Acostumando-se ao poder

Na alcateia, Quinton havia mandado levar Taylor; aquela conversa era para ser a sós com Sara. 

— Agora podemos conversar tranquilamente. Acredito que nossa conversa possa ser longa. — Passou a mão pelo ombro de Sara — Sente-se. 

Quinton deu a ordem, e ela obedeceu. Afinal, não teria muita escolha naquele momento. Ela ainda não era forte o suficiente, havia acabado de completar dezoito anos e ganhou sua loba recentemente. Não conseguiria lutar contra um guerreiro habilidoso como ela sabia que Quinton era. 

— Muito bem, vamos direto ao assunto. Agora que sou o novo Alfa, vou precisar de uma Luna ao meu lado. Tenho certeza de que você seria a escolha perfeita — falou, sentando-se na mesa, próximo a ela. 

— Você sabe muito bem que não somos companheiros, Quinton — respondeu com desgosto na voz — E mesmo se fôssemos, saiba que eu o rejeitaria. 

— Agora irá aprender a me chamar de Alfa. — Segurou seu queixo com firmeza — Você não é mais a irmã do Alfa para manter essa arrogância. Tenho certeza de que preferiria ser minha Luna do que uma escrava. 

Sara travou o maxilar ao ouvir o que ele disse. Embora na alcateia Lua de Sangue não houvesse escravos por ordem de seu irmão, ela sabia que algumas matilhas ainda praticavam isso. Um escravo tinha um posto ainda mais baixo do que um ômega e sofria todo tipo de tortura e humilhação. 

— Você não pode estar falando sério. Não escravizamos ninguém em nossa matilha — falou com nojo na voz. 

— Na minha matilha, valerão as minhas regras. Aqueles que não concordarem em segui-las terão um preço a pagar. 

— Você quer que eu seja sua Luna apenas para garantir que as pessoas te aceitem. Mas elas já me conhecem, você poderia escolher qualquer outra garota que já tenha se envolvido com você antes. 

— Veja, é por isso que quero você. Inteligente e astuta, com o treinamento certo, você poderia acalmar a todos e fazer com que me aceitassem. — Sorriu e se levantou, voltando para a cadeira que agora era sua. 

Quinton percebeu que ela estava apreensiva. Ele teria que exercer um pouco mais de pressão para conseguir que ela aceitasse aquele acordo. 

— Pense bem, Sara. Se você recusar, além de você, outras pessoas sofrerão, como Taylor, por exemplo. 

— Eu não posso — falou, encarando-o — Não posso simplesmente fingir que nada aconteceu e sorrir para o meu povo. Eu não sou capaz disso, especialmente para ficar ao seu lado ou ter qualquer tipo de relação com você. 

Quinton avançou rapidamente e logo estava ao lado dela, com as mãos em seu pescoço. Seus olhos estavam amarelos, e ela sabia que seu lobo queria sair. 

— Não teste minha paciência, Sara. Você não vai gostar de me ver aborrecido. Posso ser bem persuasivo quando quero. 

Sara ouviu sua loba rosnar, mas choramingar em seguida. Assim como Sara, ela sabia que não estava à altura daquele lobo, pelo menos ainda não. Ele chamou seus homens e deu algumas ordens a eles. 

— Mantenham-na no quarto dela até eu dizer que pode sair. Deixem-na sem água e sem comida. Se ela tentar fugir, eu mesmo arrancarei a cabeça de vocês. 

Somente depois de terminar de falar, ele soltou o pescoço dela. Logo, Sara foi levada para fora do escritório. Ele ainda estava se sentindo frustrado, mas queria fazer coisas que Philip nunca o deixou fazer. 

— Tragam-me uma ômega. Quero me divertir um pouco. Esta noite foi tensa, e ainda não celebrei como deveria. 

Um dos homens saiu da sala, enquanto Quinton foi até as bebidas e serviu uma dose. Esse tipo de vida ele poderia se acostumar facilmente: dar ordens e ver todos obedecerem. Apesar dos soldados da alcateia o obedecerem, seus comandos ainda poderiam ser anulados pelo Alfa. No entanto, agora ele estava no comando, e todos teriam que obedecer. 

Uma batida na porta interrompeu seus pensamentos. Ele autorizou a entrada, e seu homem havia retornado com uma mulher. 

— Senhor, encontrei esta ômega. Ela ainda não tem um companheiro. 

— Ótimo! Pode sair. — Deu a ordem e se levantou, indo em direção à mulher, que parecia assustada. 

— Como você sabe, sou o novo Alfa. Como uma ômega, seu dever é me servir da forma que eu quiser e ordenar, entendeu? — Passou o dedo por seus lábios. 

— O que o senhor quer dizer, Alfa? — Sua voz saiu trêmula. 

Quinton empurrou a mulher, fazendo com que ela se ajoelhasse no chão. Ele voltou para a cadeira que antes foi ocupada por Sara, virou-se e se sentou, começando a abrir sua calça. 

— Venha cá. Vamos começar vendo como essa sua boca pode ser útil. Mas se você ousar usar seus dentes, será a última coisa que fará. 

Ela tremia, lágrimas enchiam seus olhos. Como uma ômega, sempre ouviu que ele desejava algumas delas, mas sempre fora impedido por Philip. Agora, não havia ninguém para impedi-lo de fazer o que tanto desejava. 

— Apresse-se! — ordenou com um rosnado. 

A mulher engatinhou até perto dele, ficou de joelhos e o viu colocar seu membro para fora, sentiu um frio na espinha e nojo, mas tinha que fazer, ou sabia que morreria ali mesmo. Ela o segurou o colocando na boca, escutou um pequeno gemido e uma risada em seguida, mas não quis parar sem que ele ordenasse, pois era melhor ser humilhada daquela forma, do que perder sua vida.

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