Desculpas

Voltei a andar no meio da calçada, minhas passadas firmes como se pudessem esmagar a indignação que crescia dentro de mim. Cruzei os braços, tentando manter o controle enquanto o calor subia pelo meu pescoço, fazendo meu rosto arder de raiva. De todas as pessoas do mundo, ela escolheu logo aquele homem. Não era como se ela não soubesse quem ele era — Adam, o mesmo Adam que eu passei os últimos anos reclamando, o mesmo que eu odiava com cada fibra do meu ser. Eu contei para ela, detalhadamente, cada provocação, cada vez que ele roubou uma ideia minha, cada promoção que ele me tirou das mãos.

E agora... agora eu simplesmente a vejo, confortável, no sofá com ele. Não, não pode ser. Eu ainda estava em descrença, como se meu cérebro estivesse se recusando a aceitar o que meus olhos testemunharam. Isso não podia ser real. Eu devo estar sonhando. Não, pior. Isso é um pesadelo. Um pesadelo do qual eu não conseguia acordar.

— Certo. Vamos tentar ficar calmos — falou Harvey
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