido a tanto tempo, e só esta acontecendo agora devido ao perigo que esta lhe pondo a risca. - Gregor fala lamentando no fim, sentada na cama como uma adolescente que apenas ouve, eu não tinha perguntas. Ambos eram apenas meros transmissores do meu pai, olhando para Gregorio eu não sabia qual decisão deveria tomar, o que era verdade ou não, era como se de repente uma bomba estivesse sendo jogada em meu co
Rodrigo PalartoParecia que Ária havia desaparecido, do contrário era o seu momento, não fui para sua casa a noite, de nada valeria ir para lá, sabendo que não estaria.Fui para casa, fazendo um retorno grande pela cidade, visto que tanto o haras como a sua chácara ficam foram da cidade, o último numa direção oposta ao haras. Chego em casa tarde, e pelas faces fúnebres na sala, previ que algo não agradava a todos.- Boa noite!- Cumprimento, recordando que fui ignorado pela manhã por ambos homens da família agora também presentes. -Boa noite meu filho! - Minha mãe veio até mim alisando o meu rosto ao dizer.- Só se for pra você! - Meu pai resmungou ao mesmo tempo que ela responde. - Onde esteve até agora? Na empresa tentando reverter o estrago que fez no final de semana?Meu avô perguntou sem me olhar, o seu livro de cabeceira no colo, indicava que parou sua leitura ao notar que eu estava chegando. Era uma pergunta difícil, porque dentro de mim nem mesmo havia interesse em voltar está
Ária DuarteChegamos a uma casa de alto padrão, portão elétrico, fachada bem desenhada, pela frente imaginei que uma enorme residência, embora a casa se destaque a distância, a rua não é para ricos, diria que um bairro intermediário entre as classes alta e média.Gilda parou sua bmw x3, no portão que se abria, enquanto eu esperei, já desligava o motor quando a mesma abaixou a janela. - Entra, melhor estacionar lá dentro. - Não me agradava a ideia, mas cedi.Que isso terminasse de vez, me arrependia de não ter escolhido outro lugar, mas também pairava curiosidade em mim, que lhe segui entrando na casa, vi uma piscina coberta, um gramado morto, a porta enorme de madeira.Ela de pé a minha espera perto dela. - Tem mais alguém em casa?- Pergunto indo em direção a porta que ela abre, joga a sua bolsa em algum lugar. - Não, eu moro sozinha.Entro na casa vendo tudo cinza, escuro o lugar. E pelo jeito que ela entra apertando os botões, luzes vão se acendendo, apenas parei na entrada, não pre
Rodrigo PalartoSai mostrando a empresa para Erica, e sua mãe a tira colo, mas a cabeça em outro lugar, odiando estar e ficar na empresa, a cada pergunta, a cada dúvida e comentário delas, praticamente corri para a minha sala quando Elias decidiu chegar.Joguei para ele a exploração da empresa, indo a minha sala fiz o que jamais pensei fazer na vida, senti a insegurança me tomar ao não saber o que se passava com Ária, seus olhares desconfiados, duvidosos, não foram assim nem mesmo quando nos conhecemos.- Tenório?- Ligo para um dos homens que já trabalhou para o meu avô. - Olá bom dia, quem está falando? - A voz misteriosa veio do outro lado, foi fácil mandar a sua foto, e pedi que ele pudesse descobrir onde estava.Mas o final da tarde chegou e nada, Ária não apareceu, tampouco Gilda, e nenhuma informação a respeito delas, não tinha como trabalhar sem saber, ligando para todos os jornalistas da cidade, Elias me olhava a cada negativa, as minhas pernas já sabiam o caminho de ida e vol
Ária Duarte Em completo tormento, as lágrimas descendo, a cabeça pesando, os olhos sobrecarregados não era nada, comparado a dor, o peito a se partir, pedaços sendo dividido de um orgão que eu nunca saberia dizer que se quebrava, se partia. Os olhos de Gilda em mim, as palavras saindo da sua boca, o meu desejo de sumir, desaparecer, fugir de mim mesma, mas o tormento, a aflição estava em mim, do que adiantaria fugir? — Seu pai só criou uma mentira, Patrícia, nada mais que uma mentira e a criou dentro dela, você pode ter sido feliz todos estes anos, mas tudo não passou de um... — Era impossível, inaceitável para mim, a imagem do meu pai sorrindo, seu sorriso tão charmoso, amplo, ao me ver, até abrir os braços, que no inicio era o meu paraíso, eu amava quando ele ia me buscar na escola abria os braços como se fosse o mundo, era o meu mundo aquele abraço, mas quando fui crescendo até chegar a fase adolescente, já não era tão bom, eu me recusaria a acreditar que aquilo era uma mentira
Rodrigo Parlato — Era ela? — Volto a mesa após Aria encerrar a ligação, afirmo deixando tudo para tras, apenas pegando as chaves do carro. — Pra onde você vai? — Danilo me pergunta curioso, era óbvio que ele já deveria saber, apenas me retiro indo a calçada, não fui apressado, corri em máxima velocidade que poderia, Aria estava passando por problemas que eu não sabia, e com certeza grave.Pelo seu estado na noite passada, o seu comportamento pela manhã, pensei em mil e uma possibilidades, até associar tudo, ela pode está grávida de um filho meu, sempre estamos desprevenidos, e com a chegada de Érica ficou desestabilizada, eu me abri para ela em Campo Belo, lhe contei que ainda amava a minha ex, mas não era isso que eu sentia agora. Chego a sua casa disposto a tudo, e mal lhe deixo falar, vejo que ela não me aceitar pondo a mão em meu peito, evitando que eu lhe beije, apenas insisto, ela era a primeira mulher que eu realmente queria e não era apenas para cama, somente para sexo.
Ária Duarte Entre beijos, sussuros e gemidos me entreguei a Rodrigo outra vez, os pensamentos já não estavam a me pertubar, simplesmente eu e ele no meu quarto até nossos corpos não aguentarem mais, sucumbimos a um tesão tão intensa o que não era incomum, mas eu sabia que em qualquer momento, o jogo perderia a graça, ele como um homem na faculdade de suas razões, voltaria com a sua ex, pelo amor que sente. Ele nem mesmo havia saído, quando a primeira lágrima desceu, apenas assistir de uma em uma pingar contra o marmore da mesa, não secava, tampouco escorriam estavam ali parada. — Ária, você está bem? Nossa o Rodrigo saiu daqui com uma cara? — Não respondi e não, eu não estava bem, doía, machucava, era pior se juntando a todos os outros problemas. — Amiga? O que houve? Você falou pra ele? — Apenas levanto da mesa indo em direção ao meu quarto, não era o mesmo choro do dia anterior, esse é diferente, esse não apenas pesava a cabeça, doía o peito, esse choro me fez sentir todo o meu c
Rodrigo PalartoNunca fui um cara ruim, ao menos não do tipo que faz maldades, o máximo era ser um mal caráter, com mulheres, apesar que nunca havia prometido nada a nenhuma delas.E as únicas que tentei ter um relacionamento, foi um fracasso, a primeira me abandona no altar sem justificativas, sendo três anos para superar, ficando com desconhecidas, me envolvendo com mulheres de vários tipos ,até me esbarrar com a segunda.Erica é uma calmaria, olhando para ela assumindo o seu cargo na Parlato, respondendo entrevistas, bastante educada, fina, um estilo romântica, deixo a revista de lado ao ver que a sua volta a Paraíso, fazia bem.Apesar de ser um risco a assumir a presidência, o meu avô morreria certamente se isso acontecesse. Apesar que em três anos após assumir a Parlato, foram poucas vezes que a empresa esteve num patamar tão glorioso, no início, não que isso fosse um alarde.Está empresa simplesmente se tornou a vida a do meu avô, e certamente foi o que levou a vida do seu melho